Aceitação — NDB
Os profetas do AT atacaram a noção, tão congênita, ao homem natural, de que Deus pode ser persuadido a aceitar a pessoa de um homem mercê da aceitação de um ritual de adoração corretamente oferecido. Afirmavam eles constantemente que a ordem divina era justamente o reverso. As ofertas só eram aceitáveis quando as pessoas fossem aceitáveis (Os 8.13; Ml 1.10, 13). Por toda a Bíblia é frisado o ensino de que Deus não aceita a pessoa do homem por causa de sua importância social ou posição na vida. Ele não faz acepção de pessoas (Gl 2.6). Essa e uma virtude que deve ser imitada por todos. Todavia, não foi senão por ocasião do caso de Cornelio que a igreja primitiva, apreendeu a verdade de que Deus não requer a nacionalidade judaica, nem a circuncisão, como pré-requisito para alguém ser aceito por ele (At 10.35).
O bem que Deus exige para alguém ser aceito não deve, em ponto algum, ficar aquém de suas próprias perfeições. Somente aqueles que com paciência persistem em fazer o bem podem reclamar a recompensa da vida eterna para suas obras (Rm 2.6,7). Ora, ninguém jamais conseguiu isso por si mesmo; pois todos carecem da glória de Deus por causa do pecado (Rm 3.9-23). Somente o Senhor Jesus e aceitável. So ele mereceu o veredito de Deus: “Este é o meu filho amado, em quem me comprazo”.
Ezequiel predisse que seria obra de Deus tornar os pecadores aceitáveis a si (Ez 20.40,41; 36.23-29). E por meio de incorporação em Cristo e o dom de sua justiça (Rm 5.17) que os crentes são aceitos perante Deus. Essa é a obra de Deus, o qual, por meio da sua graça faz com sejamos aceitos no Amado (Ef 1.6). D.B.K.
FONTE: O Novo Dicionário da Bíblia de J. D. Douglas. (Veja também Enciclopédia Bíblica Online)