O Sermão da Montanha: Amar ao Próximo — Mateus 5:43-47

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Amarás o teu próximo (v.43). Ver Lv 19.18. Aborrecerás o teu inimigo (v.43). Esta última frase não existe no Velho Testamento, mas expressa seu espírito, por exemplo, Dt 23.6. Amai os vossos inimigos (v.44). O mandamento chamando ao amor existia em Lv 19.18, mas é patente do contexto que sua aplicação entre os israelitas era limitada. No evangelho, não há mais separação entre os homens (Gl 3.28; Cl 3.11). Remove-se, então, esta limitação e o mandamento tem uma aplicação universal. O Novo Testamento ensina que sua aplicação é internacional (Lc 10.25-37), social (Tg 2.1-9) e pessoal (Rm 8.10). Filhos (v.45). Dando implicação de semelhança. A regeneração é moral. Publicano (v.46), gr. telonai, significando “cobradores de impostos”, traduzido inexatamente, na Vulgata, publicani, daí “publicanos”. Os publicanos eram realmente funcionários que ofereciam em leilão os impostos de diversas regiões de um país. Os funcionários subordinados vendiam novamente o direito de cobrança aos agentes locais, que exploravam ao máximo o povo. Estes cobradores eram considerados traidores pelos judeus, e seu nome representava tudo o que é vil. Que fazeis de mais? (v.47). A implicação contida nesta pergunta é o segredo da ética cristã. O amor faz mais do que sua obrigação. Publicanos (v.47). Uma versão alternativa dá ethnikoi “gentios”. O termo dá a entender que estes não possuem concerto divino e não se pode esperar deles coisa melhor. Sede vós pois perfeitos (v.48). Adaptado de Lv 19.2. O argumento é que o crente deve ser guiado pelo quinhão perfeito da ética do evangelho, em contraste com o nível menos elevado da lei.