A Melhor Defesa é o Ataque

APOLOGETICA, TEOLOGIA, ESTUDOS BIBLICOS
Enquanto cursava, na faculdade, uma disciplina na área de apologética filosófica, tive que escrever uma monografia acerca de “A Melhor Defesa do Cristianismo”. Eu estava o tempo todo evitando ou adiando a redação desse trabalho, não porque não dispusesse de material para pesquisar, mas porque, a meu ver, eu achava que discordava daquilo que o professor estava esperando do trabalho (obviamente algo baseado nas anotações feitas durante as aulas daquela matéria).

Finalmente decidi expressar minhas convicções. Iniciei a monografia com a seguinte frase: “Algumas pessoas dizem que o melhor ataque é uma boa defesa, mas eu lhe garanto que a melhor defesa é um bom ataque”. Então prossegui, explicando que eu achava que a melhor defesa do cristianismo é uma “apresentação clara e simples tanto das afirmações feitas por Cristo como de quem Ele é”.

Pus, então, no papel o texto completo das “Quatro Leis Espirituais” e escrevi o testemunho de como, em 19 de dezembro de 1959, às oito e meia da noite, enquanto cursava o segundo ano da universidade, aceitei a Cristo. E concluí a monografia com uma apresentação das provas em favor da ressurreição.

Deve ter dado bastante trabalho para o professor corrigi-lo, mas deve ter concordado, pois consegui nota 9,6.

William Tyndale estava certo ao afirmar que “um jovem lavrador com a Bíblia sabe mais a respeito de Deus do que o mais culto religioso que a ignore”. Em outras palavras, um rapazinho bóia-fria obterá, no final das contas, mais resultado ao compartilhar o evangelho do que um renomado professor universitário com todos os seus argumentos intelectuais.

HEBREUS 4:12

“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração.”

Precisamos manter o equilíbrio entre as duas tendências acima mencionadas. Devemos pregar o evangelho, mas também devemos estar “sempre preparados para responder a todo aquele que (nos) pedir razão da esperança que há em (nós)”.

O Espírito Santo convencerá as pessoas acerca da verdade; não é preciso tentar adivinhá-la. “Certa mulher chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia” (Atos 16:14).

Pinnock, um hábil apologeta e testemunha de Cristo, conclui a questão, expressando-se com muita propriedade: “Um cristão inteligente deve ser capaz de apontar as falhas numa posição não-cristã e apresentar fatos e argumentos em favor do evangelho. Se nossa apologética nos impede de explicar o evangelho a quem quer que seja, é uma apologética inadequada”