Uma Escola de Tradutores

TRADUTORES, AFONSO, ESTUDO BIBLICOS, TEOLOGICOS
Afonso patrocinou a Escola de Tradutores de Toledo. “A tarefa do rei consistia em escolher os tradutores e as obras a serem traduzidas”, explica o livro La Escuela de Traductores de Toledo (Escola de Tradutores de Toledo). “Ele revisava as traduções, promovia debates intelectuais e patrocinava a criação de novas obras.”

Os eruditos de Toledo começaram traduzindo uma grande quantidade de escritos árabes. Eruditos muçulmanos já haviam traduzido para o árabe as obras mais importantes das civilizações grega, indiana, persa e síria. Esse conhecimento acumulado tinha sido importante para os eruditos muçulmanos continuarem a se desenvolver nas áreas de matemática, astronomia, História e geografia. Por sua vez, a escola de Toledo procurou explorar esse conhecimento. Como? Traduzindo importantes escritos árabes para o latim e o espanhol.

As notícias a respeito das consecuções dos eruditos de Toledo espalharam-se por outros países. Homens de instrução do norte da Europa logo afluíram para Toledo. Tudo isso foi importante para o progresso científico e literário do Ocidente. De fato, os efeitos desse grande empreendimento de tradução teve um impacto no desenvolvimento da Renascença.

Os esforços dos tradutores de Toledo possibilitaram que médicos pudessem ler os escritos de medicina de Galeno, Hipócrates e Avicena, cujo Cânon da Medicina se tornou o compêndio médico básico em universidades da Europa até o século 17. Astrônomos podiam ler as obras de Ptolomeu e tirar proveito da trigonometria árabe e das tabelas de cálculos astronômicos feitas por al-Khwārizmī.

Afonso queria que aquelas traduções fossem entendidas pelo povo em geral. Essa iniciativa fez com que o idioma espanhol se tornasse uma língua científica e literária. O trabalho que Afonso iniciou ajudou a mudar o conceito geral de que o latim era a língua culta.

Contexto do artigo:

Cf. A Busca de um Rei por Sabedoria

Veja a sequência:

Cf. A Bíblia de Afonso
Cf. O Legado de Afonso