A Historicidade dos Evangelhos
Como Mateus e Marcos apresentam os mesmos dados básicos a respeito da vida, do ensino, da morte e da ressurreição de Cristo, o que serve de base para a autenticidade de um também serve para confirmar a historicidade do outro. Dessa forma, nos concentraremos em Lucas, visto que há vários argumentos a favor da sua historicidade.
O Dr. Lucas, companheiro de viagens do apostolo Paulo, e amplamente conhecido como sendo o autor do Evangelho de Lucas, por razões muito boas. Primeiro, o autor de Atos:
(1) tinha um nível de instrução elevado, a julgar pelo bom nível do grego empregado (cf. Lc 1.1-4);
(2) não foi um dos doze apóstolos (Lc 1.2);
(3) tomou parte pessoalmente em muitos dos eventos (Lc 1.3);
(4) foi bem informado acerca do apóstolo Paulo;
(5) conheceu e citou o Antigo Testamento em grego;
(6) teve um bom conhecimento da situação política e social no primeiro século;
(7) viajou, algumas vezes, na companhia do apostolo Paulo, conforme o pronome plural “nos” deixa transparecer em algumas seções do livro (At 16.10-17; 20.5—21.18; 27.1—28.16);
(8) não foi Timóteo, Sopatro, Aristarco, Segundo, Gaio, Tiquico ou Trofimo, que são excluídos por Atos 20.4;
(9) teve conhecimento de medicina, conforme indicado pelo emprego que faz de termos e referências medicas. O único companheiro conhecido de Paulo que poderia se encaixar em todas estas características era “Lucas, o medico amado” (Cl. 4.14).
Entretanto, o importante não é a questão de quem escreveu o livro, mas se esta pessoa era ou não uma fonte confiável. Como R. T. France colocou com propriedade: “A autoria [...] não é um fator decisivo na nossa investigação da confiabilidade dos Evangelhos” (TE], 124).
Segundo, a mesma pessoa que escreveu Atos também escreveu o Evangelho de Lucas, já que:
(1) ambos foram escritos para “Teófilo” (cf. Lc 1.3 e At 1.1);
(2) ambos foram escritos em grego de alto nível;
(3) ambos apresentam interesse na área medica;
(4) Atos menciona um “primeiro relato” que o autor havia escrito a respeito de Jesus (Atos 1.1);
(5) existe uma tradição não quebrada e praticamente não questionada desde a época da igreja primitiva até os tempos modernos que atribui o livro ao Dr. Lucas.
Terceiro, o autor de Atos é conhecido como um historiador de primeira grandeza (veja acima), um fato estabelecido tanto por Sir William Ramsey, na obra St. Paul the Traveler and the Roman Citizen, como, mais recentemente por Colin Hemer, na obra The Book of Acts in the Setting of Hellenistic History. Outro estudioso notável da história de Roma apóia firmemente a historicidade dos Evangelhos, afirmando:
Portanto, é surpreendente que enquanto os historiadores greco-romanos tenham aumentado a sua confiança, o estudo da narrativa do evangelho no século vinte, que também parte de um material igualmente promissor, tenha se enveredado por caminhos tão sombrios no desenvolvimento da crítica da forma [...] que o Cristo histórico tenha ficado irreconhecível e a historia da sua missão não possa mais ser escrita. Isto me parece muito curioso (Sherwin-White, RSRNT, 187).
Dessa forma, a crença supramencionada acercado caráter lendário dessa ideia e simplesmente “inacreditável” (ibid., 188-91).
William F. Albright (1891-1971) sobre a Historicidade dos Evangelhos
Com um a vida inteira dedicada às pesquisas, o deão da Arqueologia do século XX escreveu:
Em suma, graças às descobertas de Qumran, o Novo Testamento mostra que é mesmo aquilo que anteriormente já se considerava que ele fosse: os ensinos de Cristo e de seus seguidores imediatos entre os anos 25 d.C e 80 d.C. (FSAC, 23).
Albright, ainda, afirmou de forma mais específica:
Eu deveria responder que, na minha opinião, todos os livros do Novo Testamento foram escritos por um judeu batizado entre os anos quarenta e oitenta do primeiro século d.C. (muito provavelmente, em alguma época entre 50 e 75 d. C.) (“WATMCV”, in: CT, 359).
Ele chegou ao ponto de dizer:
As evidências da comunidade de Qumran demonstram que os conceitos, as terminologias e a concepção do evangelho de João são provavelmente do início do primeiro século (Davies e Daube, “RPGSJ”, in: BNTIE).
Albright também acreditava que:
Os dados históricos bíblicos apresentam uma precisão que excede a da concepção de qualquer estudante crítico moderno, que normalmente erra por conta de uma atitude demasiadamente crítica (AP, 229).
O Dr. Lucas, companheiro de viagens do apostolo Paulo, e amplamente conhecido como sendo o autor do Evangelho de Lucas, por razões muito boas. Primeiro, o autor de Atos:
(1) tinha um nível de instrução elevado, a julgar pelo bom nível do grego empregado (cf. Lc 1.1-4);
(2) não foi um dos doze apóstolos (Lc 1.2);
(3) tomou parte pessoalmente em muitos dos eventos (Lc 1.3);
(4) foi bem informado acerca do apóstolo Paulo;
(5) conheceu e citou o Antigo Testamento em grego;
(6) teve um bom conhecimento da situação política e social no primeiro século;
(7) viajou, algumas vezes, na companhia do apostolo Paulo, conforme o pronome plural “nos” deixa transparecer em algumas seções do livro (At 16.10-17; 20.5—21.18; 27.1—28.16);
(8) não foi Timóteo, Sopatro, Aristarco, Segundo, Gaio, Tiquico ou Trofimo, que são excluídos por Atos 20.4;
(9) teve conhecimento de medicina, conforme indicado pelo emprego que faz de termos e referências medicas. O único companheiro conhecido de Paulo que poderia se encaixar em todas estas características era “Lucas, o medico amado” (Cl. 4.14).
Entretanto, o importante não é a questão de quem escreveu o livro, mas se esta pessoa era ou não uma fonte confiável. Como R. T. France colocou com propriedade: “A autoria [...] não é um fator decisivo na nossa investigação da confiabilidade dos Evangelhos” (TE], 124).
Segundo, a mesma pessoa que escreveu Atos também escreveu o Evangelho de Lucas, já que:
(1) ambos foram escritos para “Teófilo” (cf. Lc 1.3 e At 1.1);
(2) ambos foram escritos em grego de alto nível;
(3) ambos apresentam interesse na área medica;
(4) Atos menciona um “primeiro relato” que o autor havia escrito a respeito de Jesus (Atos 1.1);
(5) existe uma tradição não quebrada e praticamente não questionada desde a época da igreja primitiva até os tempos modernos que atribui o livro ao Dr. Lucas.
Terceiro, o autor de Atos é conhecido como um historiador de primeira grandeza (veja acima), um fato estabelecido tanto por Sir William Ramsey, na obra St. Paul the Traveler and the Roman Citizen, como, mais recentemente por Colin Hemer, na obra The Book of Acts in the Setting of Hellenistic History. Outro estudioso notável da história de Roma apóia firmemente a historicidade dos Evangelhos, afirmando:
Portanto, é surpreendente que enquanto os historiadores greco-romanos tenham aumentado a sua confiança, o estudo da narrativa do evangelho no século vinte, que também parte de um material igualmente promissor, tenha se enveredado por caminhos tão sombrios no desenvolvimento da crítica da forma [...] que o Cristo histórico tenha ficado irreconhecível e a historia da sua missão não possa mais ser escrita. Isto me parece muito curioso (Sherwin-White, RSRNT, 187).
Dessa forma, a crença supramencionada acercado caráter lendário dessa ideia e simplesmente “inacreditável” (ibid., 188-91).
William F. Albright (1891-1971) sobre a Historicidade dos Evangelhos
Com um a vida inteira dedicada às pesquisas, o deão da Arqueologia do século XX escreveu:
Em suma, graças às descobertas de Qumran, o Novo Testamento mostra que é mesmo aquilo que anteriormente já se considerava que ele fosse: os ensinos de Cristo e de seus seguidores imediatos entre os anos 25 d.C e 80 d.C. (FSAC, 23).
Albright, ainda, afirmou de forma mais específica:
Eu deveria responder que, na minha opinião, todos os livros do Novo Testamento foram escritos por um judeu batizado entre os anos quarenta e oitenta do primeiro século d.C. (muito provavelmente, em alguma época entre 50 e 75 d. C.) (“WATMCV”, in: CT, 359).
Ele chegou ao ponto de dizer:
As evidências da comunidade de Qumran demonstram que os conceitos, as terminologias e a concepção do evangelho de João são provavelmente do início do primeiro século (Davies e Daube, “RPGSJ”, in: BNTIE).
Albright também acreditava que:
Os dados históricos bíblicos apresentam uma precisão que excede a da concepção de qualquer estudante crítico moderno, que normalmente erra por conta de uma atitude demasiadamente crítica (AP, 229).