Objetivo da Carta aos Romanos
O propósito imediato da Epístola aos Romanos era Paulo apresentar-se à igreja em Roma, a fim de obter apoio entre os irmãos. Ele queria ir até eles não como um estranho, mas como alguém com quem pudesse se identificar no ministério dele aos gentios. Ele escreveu-lhes sobre o seu grande desejo de visitá-los, para se fortalecerem mutuamente na fé (1:11,12). Por outro lado, talvez ele tivesse em mente que Roma poderia servir de base para o seu ministério no Ocidente.
Paulo também tinha boas razões para duvidar do resultado de sua visita a Jerusalém. Ele tinha que lutar constantemente contra os judaizantes, os judeus cristãos que queriam que todos os gentios cristãos se tornassem prosélitos do judaísmo. Tinha a esperança de que as ofertas, enviadas por igrejas constituídas principalmente de gentios cristãos, viessem trazer a reconciliação com a influente igreja judaica em Jerusalém. Ele estava incerto sobre como os "santos" de Jerusalém iriam recebê-lo, porém, certo de que os judeus descrentes iriam continuar em sua oposição (Rom. 15:30,31). Isto é um eco de Atos 21:13, onde Paulo afirma que está pronto a ser preso e até para morrer em Jerusalém pelo Senhor Jesus Cristo. Ele, portanto, estava pedindo à igreja em Roma que orasse por ele, em seu ministério em Jerusalém, para que houvesse uma reconciliação dos cristãos judeus com seu ministério aos gentios. Alguns sugeriram que, se Paulo não alcançasse Roma, devido à hostilidade esperada em Jerusalém, os cristãos romanos teriam, nesta carta, o evangelho que Paulo lhes teria levado e que teria proclamado na Espanha.
Pelo argumento e estrutura da carta, vê-se claramente que Paulo sabia dos problemas potenciais (se não reais) na igreja. Estes problemas foram encontrados em muitas das igrejas. Paulo sempre teve que lutar para manter um equilíbrio apropriado entre a liberdade cristã e o antinomianismo(Rom. 3:8; 6:1; 7:1-12; etc). Os judaizantes estavam presentes em toda parte (2:17; 3:1-31; 7:13; 9:1-11:36; etc), e o orgulho do cristão forte facilmente exibia uma falta de compreensão e cuidado pelo irmão fraco (14:1-15:7). Tudo isto está incluído nesta carta, possivelmente porque Paulo sabia que teria de confrontar-se com oposição desse tipo quando chegasse a Roma. Paulo queria que eles soubessem o que ele estivera pregando no Oriente e o que ele planejava levar para o Ocidente. Ele queria que eles reconhecessem que todas as suas conclusões éticas práticas eram baseadas no evangelho (12:1), do qual ele era apóstolo (1:1), e não se envergonhava de sua proclamação (1:16).
Todas as declarações do propósito estão ligadas, de algum modo, com a situação histórica. Paulo tem que ir a Jerusalém, antes de poder, possivelmente, chegar a Roma e ser enviado a caminho da Espanha. Assim ele escreveu esta carta para preparar os cristãos de Roma para uma visita posterior, esclarecer sua posição em suas mentes e lançar o alicerce para uma discussão das áreas problemáticas, quando de sua chegada. Por esta razão, a Epístola aos Romanos é ocasional, ou seja, foi escrita para uma ocasião específica, dentro de uma situação histórica.
Fonte: Introdução ao Estudo do Novo Testamento de Broadus David Hale.
Paulo também tinha boas razões para duvidar do resultado de sua visita a Jerusalém. Ele tinha que lutar constantemente contra os judaizantes, os judeus cristãos que queriam que todos os gentios cristãos se tornassem prosélitos do judaísmo. Tinha a esperança de que as ofertas, enviadas por igrejas constituídas principalmente de gentios cristãos, viessem trazer a reconciliação com a influente igreja judaica em Jerusalém. Ele estava incerto sobre como os "santos" de Jerusalém iriam recebê-lo, porém, certo de que os judeus descrentes iriam continuar em sua oposição (Rom. 15:30,31). Isto é um eco de Atos 21:13, onde Paulo afirma que está pronto a ser preso e até para morrer em Jerusalém pelo Senhor Jesus Cristo. Ele, portanto, estava pedindo à igreja em Roma que orasse por ele, em seu ministério em Jerusalém, para que houvesse uma reconciliação dos cristãos judeus com seu ministério aos gentios. Alguns sugeriram que, se Paulo não alcançasse Roma, devido à hostilidade esperada em Jerusalém, os cristãos romanos teriam, nesta carta, o evangelho que Paulo lhes teria levado e que teria proclamado na Espanha.
Pelo argumento e estrutura da carta, vê-se claramente que Paulo sabia dos problemas potenciais (se não reais) na igreja. Estes problemas foram encontrados em muitas das igrejas. Paulo sempre teve que lutar para manter um equilíbrio apropriado entre a liberdade cristã e o antinomianismo(Rom. 3:8; 6:1; 7:1-12; etc). Os judaizantes estavam presentes em toda parte (2:17; 3:1-31; 7:13; 9:1-11:36; etc), e o orgulho do cristão forte facilmente exibia uma falta de compreensão e cuidado pelo irmão fraco (14:1-15:7). Tudo isto está incluído nesta carta, possivelmente porque Paulo sabia que teria de confrontar-se com oposição desse tipo quando chegasse a Roma. Paulo queria que eles soubessem o que ele estivera pregando no Oriente e o que ele planejava levar para o Ocidente. Ele queria que eles reconhecessem que todas as suas conclusões éticas práticas eram baseadas no evangelho (12:1), do qual ele era apóstolo (1:1), e não se envergonhava de sua proclamação (1:16).
Todas as declarações do propósito estão ligadas, de algum modo, com a situação histórica. Paulo tem que ir a Jerusalém, antes de poder, possivelmente, chegar a Roma e ser enviado a caminho da Espanha. Assim ele escreveu esta carta para preparar os cristãos de Roma para uma visita posterior, esclarecer sua posição em suas mentes e lançar o alicerce para uma discussão das áreas problemáticas, quando de sua chegada. Por esta razão, a Epístola aos Romanos é ocasional, ou seja, foi escrita para uma ocasião específica, dentro de uma situação histórica.
Fonte: Introdução ao Estudo do Novo Testamento de Broadus David Hale.