Sustento e Vestimenta do Sacerdote em Israel
Sustento e Vestimenta do Sacerdote em Israel
(Enciclopédia Bíblica Online)
1. Sustento: Não se deram à tribo de Levi terras como herança, mas ela foi ‘espalhada em Israel’, recebendo 48 cidades para morar com suas famílias e seu gado. Treze destas cidades foram dadas aos sacerdotes. (Gên 49:5, 7; Jos 21:1-11) Uma das cidades de refúgio, Hébron, era cidade sacerdotal. (Jos 21:13) Os levitas não receberam uma região como herança tribal, porque, conforme Jeová dissera: “Eu sou teu quinhão e tua herança no meio dos filhos de Israel.” (Núm 18:20) Os levitas executavam as tarefas designadas do seu ministério, e conservavam suas casas e os pastios das cidades que lhes foram concedidas. Cuidavam também de outros terrenos que os israelitas talvez devotassem ao uso do santuário. (Le 27:21, 28) Jeová fazia provisões para os levitas por providenciar que recebessem o dízimo de todos os produtos agrícolas das outras 12 tribos. (Núm 18:21-24) Deste dízimo, ou décimo, os levitas, por sua vez, deviam dar um décimo do melhor como dízimo para o sacerdócio. (Núm 18:25-29; Ne 10:38, 39) O sacerdócio recebia assim 1 por cento do produto nacional, habilitando-o a devotar todo o seu tempo ao seu designado serviço de Deus.
Esta provisão para o sacerdócio, embora abundante, contrastava com o luxo e o poder financeiro alcançado pelo sacerdócio de nações pagãs. No Egito, por exemplo, os sacerdotes eram proprietários de terras (Gên 47:22, 26), e, por manobras astutas, por fim se tornaram os homens mais ricos e mais poderosos do Egito. James H. Breasted, em A History of the Ancient Egyptians (História dos Antigos Egípcios, 1908, pp. 355, 356, 431, 432), registra que, durante a chamada Vigésima Dinastia, o Faraó ficou reduzido a mero títere. O sacerdócio estava de posse das terras auríferas da Núbia e da grande província do Alto Nilo. O sumo sacerdote era o mais importante funcionário do fisco do Estado, logo depois do próprio tesoureiro-chefe. Ele comandava todos os exércitos e o tesouro estava na sua mão. É representado com mais destaque nos monumentos do que o Faraó.
Era só quando Israel ficava relapso na sua adoração e negligente no pagamento dos seus dízimos que o sacerdócio sofria junto com os levitas não-sacerdotais, que tinham de procurar outro trabalho para sustentar a si mesmos e suas famílias. Esta má atitude para com o santuário e sustento dele, por sua vez, fazia a nação sofrer ainda mais por falta de espiritualidade e de conhecimento de Javé. — Ne 13:10-13; veja também Mal 3:8-10.
O sacerdócio recebia: (1) O dízimo regular. (2) O dinheiro de redenção do primogênito do gênero humano ou dos animais. No caso do touro, do cordeiro ou do caprídeo primogênitos, eles recebiam a carne como alimento. (Núm 18:14-19) (3) O dinheiro de redenção por homens e coisas santificadas como sagrados, e também por coisas devotadas a Javé. (Le 27) (4) Certas porções das diversas ofertas trazidas pelo povo, bem como os pães da proposição. (Le 6:25, 26, 29; 7:6-10; Núm 18:8-14) (5) Benefícios derivados das ofertas do melhor dos primeiros frutos maduros dos cereais, do vinho e do azeite. (Êx 23:19; Le 2:14-16; 22:10 [“estranho”, neste último texto, refere-se a alguém que não era sacerdote]; De 14:22-27; 26:1-10) Exceto por certas porções específicas que só os sacerdotes podiam comer (Le 6:29), seus filhos e suas filhas, e, em alguns casos, os da casa do sacerdote — até mesmo escravos — podiam legitimamente participar. (Le 10:14; 22:10-13) (6) Sem dúvida, uma participação no dízimo do terceiro ano para levitas e para os pobres. (De 14:28, 29; 26:12) (7) A presa de guerra. — Núm 31:26-30.
2. Vestimenta: No desempenho das suas funções oficiais, os sacerdotes serviam descalços, em harmonia com o fato de que o santuário era solo sagrado. (Veja Êx 3:5.) Nas instruções para a fabricação das vestes especiais para os sacerdotes não se mencionam sandálias. (Êx 28:1-43) Eles usavam calções de linho, que iam desde os quadris até às coxas, por questão de decoro, “para cobrir a carne nua . . . a fim de que não incorram em erro e certamente morram”. (Êx 28:42, 43) Sobre este, usavam uma veste comprida de linho fino, amarrada ao corpo por uma faixa de linho. Sua cobertura para a cabeça era ‘enrolada’ sobre eles. (Le 8:13; Êx 28:40; 39:27-29) Esta cobertura para a cabeça parece ter sido um pouco diferente do turbante do sumo sacerdote, que talvez fosse costurado num estilo enrolado e colocado assim na cabeça do sumo sacerdote. (Le 8:9) Parece que foi em tempos posteriores que os subsacerdotes ocasionalmente usavam éfodes de linho, embora estes não fossem ricamente bordados como o éfode do sumo sacerdote. — Veja 1Sa 2:18.
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1. Sustento: Não se deram à tribo de Levi terras como herança, mas ela foi ‘espalhada em Israel’, recebendo 48 cidades para morar com suas famílias e seu gado. Treze destas cidades foram dadas aos sacerdotes. (Gên 49:5, 7; Jos 21:1-11) Uma das cidades de refúgio, Hébron, era cidade sacerdotal. (Jos 21:13) Os levitas não receberam uma região como herança tribal, porque, conforme Jeová dissera: “Eu sou teu quinhão e tua herança no meio dos filhos de Israel.” (Núm 18:20) Os levitas executavam as tarefas designadas do seu ministério, e conservavam suas casas e os pastios das cidades que lhes foram concedidas. Cuidavam também de outros terrenos que os israelitas talvez devotassem ao uso do santuário. (Le 27:21, 28) Jeová fazia provisões para os levitas por providenciar que recebessem o dízimo de todos os produtos agrícolas das outras 12 tribos. (Núm 18:21-24) Deste dízimo, ou décimo, os levitas, por sua vez, deviam dar um décimo do melhor como dízimo para o sacerdócio. (Núm 18:25-29; Ne 10:38, 39) O sacerdócio recebia assim 1 por cento do produto nacional, habilitando-o a devotar todo o seu tempo ao seu designado serviço de Deus.
Esta provisão para o sacerdócio, embora abundante, contrastava com o luxo e o poder financeiro alcançado pelo sacerdócio de nações pagãs. No Egito, por exemplo, os sacerdotes eram proprietários de terras (Gên 47:22, 26), e, por manobras astutas, por fim se tornaram os homens mais ricos e mais poderosos do Egito. James H. Breasted, em A History of the Ancient Egyptians (História dos Antigos Egípcios, 1908, pp. 355, 356, 431, 432), registra que, durante a chamada Vigésima Dinastia, o Faraó ficou reduzido a mero títere. O sacerdócio estava de posse das terras auríferas da Núbia e da grande província do Alto Nilo. O sumo sacerdote era o mais importante funcionário do fisco do Estado, logo depois do próprio tesoureiro-chefe. Ele comandava todos os exércitos e o tesouro estava na sua mão. É representado com mais destaque nos monumentos do que o Faraó.
Era só quando Israel ficava relapso na sua adoração e negligente no pagamento dos seus dízimos que o sacerdócio sofria junto com os levitas não-sacerdotais, que tinham de procurar outro trabalho para sustentar a si mesmos e suas famílias. Esta má atitude para com o santuário e sustento dele, por sua vez, fazia a nação sofrer ainda mais por falta de espiritualidade e de conhecimento de Javé. — Ne 13:10-13; veja também Mal 3:8-10.
O sacerdócio recebia: (1) O dízimo regular. (2) O dinheiro de redenção do primogênito do gênero humano ou dos animais. No caso do touro, do cordeiro ou do caprídeo primogênitos, eles recebiam a carne como alimento. (Núm 18:14-19) (3) O dinheiro de redenção por homens e coisas santificadas como sagrados, e também por coisas devotadas a Javé. (Le 27) (4) Certas porções das diversas ofertas trazidas pelo povo, bem como os pães da proposição. (Le 6:25, 26, 29; 7:6-10; Núm 18:8-14) (5) Benefícios derivados das ofertas do melhor dos primeiros frutos maduros dos cereais, do vinho e do azeite. (Êx 23:19; Le 2:14-16; 22:10 [“estranho”, neste último texto, refere-se a alguém que não era sacerdote]; De 14:22-27; 26:1-10) Exceto por certas porções específicas que só os sacerdotes podiam comer (Le 6:29), seus filhos e suas filhas, e, em alguns casos, os da casa do sacerdote — até mesmo escravos — podiam legitimamente participar. (Le 10:14; 22:10-13) (6) Sem dúvida, uma participação no dízimo do terceiro ano para levitas e para os pobres. (De 14:28, 29; 26:12) (7) A presa de guerra. — Núm 31:26-30.
2. Vestimenta: No desempenho das suas funções oficiais, os sacerdotes serviam descalços, em harmonia com o fato de que o santuário era solo sagrado. (Veja Êx 3:5.) Nas instruções para a fabricação das vestes especiais para os sacerdotes não se mencionam sandálias. (Êx 28:1-43) Eles usavam calções de linho, que iam desde os quadris até às coxas, por questão de decoro, “para cobrir a carne nua . . . a fim de que não incorram em erro e certamente morram”. (Êx 28:42, 43) Sobre este, usavam uma veste comprida de linho fino, amarrada ao corpo por uma faixa de linho. Sua cobertura para a cabeça era ‘enrolada’ sobre eles. (Le 8:13; Êx 28:40; 39:27-29) Esta cobertura para a cabeça parece ter sido um pouco diferente do turbante do sumo sacerdote, que talvez fosse costurado num estilo enrolado e colocado assim na cabeça do sumo sacerdote. (Le 8:9) Parece que foi em tempos posteriores que os subsacerdotes ocasionalmente usavam éfodes de linho, embora estes não fossem ricamente bordados como o éfode do sumo sacerdote. — Veja 1Sa 2:18.