Primeiros Cristãos: Acusados de Proselitismo Agressivo

PROSELITISMO, CRISTÃOS, PRIMEIROS, ESTUDOS, ECLESIOLOGIA
O professor Jean Bernardi, da Sorbonne, escreveu no seu livro Les premiers siècles de l’Eglise (Os Primeiros Séculos da Igreja): “[Os cristãos] deviam sair e falar em toda a parte e a todos. Nas estradas e nas cidades, nas praças públicas e nos lares. Bem-vindos ou não bem-vindos. A pobres e a ricos sobrecarregados com seus bens. Aos pequenos e aos governadores das províncias romanas . . . Eles tinham de viajar pelas estradas, embarcar em navios e ir até os confins da terra.”

Faziam isso? Evidentemente que sim. O professor Léon Homo relata que os primitivos cristãos tinham contra si a opinião pública por causa do seu “ardente proselitismo”. O professor Latourette declara que, ao passo que os judeus perderam seu zelo para fazer prosélitos, “os cristãos, por outro lado, eram agressivamente missionários e assim provocavam ressentimentos”.

No segundo século EC, o filósofo romano Celso criticou os métodos de pregação dos cristãos. Declarou que o cristianismo era para os incultos e que conseguia ‘convencer apenas os estúpidos, os escravos, as mulheres e as criancinhas’. Acusou os cristãos de doutrinarem “pessoas crédulas”, fazendo-as “crer sem pensamento racional”. Afirmou que diziam aos novos discípulos: “Não perguntem; apenas creiam.” No entanto, segundo Orígenes, o próprio Celso admitiu que “não apenas os simples eram levados pela doutrina de Jesus a adotar a Sua religião”.