Um Encorajamento para Manter a Fé — Hebreus 10:32-39

FÉ, ENCORAJAMENTO, MANTER, HEBREUS, ESTUDO BIBLICOS
Um Encorajamento para Manter a Fé (Leia Hebreus 10:32-39) Tendo contemplado o aspecto pior, o escritor agora tem base para esperar o aspecto melhor, apelando que esse se realize na experiência de seus leitores. Se seus leitores fossem tentados a abandonar o Cristianismo visto que o mesmo os envolve em sofrimento e opróbrio, em lugar de proporcionar-lhes o imediato cumprimento de suas esperanças naturais, que encontrassem sua inspiração tanto no olhar para a frente como no olhar para trás. Que se relembrassem de sua própria experiência passada com cristãos de que, a exposição pública ao opróbrio e à tribulação foi, desde o princípio, a porção daqueles que compartilham da iluminação do Cristianismo. Portanto, não se tratava de algum novo e inesperado desenvolvimento. Naquele tempo, sua própria atitude em face de tais provações, demonstrou que eles tinham compreendido perfeitamente que aquelas eram experiências das quais, como cristãos, tinham sido chamados a participar, e que qualquer dor física ou perda material poderia ser aceita com alegria, comparando-se isso a seu lucro celestial e eterno (32-34; cfr. 2Co 4.16-18). Que igualmente olhassem para o futuro e percebessem que sua alegre confiança cristã não havia sido erradamente focalizada. Ela inclui uma firme promessa de plena recompensa, pelo que de modo algum deve ser abandonada (35). Precisavam entender, porém, que na vontade de Deus há um período de espera, de trabalho e de provação, antes que o cumprimento esperado possa ser desfrutado (36). Tal cumprimento, entretanto, verificar-se-á em breve. Será consumado por ocasião do aparecimento dAquele que vem (37). Seu advento é certo; de modo algum Ele chegará atrasado. Para os que conhecem esses fatos, só pode haver duas atitudes possíveis: encontrar aceitação perante Deus e a vida, mantendo fé firme; ou retirar a própria confiança e cair no desagrado divino (38). Para nós, esta última alternativa é inconcebível. Não somos da espécie daqueles que abandonam a fé, o que resulta na sua própria destruição; mas somos da espécie daqueles que prosseguem na confiança cristã, que continuam até atingirem o alvo, através do qual também verdadeiramente conservamos a alma (39).

Não somente vos compadecestes dos encarcerados (34). O manuscrito seguido por esta versão, tem mais possibilidade de estar correto, isto é, não há necessidade de referir-se ao escritor sagrado.

Cf. Teologia da Carta de Tito
Cf. O Anticristo nas Epístolas Paulinas
Cf. Doutrina da Regeneração no Antigo Testamento
Cf. A Ressurreição dos Mortos

Nos vers. 37 e 38 o escritor não afirma estar citando especificamente as Escrituras; mas obviamente encontramos aqui um uso livre de frases do Antigo Testamento. Dentro de pouco tempo (37) provavelmente é um eco de Is 26.20. As outras sentenças se baseiam em Hb 2.3-4. Ali, de conformidade com o texto hebraico, o que aparece é ou a visão ou o advento de Deus assim visualizado. A Septuaginta faz com que o sujeito da frase seja uma pessoa. Essa referência pessoal é tornada ainda mais definida, nesta passagem, pela adição, no texto grego, do artigo definido ao particípio. Ao usar a afirmação de Hb 2.4, o escritor sagrado não apenas segue a Septuaginta, que apresenta uma declaração bem diferente do texto hebraico, mas também transpõe as duas sentenças. No grego encontramos nenhum homem; o sujeito de ambas as afirmações é a mesma pessoa, o que sugere que o verdadeiro crente pode apostatar. Mas, a segunda afirmação é apenas hipotética. A dupla resultante de afirmações assevera as alternativas claras: viver pela fé ou perecer pela apostasia. Pois, tal como perante Deus há justificação e vida mediante a fé, semelhantemente, se algum crente retirar-se deliberadamente da atitude da fé, só poderá encontrar o descontentamento divino e a perdição. Não admira, portanto, que o escritor tenha adicionado que nem ele mesmo nem seus leitores poderiam ter qualquer intenção de cometer tal suicídio espiritual.