Livro de Êxodo — Escopo e Propósto

LIVRO DE EXODOS, ESTUDO BIBLICO, TEOLOGIA
O livro de Êxodo é o livro da redenção. O nome grego “Êxodo” (lit. “saída”) descreve aqui como Deus tirou os filhos de Israel da escravidão no Egito; mas por redenção compreendemos que o Redentor não apenas livra Seu povo da escravidão mas também coloca esse povo em relação especial Consigo mesmo, fazendo dele Sua própria possessão adquirida, sua “propriedade peculiar” (Êx 19.5).

O início do livro descreve, portanto, a grande libertação do povo de Deus, Israel, o que culmina com a Páscoa e prefigura a redenção ainda maior operada no Calvário. Desse ponto o livro passa para o concerto estabelecido no monte Sinai, no qual Deus declarou que Israel era Seu povo, dando-lhes os dez mandamentos, enquanto que por sua vez eles aceitaram Jeová como seu Deus, comprometendo-se a obedecê-lo. Esse concerto foi o fundamento do sua existência nacional, do qual a nova aliança (1Co 11.25; Hb 8.6-13) forma o antítipo, com a chamada da Igreja. Finalmente, a história do estabelecimento do tabernáculo e de sua adoração provê a base sobre a qual a vida do povo redimido, em sua relação para com Deus, precisava ser mantida. Na nova aliança a base da comunhão com Deus é Cristo. O tabernáculo e sua adoração, portanto, provêm muitos tipos e prefigura Cristo (ver, por exemplo, Hb 8.5; Hb 9.1-11; Hb 10.1).

As referências no Novo Testamento justificam plenamente nossa posição que vê Cristo como o “cumprimento” deste livro. Nos milagres registrados vemos “sinais” da operação divina (conf. Jo 2.11), no concerto do Sinai vemos um precursor da nova aliança, e na adoração do tabernáculo vemos uma “sombra dos bens vindouros” (Hb 10.1).