O Poder de Deus e a Autoridade Moral — Jó 40.6-14

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A ironia que perpassa por todo o discurso divino encontra uma das suas mais fortes expressões na passagem 6-14. Certo comentador vê nesses versos “uma troça tão doce como a que existe no beijo da mãe que se ri do filho”. O vers. 8 pergunta se Jó está disposto a agarrar-se à sua inocência ainda que para a conservar tenha de rejeitar a justiça divina. A questão transfere-se agora da ordem natural do universo (capítulos 38 a 39) para a ordem moral. Possui Jó o poderoso braço de Deus ou há na sua voz autoridade como a Sua? (v.9). Se assim é, vista-se Jó da majestade e da glória de Deus (v.10); suba Jó ao trono do universo para daí derramar os furores da sua ira sobre os soberbos e os ímpios (v.11-13). Só então e nunca até então, poderá Jó julgar inteligentemente a divina ordenação de tudo quanto existe e ouvir o louvor divino. Certo comentador interpreta assim o vers. 14: “Então também eu te louvarei, pois que a tua mão direita te há conquistado a vitória”. Observa este mesmo comentador que a palavra hebraica yadha aqui traduzida por “confessar” é a palavra vulgarmente usada pelo adorador que louva ou dá graças ao seu Deus. Aqui é o Criador que louva a criatura!