Nostradamus e o Ocultismo

OCULTISMO, NOSTRADAMUS, PROFECIAS, ESTUDO BÍBLICO, TEOLOGICO
Nostradamus (14 dez. 1503 a 2 jul. 1566) era filho de pais franco-judeus, adotando o nome de Notredame, no sul da França. Seu nome era Miguel de Notredame. Seus pais haviam se convertido ao catolicismo. Existem muitas lendas a respeito dos primeiros anos de sua vida, mas a credibilidade de tais lendas, registradas por dois de seus parentes, também é questionada.

James Laver comenta:

“Pesquisas recentes . . . revelaram que o nobre e pitoresco passado que até agora tem sido aceito por qualquer escritor sobre Nostradamus não se baseia em fato.”

Após narrar uma de tais lendas, segundo a qual Nostradamus predissera que ele e certo nobre iriam comer no jantar um porco preto ao invés de um branco, Laver diz:

“Não existe, naturalmente, prova da veracidade dessa história, . . . Fascinantes como sejam tais histórias, é também bom admitir que a maioria delas fundamentam-se na fé de biógrafos posteriores. Algumas dessas histórias . . . aparecem pela primeira vez no século dezessete, algumas delas até mesmo mais tarde.”

Em seus esforços de predizer o futuro, Nostradamus estava profundamente envolvido em horoscopia, magia, astrologia e o ritual pagão da feitiçaria.

Em The Complete Prophecies of Nostradamus (Todas as Profecias de Nostradamus), H. C. Roberts, ele mesmo um “estudioso do ocultismo”, diz:

“Sem sombra de dúvida, os métodos empregados e os resultados obtidos por Nostradamus ao perscrutar o futuro iam além da esfera física. . . . forças que atualmente agrupamos sob o título geral de ‘Percepção Extra-Sensorial’.”

Contudo, muitos se opunham a tal adivinhação astrológica. P. Whitmore, em A Seventeenth Century Exposure of Superstition (Exposição da Superstição no Século 17), diz:

“Os escritos dos primitivos Pais da Igreja . . . contêm a reiterada condenação dos que continuam a praticar antigos rituais pagãos e sistemas de adivinhação sob o disfarce de cristianismo. Da mesma forma, os primevos Concílios da Igreja declararam anátemas os astrólogos, feiticeiros e adeptos das ciências ocultas. . . . O Concílio de Trento [nos dias de Nostradamus] estabeleceu, em termos inequívocos, que os bispos deveriam suprimir a predição astrológica em suas dioceses e garantir a destruição de todos os livros que promoviam tal arte.”

Mas, será que a Igreja Católica correspondeu com ações coerentes com tais declarações? The New Catholic Encyclopedia (A Nova Enciclopédia Católica) revela:

“A astrologia foi empregada pelo Papa Júlio II [1503-1513] para marcar o dia da sua coroação e por Paulo III [1534-1549] para determinar a hora adequada para cada Consistório. [Ambos os papas eram contemporâneos de Nostradamus] . . . A astrologia impregnou-se na cultura européia da mesma forma como o fizera na cultura do Império Romano e, embora a doutrina oficial da Igreja se opusesse a ela, ninguém atacou a inteira linha de raciocínio que havia por trás da astrologia”.

Qual era o “raciocínio que havia por trás” da arte oculta da horoscopia? A Grand Larousse Encyclopedique, francesa, confirma que o “cristianismo considerou que a astrologia derivava sua inspiração do demonismo”.


Obs: Essa matéria é parte integrante do artigo principal: Nostradamus - Podemos Acreditar em Seus Escritos?