O Perigo do Fracasso no Cristão — Hebreus 12:12-17

CRISTÃO, FRACASSO, PERIGO, HEBREUS, ESTUDO BIBLICOS
O Perigo do Fracasso no Cristão (Leia Hebreus 12:12-17) Os leitores do escritor sagrado deveriam, portanto, rejeitar o desânimo e enfrentar a vida como crentes dotados de coragem e confiança (v. 12). Pois, se assim não se ajudassem mutuamente para prosseguir, o perigo iminente que correriam é que alguém, que estivesse entravando sua resposta positiva, poderia vir a abandonar completamente o caminho da fé (v. 13). Por outro lado, deveriam esforçar-se, em sua comunhão, em promover a verdadeira santidade, bem como paz uns com os outros (v. 14). Que todos estivessem vigilantes a fim de que nenhum dentre seu próprio número viesse não apenas a afastar-se do caminho da salvação graciosa de Deus, mas também viesse a tornar-se, por permissão dos demais, uma influência pervertedora a prejudicar a comunidade inteira (v. 15). Pois essa espécie de fracasso precisa ser reconhecida como nada menos que profanação espiritual e apostasia. Significa agir à semelhança de Esaú e desistir vilmente da herança outorgada por Deus, em troca de algum ganho material trivial (v. 16). Pior ainda, a história de Esaú demonstra que, uma vez assim rejeitada deliberadamente a herança dada por Deus, não pode mais haver oportunidade de reconquistá-la. O homem que age dessa maneira fica permanentemente condenado (v. 17).

A plena significação dos vers. 12 e 13 é melhor apreciada se compararmo-los com Is 35.3; Pv 4.25-27; 1Rs 18.21. A comunidade inteira é exortada a progredir, a andar em uma vereda reta, e a evitar incoerências a fim de ajudar os que tropeçam a continuar a marcha (cfr. Rm 15.1-2). O que é manco (v. 13); provavelmente aqueles que hesitavam entre o Cristianismo e o Judaísmo. O perigo que corriam é que viessem a abandonar a fé em Cristo, uma ação descrita no vers. 15 como separando-se da graça de Deus. Atentando diligentemente por que ninguém seja faltoso (v. 15). O verbo aqui, no grego, significa “exercendo superintendência”, ou seja, agindo como “bispos”. Mas a referência aqui é à comunidade inteira, e não apenas a ministros especiais. Na congregação cristã os muitos deveriam cuidar e tratar do caso de cada um isoladamente. Cfr. Hb 3.12,13; Hb 4.1; Gl 6.1-2. Alguma raiz de amargura que... vos perturbe (v. 15). Cfr. Dt 29.18, onde é usada fraseologia semelhante para descrever o homem que se volta do Senhor a fim de servir a outros deuses, isto é, o apóstata. Note-se, igualmente, que tal pessoa pode contaminar a congregação inteira. Cfr. a história de Acã; ver Js 6.18; Js 7.25. A insensatez de Esaú (v. 16-17) terminou em desespero (cfr. Judas); era impossível alterar o que ele havia feito. Ele tinha feito sua escolha decisiva que fixou o seu destino. Além disso o seu caráter profano, ou falta de reverência pelas coisas de Deus, era tal que ele foi incapaz de arrependimento autêntico. Ele chorou pelo que havia perdido (a bênção), e não pelo pecado que tinha cometido.

Cf. Sacerdócio de Cristo na Carta aos Hebreus
Cf. Tabernáculo Espiritual na carta aos Hebreus
Cf. Todos Devem se Encontrar com Deus
Cf. Tudo Está nas Mãos de Deus