O Espírito Santo no Messias

Em ambas a primeira e a segunda seção de Isaías, há referências distintas para o Espírito em relação com o Messias, embora o Messias seja concebido como o rei ideal que brota da raiz de Davi, em alguns casos, e em outros como o Sofrido Servo de Javé. Este não é o lugar para discutir a importância messiânica do último grupo de passagens que deu origem a muita diferença de opinião. Como no caso do rei ideal de Davi, que, na mente do profeta, passa a partir do inferior para o superior e concepção messiânica, assim, sob a forma do Servo Sofredor, o “remanescente” de Israel, se torna a base para um ideal que transcende, no sentido messiânico do núcleo original da concepção derivada dos acontecimentos históricos de Israel. O profeta levanta-se no emprego de ambas as concepções ao pensamento do Messias, que é o “ungido” de Javé, como especialmente dotado com o poder e a sabedoria do Espírito. Em Isa 11:1-5 nos mostra que do “toco de Jessé sairá um renovo.” O espírito concede “sabedoria e entendimento”, dotando-o com múltiplos dons através do exercício do que ele deve trazer ao reino de justiça e paz. Em Isa 42:1, o “servo” é da mesma forma mais ricamente dotado com os dons do Espírito, em virtude da qual ele trará “justiça aos gentios.” Em Isa 61:1 ocorrem as palavras notáveis citadas por Jesus em Luc 4:18m; no início, “O Espírito do Senhor está sobre mim”, etc. Nessas passagens, o profeta descreve elaborada e minuciosamente a citação do Messias com uma vasta gama de poderes, os quais são seguidos à ação do Espírito de Deus.


Fonte: International Standard Bible Encyclopedia de James Orr, M.A., D.D., Editor General