As Bençãos Materiais de Jó — Jó 42:11-17
Note-se que a passagem dos sinais espirituais da aprovação divina para os materiais (v.11-17) se dá quando Jó ora pelos outros (v.10). É quando a sua atenção se concentra nos interesses espirituais dos outros que a sua prosperidade material lhe é restituída, que todas as outras coisas lhe são acrescentadas. Cfr. Mt 6.33. Estes versículos falam-nos do restabelecimento da amizade (v.11); da propriedade (v.12); e da família (v.13-17). Muitos aceitam mal a descrição dos bens materiais como sinais da aprovação divina. Certo comentador refere-se-lhe, por exemplo, como “triste concessão a uma concepção assaz baixa do comportamento da Providência”. A consideração de determinados fatores bastará para comprovar a injustiça de semelhante crítica. Numa época em que não existia uma convicção clara de vida para além da morte, como poderia demonstrar-se, senão em termos de vida terrena, que a justiça entra na própria contextura da realidade, faz parte integrante dela e deve, em última análise, ostentar o selo da justificação divina? Não existe, pois, qualquer incoerência, uma vez que o objetivo do livro não é negar a associação entre justiça e prosperidade material mas apenas negar que essa associação seja invariável. Lembremo-nos também de que a prosperidade material de Jó foi destruída para provar a correção ou incorreção das insinuações satânicas acerca da sinceridade da piedade de Jó. A marcha dos acontecimentos prova a mentira das acusações de Satanás. A justiça exige, pois, alguma forma de restituição.
Este drama do Velho Testamento termina adequadamente com as palavras: “Então morreu Jó velho e farto de dias” (v.17). Cfr. Gn 25.8; Gn 35.29. Como comentário à grande passagem de esperança na ressurreição (Jó 19.25-27), a Septuaginta acrescenta: “e está escrito que ele ressuscitará juntamente com aqueles que o Senhor ressuscitar”.
Este drama do Velho Testamento termina adequadamente com as palavras: “Então morreu Jó velho e farto de dias” (v.17). Cfr. Gn 25.8; Gn 35.29. Como comentário à grande passagem de esperança na ressurreição (Jó 19.25-27), a Septuaginta acrescenta: “e está escrito que ele ressuscitará juntamente com aqueles que o Senhor ressuscitar”.