Prioridade do Evangelho de Marcos

Prioridade do Evangelho de Marcos

Prioridade do Evangelho de Marcos  


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A solução usualmente encontrada é a hipótese documentária Marcos-Q: Mateus e Lucas teriam estribado a maior parte de sua narrativa sobre o evangelho de Marcos, tendo extraído quase todas as declarações ou ensinamentos de Jesus de um documento atualmente perdido, designado Q, (A designação Q usualmente é vinculada ao vocábulo alemão Quelle, que significa “fonte”.) ao que eles adicionaram material distintivamente seu. Os eruditos têm alinhado certo número de argumentos em favor da prioridade do evangelho de Marcos. Em Lucas 1:1 4, o escritor sagrado chega realmente a asseverar que lançara mão de outros documentos, nos quais se continha material registrado por testemunhas oculares, ao escrever o seu próprio evangelho. Isso, pelo menos, abre a possibilidade de que Marcos tenha sido um desses documentos por detrás do livro de Lucas. Mais especificamente, Mateus incorpora a quase totalidade do evangelho de Marcos, e Lucas cerca de metade. Tanto Mateus quanto Lucas, com freqüência, repetem as exatas palavras de Marcos, mesmo em pormenores negligenciáveis. Outrossim, Mateus e Lucas usualmente acompanham a seqüência de eventos da vida de Jesus, conforme Marcos os alinha, não se desviando juntos daquela seqüência, como poderíamos esperar que o tivessem feito, ao menos vez ou outra, se porventura ambos estivessem se alicerçando sobre Marcos. (Em outras palavras, parece que Marcos é a âncora que impede Mateus e Lucas de se desviarem em demasia (embora nunca ao mesmo tempo) da ordem de acontecimentos contida em Marcos. Diferenças ocasionais e independentes de seqüência, por motivos tópicos, algumas vezes passam para segundo plano questões cronológicas, nas mentes dos evangelistas (termo técnico aplicado aos escritores dos evangelhos). Com freqüência, parece que Mateus e Lucas modificaram o fraseado de Marcos, a fim de aclarar o sentido, (Por exemplo comparar Marcos 2:15 com Lucas 5:29, a respeito de quem era a casa onde teve lugar o banquete.) de omitir material cujo significado poderia ser mal entendido, (Por exemplo, Mateus e Lucas omitem o episódio marcano de que os familiares de Jesus julgaram no louco, talvez porque seus leitores viriam a dar a isso uma errônea interpretação, inferindo além da medida certa.) de anular material desnecessário para seus respectivos propósitos, (Por exemplo, Mateus 8:14 e Lucas 4:38 omitem os nomes de André, Tiago e João, que figuram em Marcos 1:29, e retêm somente o nome de Pedro.) e a fim de suavizar a deselegância gramatical (mera questão de estilo, e não de exatidão) (Por exemplo, Marcos 2:7 (literalmente traduzido), “Quem pode perdoar pecados exceto um, Deus?” torna se: “Quem pode perdoar pecados senão Deus?” em Lucas 5:21. Marcos traz um estilo áspero e vívido vigoroso, mas não elegante.) fenômenos esses que indicam, todos eles, que houve utilização do evangelho de Marcos.