O Sábado é Obrigatório para os Cristãos?

O Sábado é Obrigatório para os Cristãos?

O Sábado é Obrigatório para os Cristãos?


Jesus, que era judeu sob a Lei, observava o sábado assim como a Palavra de Deus (não dos fariseus) mandava. Sabia que era lícito fazer coisas excelentes no sábado. (Mt 12:12) Todavia, as inspiradas Escrituras Cristãs declaram que “Cristo é o fim da Lei” (Ro 10:4), o que resulta em os cristãos estarem “exonerados da Lei”. (Ro 7:6) Nem Jesus nem seus discípulos faziam uma distinção entre as leis chamadas morais e cerimoniais. Citavam outras partes da Lei, bem como os Dez Mandamentos, e consideravam toda a Lei de igual obrigação para os que estavam sob ela. (Mt 5:21-48; 22:37-40; Ro 13:8-10; Tg 2:10, 11) As Escrituras declaram especificamente que o sacrifício de Cristo “aboliu . . . a Lei de mandamentos, consistindo em decretos”, e que Deus “apagou o documento manuscrito que era contra nós, que consistia em decretos . . . e Ele o tirou do caminho por pregá-lo na estaca de tortura”. O que foi ‘abolido’, ‘apagado’ e ‘tirado do caminho’ era a inteira Lei mosaica. (Ef 2:13-15; Col 2:13, 14) Por conseguinte, o inteiro sistema de sábados, quer dias, quer anos, junto com o restante da Lei, foi terminado pelo sacrifício de Cristo Jesus. Isto explica por que os cristãos podem considerar “um dia como todos os outros”, quer seja um sábado, quer qualquer outro dia, sem temerem ser julgados por outrem. (Ro 14:4-6; Col 2:16) Paulo fez a seguinte declaração a respeito daqueles que escrupulosamente observavam “dias, e meses, e épocas, e anos”: “Temo por vós, que de algum modo eu tenha labutado em vão com respeito a vós.” — Gál 4:10, 11.

Depois da morte de Jesus, seus apóstolos nunca ordenaram a guarda do sábado. O sábado não foi incluído como requisito cristão em Atos 15:28, 29, nem mais tarde. Tampouco instituíram eles um novo sábado, ou “dia do Senhor”. Embora Jesus fosse ressuscitado no dia agora chamado domingo, em parte alguma indica a Bíblia que este dia da sua ressurreição devesse ser comemorado como um “novo” sábado, ou de outro modo. Alguns têm recorrido a 1 Coríntios 16:2 e Atos 20:7 como base para a observância do domingo como um sábado. No entanto, o primeiro texto apenas indica que Paulo instruiu os cristãos no sentido de que, no primeiro dia da semana, pusessem de lado certa quantia, nos seus lares, para os irmãos necessitados em Jerusalém. O dinheiro não devia ser entregue no seu lugar de reunião, mas devia ser guardado até a chegada de Paulo. Quanto ao último texto, era apenas lógico que Paulo se reunisse com os irmãos em Trôade no primeiro dia da semana, visto que partia logo no dia seguinte.

À base do precedente, torna-se evidente que a guarda literal de dias e anos sabáticos não era parte do cristianismo do primeiro século. Foi só em 321 EC que Constantino decretou que o domingo (em latim: dies Solis [dia do sol], antigo título associado com a astrologia e a adoração do sol, não Sabattum [sábado] ou dies Domini [dia do Senhor]) fosse o dia de descanso de todos, exceto os lavradores.