O Gnosticismo — Mundo do Novo Testamento
O Gnosticismo — Mundo do Novo Testamento
Gnosticismo é um termo que deriva do grego gnosis, “conhecimento”, e, de fato, foi um sistema que prometia a salvação pelo conhecimento. Deus, diziam os Gnósticos, é demasiado grande e demasiado santo para ter criado o mundo material com toda a sua baixeza e corrupção. E sustentavam, então, que da suprema Divindade procedeu uma série de sucessivas emanações, cada uma delas um pouco inferior à anterior de que provinha, até que, finalmente, a última dessas emanações ou “eões”, como lhes chamavam, criou o mundo. A matéria era assim uniformizada com o mal. Todo aquele que desejasse obter a salvação, só a poderia alcançar pela renúncia ao mundo material e pela busca do mundo invisível. Deste argumento surgiram duas conclusões éticas contraditórias. A primeira foi a do ascetismo, a sustentar que, sendo o corpo material, era mau e deveria, portanto, ser mantido sob estrito domínio Os apetites corporais deviam ser refreados e os seus impulsos deviam ser desprezados e suprimidos. A outra conclusão foi tirada da suposição de que o espírito era real e o corpo irreal. Se o corpo existe só temporariamente, os seus atos não tinham importância. A inteira gratificação dos seus desejos não teria, assim, efeitos sobre a salvação final do espírito, que havia de sobreviver sozinho.
É muito possível que este ensino tenha dado origem à heresia a que Paulo alude em Colossenses, onde exorta os seus ouvintes nestes termos: “Cuidai que não haja ninguém que faça de vós presa sua por meio da sua filosofia e vão engano, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo” (Cl 2:8). Esta heresia aparece-nos como negando a plenitude da Divindade em Cristo e considera-O talvez uma das emanações ou manifestações inferiores de Deus. Além disso, o ascetismo promovido por certas formas de Gnosticismo parece repercutir-se na atitude de “Não manuseies, nem proves, nem toques” (Cl 2:21) que Paulo condenou tão rotundamente. Uma identificação absoluta deste erro com o Gnosticismo, não é possível fazer-se, mas há sem dúvida similaridades.
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É muito possível que este ensino tenha dado origem à heresia a que Paulo alude em Colossenses, onde exorta os seus ouvintes nestes termos: “Cuidai que não haja ninguém que faça de vós presa sua por meio da sua filosofia e vão engano, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo” (Cl 2:8). Esta heresia aparece-nos como negando a plenitude da Divindade em Cristo e considera-O talvez uma das emanações ou manifestações inferiores de Deus. Além disso, o ascetismo promovido por certas formas de Gnosticismo parece repercutir-se na atitude de “Não manuseies, nem proves, nem toques” (Cl 2:21) que Paulo condenou tão rotundamente. Uma identificação absoluta deste erro com o Gnosticismo, não é possível fazer-se, mas há sem dúvida similaridades.
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