Jó Responde a Bildade — Jó 9:1-16

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1. COMO SE JUSTIFICARIA O HOMEM PARA COM DEUS? (Jó 9.1-16). A impossibilidade de justificação perante Deus é o tema de todo este capítulo. Jó não se propõe responder, detalhadamente, a Bildade. Atém-se, antes, a um princípio de ordem geral, aceito por todos os seus amigos e exposto por Elifaz em Jó 4.17, isto é, a impossibilidade de o homem mortal se apresentar justo perante Deus. Jó aceita a verdade do princípio (v.2) mas proclama em seguida a absoluta ausência de consolação que ele lhe traz. De que valerá ao homem tentar afirmar a sua inocência perante um Deus de infinita sabedoria a cujas perguntas-uma que fosse, em mil-jamais poderia responder? (v.3). Deus é também um Deus de infinito poder. Nas suas mãos estão os céus e a terra, dEle procedem maravilhas que o homem jamais pode entender. Justificar-se um homem perante esse imenso Deus? Quão fútil (v.4-10)! Quando Deus transfere a Sua atenção da natureza para o homem, o Seu poder exerce-se da mesma forma arbitrária, tudo arrebata. Quando salta sobre a presa, quem ousará interpelá-lo (v.11-12)? Quando os mais fortes e audaciosos rebeldes são obrigados a capitular perante o poder de Deus, como pode ele, Jó, ou quem quer que seja, fazer-lhe frente com meras palavras por mais bem escolhidas que estas sejam (v.13-14)? Os auxiliadores soberbos (v.13). Segundo outra versão, “Os auxiliadores de Raabe”. É possível que se trate de uma referência a um mito corrente segundo o qual, Raabe, monstro marinho, e os seus confederados, haviam sofrido tremenda derrota ao pretenderem assaltar os céus.

E Jó prossegue dizendo que até a inocência absoluta, a inocência sem mancha, emudeceria perante Ele e quebraria o ameaçador silêncio apenas para implorar misericórdia (v.15). E Jó duvida que Deus desse ouvidos à sua voz mesmo que, respondendo à sua súplica, consentisse em ouvi-lo em algum tribunal (v.16).