Comentário de John Gill: 2 Pedro 3:17-18

 2Ped 3:18 Vós, portanto, amados, sabendo disso de antemão,... Que haverão caluniadores e escarnecedores nos últimos dias, e tais homens iletrados e instáveis que perverterão as Escrituras, e as distorcerão de uma maneira miserável:

Tenham cuidado vós, sendo levados com o erro dos iníquos;... Da simplicidade do Evangelho, junto com os homens iníquos, que vão de mal a pior, enganando e sendo enganados, por cair dentro de qualquer erro deles com respeito a graça de Deus, ou a pessoa e os ofícios de Cristo, ou particularmente sua segunda vinda; estando de guarda ao se cautelar contra tais homens, tendo uma nota prévia deles:

Decaiais de vossa estabilidade;... Que era próprio deles, que, pela graça de Deus, eles tinham, e reteram, tanto na fé de Cristo e doutrina do Evangelho; porque embora os santos nunca possam final e totalmente cair no pecado, ou da verdade, ainda eles podem cair de sua estabilidade, tanto quanto ao exercício da doutrina da graça da fé, e quanto a profissão da doutrina da fé; sendo exitantes, e duvidosos nesse respeito, pode ser muito desconfortável e desonrável.

2Ped 3:18 Mas crescei na graça,... Nos dons da graça que, debaixo de uma bênção divina, pode ser aumentados no uso: dons negligênciados diminuem, mas quando usados, são melhorados e aumentam cada vez mais. E embora os homens devam ser gratos pelos seus dons, e estejam contentes com eles, contudo, eles podem desejar mais legalmente, e no uso dos meios para buscam um aumento deles, que podem ser meios de se preservar a outros, do erro do mau. Além disso, por “graça” pode ser entendido a graça interna. O trabalho da graça é gradual; é como um grão de semente de mostarda, ou como semente lançada na terra que não é conhecido a princípio, primeiro a lâmina, depois a planta, depois os fruto; os santos são primeiro bebês, e como crianças, eles crescem homens jovens, e de homens jovens, para pais. Há tal coisa como crescimento em graça, neste sentido; toda graça, sobre seu ato que exercita, é capaz de crescimento e aumento; a fé pode crescer excessivamente, a esperança abunda, aumento de amor, e paciência tem sua obra perfeita, e os santos podem crescer mais humildes, santos, e abnegados: este realmente é o trabalho de Deus, os faz crescer, e é devido à graça dele; ainda o santo, deveria mostrar uma preocupação por isto, e fazer uso dos meios que Deus possui e abençoa para este propósito, como oração, prestando atenção nas palavras, e examinando as promessas de Deus, para um aumento da fé; experiências passadas, e olhando à morte e ressurreição de Cristo para o encorajamento da esperança, e para o amor de Deus e Cristo, pelo incitar do amor para ambos, e para os santos; considerando os sofrimentos de Cristo, o abandono do pecado, e as glórias do outro mundo, ao promover paciência e abnegação, e o padrão de Cristo, em excitar a humildade; embora “graça” também possa pretender o Evangelho, o conhecimento da qual é imperfeito, e pode ser aumentado no uso dos meios, e que é um preservativo especial contra o erro, um crescimento no qual os santos deveriam estar interessados:

E no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo;... Ou de Sua pessoa, ofício, e graça, do que nada é mais valioso, e deve ser preferido acima de qualquer coisa; é a principal coisa na graça, e é o princípio da vida eterna; deve ser desejado um crescimento no conhecimento dEle, na Sua palavra e ordenanças; e nada pode ser de mais segurança contra o erro do que um conhecimento experimental e crescente de Cristo. A versão Siríaca acrescenta, “e de Deus o Pai”; e algumas cópias leem:

A ele seja a glória, tanto agora, como para sempre;... Ou Para toda a eternidade; ou seja, a Cristo, que é verdadeiramente Deus, ou, caso contrário, tal doxologia não pertenceria a Ele, sendo atribuída as glória da deidade, de todas as divinas perfeições; a glória de todos os seus ofícios e obra como Mediador; a glória da salvação do homem; e a glória de toda graça, e o crescimento dela, junto com o conhecimento de si mesmo, que os santos tem nEle, tanto nesse mundo como no que há de vir.

Amén;... Assim seja.

Fonte: John Gill's Exposition of the Entire Bible de Dr. John Gill (1690-1771)