Comentário de John Gill: Filipenses 1:14
E muitos irmãos no Senhor;... Este é outro exemplo da utilidade dos sofrimentos do apóstolo, e outra prova do benefício para o desenvolvimento do Evangelho; eles não só eram os meios da conversão de muitos, mas era muito encorajador e fortalecedor dentro da igreja, e para muitos que estavam no ministério; são chamados de “irmãos”, alguns reais, outros nominais; participantes da graça de Deus, pelo menos em profissão, ou, caso contrário, eles não teriam sido ajustados para terem sido os ministros da palavra, nem os participantes de uma igreja do Evangelho que era regularmente necessário eles serem enviados; e a quem o apóstolo chama e possui como irmãos no ministério, sendo enviados por Cristo, pelo menos alguns deles, e tendo a mesma comissão de pregar o Evangelho assim como ele; embora eles não tivessem presentes em iguais qualificações como ele: ele os nomeia irmãos “no Senhor”, para os distinguir dos judeus em Roma que eram os irmãos dele de acordo com a carne; e expressa o caráter espiritual deles e relação, e mostra o trabalho do Senhor no qual eles estavam juntamente preocupados com ele: agora embora não todos os irmãos, contudo, muitos deles, estavam muito afetados com a situação do apóstolo, e e foram influenciados positivamente pela paciência do apóstolo e alegria em sofrer para com o Cristo; como diz ele,...Tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiantemente, sem temor. Ou como algumas leem, “tomando ânimo confiante no Senhor”; conectando a frase, “no Senhor”, com esta palavra, e assim faz para mostrar a razão e objeto da confiança deles, o Senhor; de quem a presença, poder, graça, e Espírito, os incentivaram a perseverar pelos laços do apóstolo para pregar o Evangelho com coragem e intrepidez; o Deus que está do lado deles, e com a Sua ajuda, eles não temeram o que homens pudessem fazer contra eles; ou então, sendo animados pela paciência do apóstolo e firmeza da mente mesmo estando sofrendo, e vendo eles que os laços dele eram para a expansão do Evangelho, eles levaram com coração e coragem para “falar a palavra”; a palavra “de Deus”, como a Vulgata Latina, Siríaca e Etiópica leem; e assim as cópias Alexandrinas, Claromontane, e duas das cópias de Estevão: ou significando a palavra essencial, o Senhor Jesus Cristo que era o assunto do ministério deles; ou a palavra escrita, as escritas de Moisés e os profetas, os livros do Antigo Testamento de acordo com o qual eles falaram; ou o Evangelho, chamado frequentemente de “a palavra”, e às vezes com uma adição, a palavra da verdade, a palavra da fé, a palavra de reconciliação, a palavra da retidão, a palavra da vida, e a palavra da nossa salvação, dos vários assuntos disto: isto eles falavam corajosa e livremente, como deveria ser falado, e “sem medo”, não sem medo e reverência de Deus; nem deles e da própria fraqueza e inabilidades que causam muito medo e tremor; mas sem o medo do homem que traz uma armadilha; eles não deram nenhuma consideração às ameaças, as repreensões e perseguições de homens; nenhum destas coisas os removeram de sua leadade a Deus; eles temeram a Deus e não o homem, e assim foram corajosamente fieis, enquanto pregavam o Evangelho; que está relacionado com prazer, como um fruto e efeito dos sofrimentos do apóstolo, e o qual ele não duvidou de que seria muito encantador ao Filipenses ouvir.
Fonte: John Gill's Exposition of the Entire Bible de Dr. John Gill (1690-1771)