Palavras e Efeitos — Eclesiastes 10:11-20

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1. O SÁBIO E O TOLO (Ec 10.11-15). Eclesiastes toca aqui sobre a notória prolixidade da estultícia e a capacidade de engano que é inerente a ela. Cfr. Tg 3.5-6. Saber como ir à cidade (v.15) parece ter sido uma expressão proverbial acerca da sabedoria prática da ação eficaz. O tolo pode falar muito, mas é incapaz de agir.

2. INDOLÊNCIA NA CORTE (Ec 10.16-19). Os males se abatem sobre um país quando o sibaritismo prevalece na corte. Filho de nobres (v.17). Talvez uma double entendre, possível devido a uma expressão idiomática hebraica que emprega a perífrase “filho de” para formar um adjetivo descritivo: quando o caráter e a conduta do rei são de uma nobreza correspondente ao seu nascimento.

3. A REVERÊNCIA DEVIDA AO REI (Ec 10.20). Essa advertência contra as conversas sediciosas e contra os “pensamentos perigosos” está bem de conformidade com a atitude de Eclesiastes de imparcialidade para com a política. Não se trata de um conselho para que se aquiesça com a injustiça ou com a opressão, mas antes, uma advertência para que se não incorra em riscos desnecessários. Onde não existe nem a vontade nem o poder de corrigir as coisas, as meras murmurações e desavenças são insensatas.