Jesus Cristo é Superior a Josué

JESUS, SUPERIOR, JOSUÉ, CARTA, HEBREUS, ESTUDO BIBLICOS
Jesus Cristo é superior a Josué; pois embora Josué tenha feito Israel entrar na terra de Canaã, Cristo conduzirá aos crentes ao lugar de repouso eterno, nos céus, onde Deus descansa de Sua obra criativa (vide 4:1-10). É óbvio que Josué não conseguiu fazer Israel entrar nesse repouso celestial; porquanto muito tempo depois de Josué ter vivido e morrido, Davi falou do lugar de repouso de Israel como lugar ainda não atingido (vide Salmo 95:7,8).(Outra interpretação é que o “descanso” ao qual Jesus conduz os crentes não é o futuro repouso celeste, após as boas obras do viver cristão, mas é o presente repouso espiritual, ou cessação da justiça própria mediante as obras da lei, ante a redenção já realizada por meio de Cristo. Todavia, o aviso intimamente relacionado acerca da apostasia, com suas temíveis conseqüências, e o paralelo entre o fato que Deus descansou de Sua (boa) obra da criação e nosso repouso do trabalho favorecem a interpretação acima. Ainda uma outra opinião diz que o descanso do crente não é a própria salvação (quer presente quer futura), mas um viver cristão bem sucedido, tipificado pela conquista de Canaã por Josué. Novamente, porém, essa interpretação tende por cortar a conexão entre a passagem e os avisos contra a apostasia.) A comparação entre Jesus e Josué é bem mais impressionante no Novo Testamento grego, pois o apelativo hebraico “Josué” assume a forma “Jesus”, no grego. Noutras palavras, o texto grego desconhece a distinção entre o nome próprio Josué, do Antigo Testamento, e o nome próprio Jesus, do Novo Testamento.

Cf. Cristologia: Estudo sobre Jesus Cristo
Cf. Teologia Bíblica e o Cânon
Cf. Literatura no Judaísmo
Cf. Tradição Apocalíptica

Em prosseguimento, o autor exorta os seus leitores a entrarem no descanso celestial, através da fidelidade à sua profissão cristã (vide 4:11-16). Essa ênfase posterior sobre a total suficiência da obra expiatória de Jesus elimina qualquer implicação de que a continuação das boas obras, na vida do crente, merece a salvação. Entretanto, as boas obras e o desviar-se da apostasia são coisas necessárias para demonstração da genuinidade da profissão de fé cristã. O décimo segundo versículo contém a famosa comparação da Palavra de Deus com uma espada de dois gumes, que penetra e desnuda o ser mais interior do homem. Por conseguinte, os crentes devem provar que sua externa profissão de fé se origina de uma realidade interna. Ler Hebreus 3 e 4.