A Genealogia de Jesus — Mateus 1:1-17

JESUS, GENEALOGIA, EVANGELHO, ESTUDO BIBLICO
A Genealogia de Jesus (Leia Mateus 1:1-17) Livro da geração (v.1), isto é, sua árvore genealógica. Davi (v.1). Em descrevendo as origens de Nosso Senhor até Davi, vê-se que o propósito era o de mostrar que as promessas feitas a Davi, como progenitor do Messias, são cumpridas em Jesus Cristo (ver 2Sm 7.12-16; Sl 89.29,36-37; Sl 132.11). Abraão (v.1). Promessas semelhantes foram dadas a Abraão (ver Gn 12.7; Gn 13.15; Gn 17.7; Gn 22.18 e Gl 3.16).

Tamar (v.3). Estrangeira e mulher de moral duvidosa (ver Gn 38). Racabe (v.5). Estrangeira também e originalmente prostituta (ver Js 2.1; Hb 11.31). Rute (v.5). Moabita. Ver o livro de Rute para sua história. Aquela que foi mulher de Urias (v.6), isto é, Bate-Seba (ver 2Sm 12.10-24). O fato que o texto a descreve nesta maneira sugere uma recordação intencional da sua relação ilícita com Davi.

Salomão (v.7) é provável que esta genealogia não delineia a descendência natural, a qual se encontra em Lc 3.23-38, mas a linha real e legal, em virtude de que Jesus Cristo era herdeiro do trono de Davi. Ozias (v.8), isto é, Uzias (Is 6.1 e 2Cr 26.1), também chamado Azarias (2Rs 14.21). Três gerações são omitidas aqui (ver 1Cr 3.11-12), a fim de adaptar a genealogia ao plano do evangelista (ver vers. 17). Esta prática com genealogias era aceita, e não se admite por isto inexatidão. É possível que haja omissões também na primeira e terceira seções da genealogia (vers. 2-6,12-16). Jeconias (v.11), chamado também Joaquim (2Rs 24.8) e Conias (Jr 22.24-28); foi privado de descendência sobre o Trono de Davi (Jr 22.30). Desse modo Jesus Cristo não era descendente natural dele. A deportação para a Babilônia (v.11), se refere aos setenta anos do cativeiro.

José, marido de Maria (v.16). As palavras são escolhidas com muito cuidado para evitar qualquer impressão de que José fosse o pai natural de Jesus Cristo. Como esposo de Maria, era pai legal, de sorte que o direito ao trono de Davi foi transmitido por ele. O casamento de José e Maria teve lugar depois da conceição, mas antes do nascimento de Jesus Cristo. Catorze gerações... catorze gerações... catorze gerações... (v.17). A genealogia foi agrupada propositadamente deste modo pelo evangelista, para facilidade de aprendê-la. A palavra grega oun, traduzida “de sorte que”, implica uma ordem artificial. O sentido da frase é: “isto completa as gerações... entre as catorze gerações”.