Carta aos Gálatas — História e Apologética

GALATAS, CARTA, LIVRO, ESPITOLA, ESTUDOS BIBLICOS, TEOLOGIA
A saudação tem início com uma asseveração enfática sobre a autoridade apostólica de Paulo, e é vazada em palavras tais que apresenta uma afirmação sucinta da verdade central do Cristianismo, a morte expiatória de Cristo. Assim, essa verdade fundamental, da qual a epístola tanto tem a dizer, nos é exibida desde o princípio.

Não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum (1); isto é, não da parte de homens (como fonte última), nem por intermédio de homem algum (como o canal). Cfr. Gl 1.12. Se Gálatas foi a primeira epístola de Paulo, pode ser também o primeiro documento escrito do Novo Testamento; e, nesse caso, torna-se ainda mais digno de nota o fato que, em seus versículos inicias, Jesus, o Senhor ressurrecto, é posto no lado divino da realidade, em contraposição com os homens e paralelamente a Deus, como fonte de graça e paz. Graça... e paz (3); o primeiro termo indica o favor gratuito, desmerecido, da parte de Deus para com os homens pecaminosos; o último indica seu fruto e realização na alma crente. Cristo, em obediência à eterna e soberana vontade de nosso... Pai, gratuitamente se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste (para fora de) mundo perverso (ou época presente, com todos os seus males, uma tradução que exibe a ênfase sugerida pela ordem das palavras no grego). Esses “males” são claramente descritos em Ef 2.1-3; ver anotações ali. Como a Sua morte efetuou nossa salvação será explicado mais plenamente adiante. Voltar as costas para a cruz de Cristo, a única esperança do pecador, é considerado o cúmulo da insensatez. Os Gálatas estavam fazendo justamente isso (cfr. Gl 2.21-5.4). A glória (5); isto é, a glória que pertence pre-eminentemente a Deus: Deus é “o Deus da glória” (At 7.2). A grande salvação operada por Cristo faz com que essa glória brilhe resplendentemente. Cfr. Fp 2.11; Ef 3.21.