A Divindade de Jesus nos Evangelhos Apócrifos
A Divindade de Jesus nos Evangelhos Apócrifos
De que maneira Jesus, o personagem central do cristianismo, e retratado tanto nos novos textos quanto nos mais tradicionais? Existe um espectro de visões. É possível, porem, haver uma linha divisória dentro desse espectro? Nos capítulos 12 e 13, consideraremos em detalhes a obra de Jesus. Algumas menções desse tema aparecem aqui porque as fontes freqüentemente tratam a pessoa e a obra de Jesus em conjunto.
Quando a questão é a pessoa de Jesus, existem basicamente quatro opções: (1) ele é um ser celestial, mas numa forma que permite o contato humano. A pergunta que essa categoria freqüentemente levanta e se existe um Jesus dualista, com a distinção entre o Jesus humano e o Cristo divino. Ou será que existe um Jesus docetista que, segundo essa corrente, apenas aparenta ter uma natureza versus a outra? (2) Jesus assume forma humana que complementa sua existência celestial. Isso é freqüentemente conhecido como a visão das duas naturezas. (3) Jesus assume uma forma que exige que ele abandone algumas (mas não todas) de suas características celestiais?
Sua divindade é claramente expressa como limitada? Franzmann (1996, 25-55, 71-111, especialmente 71) destaca essas três primeiras opções. Adicionamos uma outra visão por causa da maneira como as pessoas vêem Jesus hoje. (4) Jesus é simplesmente uma personagem humana, um grande professor ou profeta.
As três primeiras opções compartilham da ideia fundamental de que Cristo é basicamente uma personagem enviada do além, que ele é mais do que humano. As reais opções dentro dos textos estreitam o espectro teórico até certo ponto, mas a variação ainda existe, desde uma natureza humanizada até a puramente celestial.
Fonte: Os Evangelhos Perdidos de Darrell L. Bock, pg. 127-128.