A Busca de Saber e Prazer — Eclesiastes Capítulo 2
A Busca de Saber e Prazer
(Leia Eclesiastes Capítulo 2)
Obteve Salomão verdadeira satisfação nos prazeres, na alegria e no riso? Ele escreveu: “Eu é que disse no meu coração: ‘Ora, vem deveras, deixa-me experimentar-te com alegria. Também, vê o que é bom.’ E eis que isso também era vaidade. Eu disse ao riso: ‘Insânia!’ e à alegria: ‘Que está fazendo esta?’” — Ecl. 2:1, 2.
Foi em vão que Salomão olhou para a alegria e o riso como algo meritório. Em si mesma, a busca de prazeres não traz verdadeira felicidade duradoura. O riso e o regozijo podem temporariamente contribuir para se esquecerem os problemas. Mas os problemas não desaparecerão, e, depois de acabar a alegria, em contraste, podem assomar em grau ainda maior. Salomão podia corretamente classificar o riso como “insânia”, porque o riso irrefletido obscurece o bom senso. Pode fazer com que se encare levianamente um assunto muito sério e assim se ofenda ou irrite outros. O riso ou a espécie de regozijo associada com as palavras ou os atos dum bobo da corte realmente não valem nada. Não podem ser classificados como produzindo algo tangível e significativo.
Não se tendo agradado com o resultado dos prazeres, da alegria e do riso, Salomão experimentou o efeito do vinho. Ele continuou: “Perscrutei com o meu coração, animando minha carne até mesmo com vinho, ao passo que eu conduzia meu coração com sabedoria, sim, para apoderar-me da estultícia, até que eu pudesse ver o que havia de bom para os filhos da humanidade naquilo que faziam debaixo dos céus, pelo número dos dias da sua vida.” (Ecl. 2:3) No seu uso do vinho, Salomão deixou-se guiar pela sabedoria, pelo bom senso. Não se tornou beberrão, mas manteve o autodomínio. ‘Apoderar-se ele da estultícia’, portanto, não significava que ele lançava fora a moderação. Antes, na sua investigação dos aspectos mais frívolos da vida, ele se controlou e assim não se tornou devasso na busca de prazeres. Visto que Salomão continuou de plena posse dos seus sentidos, pôde avaliar corretamente o que descobriu.
Descrevendo suas atividades adicionais, ele declarou: “Empenhei-me em trabalhos maiores. Construí para mim casas; plantei para mim vinhedos. Fiz para mim jardins e parques, e plantei neles toda sorte de árvores frutíferas. Fiz para mim reservatórios de água para irrigar com eles a floresta em que crescem árvores. Adquiri servos e servas, e vim a ter filhos dos da casa. Vim a ter também gado, gado vacum e rebanhos em grande quantidade, mais do que todos os que vieram a estar antes de mim em Jerusalém. Acumulei também para mim prata e ouro, bem como propriedade peculiar de reis e de distritos jurisdicionais. Constituí para mim cantores e cantoras, bem como as delícias dos filhos da humanidade, uma dama, sim, damas. E tornei-me maior e aumentei mais do que qualquer outro que veio a estar antes de mim em Jerusalém. Além disso, minha própria sabedoria permaneceu minha. E tudo que os meus olhos pediram, eu não retive deles. Não neguei ao meu coração nenhuma espécie de alegria, pois meu coração se alegrava por causa de todo o meu trabalho árduo, e isto veio a ser meu quinhão de todo o meu trabalho árduo.” — Ecl. 2:4-10.
Aprofunde-se mais!
Deveras, a busca de prazeres e cultura não garante em si mesma uma vida feliz e contente. Na realidade, aquele cuja vida gira em torno disso pode finalmente chegar a reconhecer que sua vida é muito vazia e que ele precisa de alimento espiritual.