Naamã Aprende a Ser Humilde
Naamã Aprende a Ser Humilde
(Enciclopédia Bíblica Online)
No décimo século A.E.C., a Síria, ao norte de Israel, tinha um chefe de exército chamado Naamã, que conduziu os sírios à vitória. Sem que Naamã o soubesse naquele tempo, foi Yahweh quem deu à Síria a salvação por meio dele. Naamã “tornara-se um grande homem diante do seu senhor e era estimado, . . . e o próprio homem mostrara-se valente, poderoso”. (2 Reis 5:1) Sem dúvida, por causa de sua posição e de suas façanhas militares, Naamã era homem orgulhoso, mas havia contraído a lepra. Esta doença repugnante não o impediu de ocupar o cargo de chefe do exército na Síria, assim como teria impedido em Israel, mas, com o tempo, serviu para humilhá-lo e beneficiá-lo de maneira bem incomum. — Lev. 13:46.
Guerrilhas sírias haviam capturado uma mocinha israelita da terra de Israel, e esta mocinha tornou-se criada da esposa de Naamã. Esta mocinha (cujo nome não é dado na Bíblia) sabia a respeito do profeta de Yahweh chamado Eliseu e os milagres que este havia feito. Ela tinha fé no Deus de Eliseu, Yahweh, e deu testemunho de sua fé. Em certa ocasião, ao falar com a esposa de Naamã, sua ama, ela disse: “Se tão-somente meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria! Neste caso o restabeleceria de sua lepra.” O testemunho da mocinha israelita chegou com o tempo aos ouvidos do rei da Síria. — 2 Reis 5:2-4.
O rei sírio, evidentemente Ben-Hadade II, escreveu uma carta a Jeorão, rei de Israel, e enviou seu chefe do exército Naamã cerca de cento e sessenta quilômetros para entregá-la. Junto com Naamã enviou presentes valiosos. Jeorão recebeu a carta e leu: “E agora, ao mesmo tempo em que recebes esta carta, eis que te envio eu Naamã, meu servo, para que o restabeleças da sua lepra.” Jeorão ficou consternado com a carta e temeu que o rei sírio estivesse “procurando briga” com ele. Eliseu, profeta do verdadeiro Deus, soube disso e mandou avisar o Rei Jeorão, dizendo: “Que [Naamã] venha a mim, por favor, para que saiba que há um profeta em Israel.” Assim, Naamã finalmente ia receber atenção pessoal do homem de quem a mocinha israelita disse que podia curá-lo! — 2 Reis 5:5-8.
“Portanto, Naamã veio com os seus cavalos e com os seus carros de guerra, e ficou de pé à entrada da casa de Eliseu.” Qual seria a reação de Eliseu na presença de tal dignitário? Faria um espalhafato especial por causa deste famoso chefe de exército? A narrativa prossegue: “Eliseu, todavia, enviou-lhe um mensageiro, dizendo: ‘Indo para lá, tens de banhar-te sete vezes no Jordão, para que a tua carne volte a ti; e sê limpo.’” Não, Eliseu não procurava granjear o favor de pessoas de alta posição. Estava interessado em continuar a ter o favor de Deus e em cuidar de que se fizesse a vontade Dele. — 2 Reis 5:9, 10.
Agradou-se Naamã ao saber quão fácil lhe era ficar curado de sua lepra? Não; antes, a narrativa prossegue, dizendo: “Nisso Naamã ficou indignado e começou a ir-se embora e a dizer: ‘Eis que eu disse a mim mesmo: “Virá para fora a mim, e certamente se porá de pé e invocará o nome de Yahweh, seu Deus, e moverá a sua mão para cá e para lá sobre o lugar, e realmente restabelecerá o leproso.” Não são o Abana e o Farpar, os rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não me posso banhar neles e certamente ficar limpo?’ Com isto se virou e foi embora em furor.” — 2 Reis 5:11, 12.
Parecia que o orgulho de Naamã ia impedi-lo de ser curado. Ele não se agradou da pouca acolhida que recebera, nem de tal remédio simples. Parecia estar mais interessado em alguma pompa e cerimônia relacionadas com a cura, do que na própria cura. O orgulho estava prestes a interferir na obediência às instruções do profeta de Deus. Mas os servos de Naamã ajudaram-no a ver as coisas na perspectiva certa. Disseram: “Se tivesse sido uma grande coisa que o próprio profeta te falasse, não a farias? Quanto mais, então, quando ele te disse: ‘Banha-te e sê limpo’?” (2 Reis 5:13) Eles tinham o conceito correto. Reconheciam que o principal era que Naamã ficasse curado de sua doença, e sua palestra com seu amo produziu resultados.
“Então ele desceu e começou a mergulhar no Jordão sete vezes, segundo a palavra do homem do verdadeiro Deus.” Sim, começou a mostrar humildade mental; cingiu-se de humildade e adotou o proceder recomendado. Foi ao Jordão e mergulhou na água, uma vez, duas vezes, e até seis vezes, mas ainda não havia cura. Depois veio o sétimo mergulho, com que resultado? “Depois disso lhe voltou a carne como a carne dum pequeno rapaz e ele ficou limpo.” Ficou curado! — 2 Reis 5:14.
Mas que efeito humilhante teve isto sobre Naamã? Voltaria então para casa, orgulhoso de sua condição purificada, mas sem apreço do que se havia feito? A narrativa prossegue, mostrando que ele voltou ao homem do verdadeiro Deus, numa distância de talvez quarenta quilômetros ou mais, junto com seus cavalos e carros de guerra. Esta vez, Eliseu se apresentou a ele e Naamã disse: “Eis que sei ao certo que não há Deus em parte alguma da terra a não ser em Israel.” Que confissão de fé! Em gratidão, ofereceu a Eliseu um presente de bênção. Eliseu, porém, não estava interessado em lucrar por servir a Deus, e por isso disse: “Assim como vive Yahweh perante quem estou de pé, não o aceitarei.” Apesar das instâncias de Naamã, Eliseu “recusava” aceitar qualquer presente, porque se dava conta de que Yahweh era Aquele que curava e não procurava tirar proveito do cargo que Yahweh lhe dera. — 2 Reis 5:15, 16.
Finalmente, Naamã disse: “Se não, por favor, dê-se ao teu servo um pouco de solo, a carga de um par de mulos; porque o teu servo não mais fará oferta queimada nem sacrifício a quaisquer outros deuses, senão a Yahweh.” Naamã expressou humildemente seu desejo de adorar o Deus de Eliseu, mas quis fazer isso em solo israelita, embora tivesse de voltar ao serviço do rei da Síria. 2 Reis 5:17.
Quanta humildade mental Naamã veio a ter, não se preocupando com qualquer ostentação ou com destacar-se, mas, antes, estando interessado em agradar a Deus, aquele a quem reconhecia então como o verdadeiro Deus! Prosseguiu, dizendo a Eliseu: “Que Yahweh perdoe ao seu servo na seguinte coisa: Quando meu senhor entrar na casa de Rimom [deus falso adorado pelo rei da Síria], para se curvar ali, e ele se apoiar na minha mão, e eu tiver de curvar-me na casa de Rimom, quando eu me curvar na casa de Rimom, por favor, que Deus perdoe ao teu servo neste respeito.” Naamã não mais ia adorar este ídolo Rimom, mas curvar-se ele seria apenas algo mecânico de sua parte, para facilitar que o rei se curvasse. Eliseu acreditou na sinceridade de Naamã, e por isso lhe disse: “Vai em paz.” — 2 Reis 5:18, 19.
Não é interessante ver que, num espaço de tempo relativamente curto, Naamã aprendeu a ‘cingir-se de humildade mental’, e, em resultado, tornou-se adorador de Deus e obteve Seu favor e Sua bênção?
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No décimo século A.E.C., a Síria, ao norte de Israel, tinha um chefe de exército chamado Naamã, que conduziu os sírios à vitória. Sem que Naamã o soubesse naquele tempo, foi Yahweh quem deu à Síria a salvação por meio dele. Naamã “tornara-se um grande homem diante do seu senhor e era estimado, . . . e o próprio homem mostrara-se valente, poderoso”. (2 Reis 5:1) Sem dúvida, por causa de sua posição e de suas façanhas militares, Naamã era homem orgulhoso, mas havia contraído a lepra. Esta doença repugnante não o impediu de ocupar o cargo de chefe do exército na Síria, assim como teria impedido em Israel, mas, com o tempo, serviu para humilhá-lo e beneficiá-lo de maneira bem incomum. — Lev. 13:46.
Guerrilhas sírias haviam capturado uma mocinha israelita da terra de Israel, e esta mocinha tornou-se criada da esposa de Naamã. Esta mocinha (cujo nome não é dado na Bíblia) sabia a respeito do profeta de Yahweh chamado Eliseu e os milagres que este havia feito. Ela tinha fé no Deus de Eliseu, Yahweh, e deu testemunho de sua fé. Em certa ocasião, ao falar com a esposa de Naamã, sua ama, ela disse: “Se tão-somente meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria! Neste caso o restabeleceria de sua lepra.” O testemunho da mocinha israelita chegou com o tempo aos ouvidos do rei da Síria. — 2 Reis 5:2-4.
O rei sírio, evidentemente Ben-Hadade II, escreveu uma carta a Jeorão, rei de Israel, e enviou seu chefe do exército Naamã cerca de cento e sessenta quilômetros para entregá-la. Junto com Naamã enviou presentes valiosos. Jeorão recebeu a carta e leu: “E agora, ao mesmo tempo em que recebes esta carta, eis que te envio eu Naamã, meu servo, para que o restabeleças da sua lepra.” Jeorão ficou consternado com a carta e temeu que o rei sírio estivesse “procurando briga” com ele. Eliseu, profeta do verdadeiro Deus, soube disso e mandou avisar o Rei Jeorão, dizendo: “Que [Naamã] venha a mim, por favor, para que saiba que há um profeta em Israel.” Assim, Naamã finalmente ia receber atenção pessoal do homem de quem a mocinha israelita disse que podia curá-lo! — 2 Reis 5:5-8.
“Portanto, Naamã veio com os seus cavalos e com os seus carros de guerra, e ficou de pé à entrada da casa de Eliseu.” Qual seria a reação de Eliseu na presença de tal dignitário? Faria um espalhafato especial por causa deste famoso chefe de exército? A narrativa prossegue: “Eliseu, todavia, enviou-lhe um mensageiro, dizendo: ‘Indo para lá, tens de banhar-te sete vezes no Jordão, para que a tua carne volte a ti; e sê limpo.’” Não, Eliseu não procurava granjear o favor de pessoas de alta posição. Estava interessado em continuar a ter o favor de Deus e em cuidar de que se fizesse a vontade Dele. — 2 Reis 5:9, 10.
Agradou-se Naamã ao saber quão fácil lhe era ficar curado de sua lepra? Não; antes, a narrativa prossegue, dizendo: “Nisso Naamã ficou indignado e começou a ir-se embora e a dizer: ‘Eis que eu disse a mim mesmo: “Virá para fora a mim, e certamente se porá de pé e invocará o nome de Yahweh, seu Deus, e moverá a sua mão para cá e para lá sobre o lugar, e realmente restabelecerá o leproso.” Não são o Abana e o Farpar, os rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não me posso banhar neles e certamente ficar limpo?’ Com isto se virou e foi embora em furor.” — 2 Reis 5:11, 12.
Parecia que o orgulho de Naamã ia impedi-lo de ser curado. Ele não se agradou da pouca acolhida que recebera, nem de tal remédio simples. Parecia estar mais interessado em alguma pompa e cerimônia relacionadas com a cura, do que na própria cura. O orgulho estava prestes a interferir na obediência às instruções do profeta de Deus. Mas os servos de Naamã ajudaram-no a ver as coisas na perspectiva certa. Disseram: “Se tivesse sido uma grande coisa que o próprio profeta te falasse, não a farias? Quanto mais, então, quando ele te disse: ‘Banha-te e sê limpo’?” (2 Reis 5:13) Eles tinham o conceito correto. Reconheciam que o principal era que Naamã ficasse curado de sua doença, e sua palestra com seu amo produziu resultados.
“Então ele desceu e começou a mergulhar no Jordão sete vezes, segundo a palavra do homem do verdadeiro Deus.” Sim, começou a mostrar humildade mental; cingiu-se de humildade e adotou o proceder recomendado. Foi ao Jordão e mergulhou na água, uma vez, duas vezes, e até seis vezes, mas ainda não havia cura. Depois veio o sétimo mergulho, com que resultado? “Depois disso lhe voltou a carne como a carne dum pequeno rapaz e ele ficou limpo.” Ficou curado! — 2 Reis 5:14.
Mas que efeito humilhante teve isto sobre Naamã? Voltaria então para casa, orgulhoso de sua condição purificada, mas sem apreço do que se havia feito? A narrativa prossegue, mostrando que ele voltou ao homem do verdadeiro Deus, numa distância de talvez quarenta quilômetros ou mais, junto com seus cavalos e carros de guerra. Esta vez, Eliseu se apresentou a ele e Naamã disse: “Eis que sei ao certo que não há Deus em parte alguma da terra a não ser em Israel.” Que confissão de fé! Em gratidão, ofereceu a Eliseu um presente de bênção. Eliseu, porém, não estava interessado em lucrar por servir a Deus, e por isso disse: “Assim como vive Yahweh perante quem estou de pé, não o aceitarei.” Apesar das instâncias de Naamã, Eliseu “recusava” aceitar qualquer presente, porque se dava conta de que Yahweh era Aquele que curava e não procurava tirar proveito do cargo que Yahweh lhe dera. — 2 Reis 5:15, 16.
Finalmente, Naamã disse: “Se não, por favor, dê-se ao teu servo um pouco de solo, a carga de um par de mulos; porque o teu servo não mais fará oferta queimada nem sacrifício a quaisquer outros deuses, senão a Yahweh.” Naamã expressou humildemente seu desejo de adorar o Deus de Eliseu, mas quis fazer isso em solo israelita, embora tivesse de voltar ao serviço do rei da Síria. 2 Reis 5:17.
Quanta humildade mental Naamã veio a ter, não se preocupando com qualquer ostentação ou com destacar-se, mas, antes, estando interessado em agradar a Deus, aquele a quem reconhecia então como o verdadeiro Deus! Prosseguiu, dizendo a Eliseu: “Que Yahweh perdoe ao seu servo na seguinte coisa: Quando meu senhor entrar na casa de Rimom [deus falso adorado pelo rei da Síria], para se curvar ali, e ele se apoiar na minha mão, e eu tiver de curvar-me na casa de Rimom, quando eu me curvar na casa de Rimom, por favor, que Deus perdoe ao teu servo neste respeito.” Naamã não mais ia adorar este ídolo Rimom, mas curvar-se ele seria apenas algo mecânico de sua parte, para facilitar que o rei se curvasse. Eliseu acreditou na sinceridade de Naamã, e por isso lhe disse: “Vai em paz.” — 2 Reis 5:18, 19.
Não é interessante ver que, num espaço de tempo relativamente curto, Naamã aprendeu a ‘cingir-se de humildade mental’, e, em resultado, tornou-se adorador de Deus e obteve Seu favor e Sua bênção?