Qual a relação entre Jesus e Paulo?
Uma das questões mais importantes relacionadas com os estudos paulinos é a relação entre Paulo e Jesus. Existem basicamente duas posições sobre este assunto.
1. Paulo é o verdadeiro iniciador do Cristianismo, tendo pregado e ensinado uma religião bastante diferente daquela anunciada por Jesus de Nazaré – Segundo os defensores desta idéia, Paulo tomou a figura do Jesus histórico e a transformou no Cristo da fé. Algumas das principais idéias de Paulo, como salvação pela fé, união com Cristo, sacrifício expiatório, ressurreição de entre os mortos e exaltação à direita de Deus, o senhorio cósmico de Cristo, nunca foram ensinadas por Jesus. Paulo teve estas idéias inspirando-se nas religiões gregas de mistério. Segundo esta opinião, o tipo de religião ensinado por Jesus conforme os Evangelhos é radicalmente diferente daquela religião ensinada por Paulo. A religião ensinada por Jesus era uma espécie de Judaísmo reformado, de obediência interior mais do que exterior. Paulo nunca fala do Jesus terreno, suas obras, milagres e ensinamentos. Ele está interessado somente na morte e na ressurreição de Cristo, tendo deixado de lado os ensinos principais de Jesus. Paulo abandonou a religião de Jesus (Judaísmo reformado) e criou uma outra (Cristianismo). Suas idéias prevaleceram e suas cartas serviram como meio de interpretar os Evangelhos. A conclusão final é que a Igreja Cristã, na verdade, deveria ser chamada de Igreja Paulina...!
2. Paulo não criou o Cristianismo, e sim, Jesus. Paulo é somente um expositor da obra de Cristo e de suas implicações – Esta é a concepção tradicional da Igreja. As diferenças existentes entre a teologia de Paulo e aquela dos Evangelhos explicam-se em termos de complementação e desenvolvimento. Paulo não é o autor da idéia que a morte de Cristo era um ato salvador de Deus na história. Isto tem origem na mensagem do próprio Jesus e nas Escrituras do Antigo Testamento. Já antes de Paulo começar seu ministério, os cristãos de Jerusalém e depois de Antioquia anunciavam a redenção de pecados mediante fé no Cristo morto e ressurreto. A ausência de referências nas cartas de Paulo à vida e obra de Jesus – seus milagres, suas parábolas, suas obras, seus ensinamentos – explica-se pelo fato de que Paulo escreveu suas cartas à comunidades cristãs já estabelecidas, às quais ele já havia pregado sobre a vida e obra do Senhor Jesus. Nas suas cartas ele pressupõe que seus leitores já têm conhecimento daquilo que mais tarde ficaria registrado nos Evangelhos. Seu objetivo com as cartas era expor as implicações da obra de Cristo, particularmente sua morte e ressurreição, para a vida dos cristãos, e para a solução de seus problemas.
Além do mais, é exagero dizer que Jesus não conhece nada do Jesus histórico. Paulo cita explicitamente ensinamentos do Senhor algumas vezes (ver 1 Co 9.14 que se refere a Mt 10.9-10;
Atos 20.35). Diversos dos ensinamentos do Senhor estão implicitamente na mensagem de Paulo, como por exemplo o conceito de que o cumprimento da Lei é o amor (compare Mt 22.37 com Rm 13.9). Em resumo, podemos dizer que a pregação de Paulo está em continuidade com aquela do Senhor Jesus, e também que a expande, aprofunda e desenvolve. Para isto ele foi constituído apóstolo pelo próprio Deus, para ser o maior expositor da vida e obra de Jesus Cristo.
1. Paulo é o verdadeiro iniciador do Cristianismo, tendo pregado e ensinado uma religião bastante diferente daquela anunciada por Jesus de Nazaré – Segundo os defensores desta idéia, Paulo tomou a figura do Jesus histórico e a transformou no Cristo da fé. Algumas das principais idéias de Paulo, como salvação pela fé, união com Cristo, sacrifício expiatório, ressurreição de entre os mortos e exaltação à direita de Deus, o senhorio cósmico de Cristo, nunca foram ensinadas por Jesus. Paulo teve estas idéias inspirando-se nas religiões gregas de mistério. Segundo esta opinião, o tipo de religião ensinado por Jesus conforme os Evangelhos é radicalmente diferente daquela religião ensinada por Paulo. A religião ensinada por Jesus era uma espécie de Judaísmo reformado, de obediência interior mais do que exterior. Paulo nunca fala do Jesus terreno, suas obras, milagres e ensinamentos. Ele está interessado somente na morte e na ressurreição de Cristo, tendo deixado de lado os ensinos principais de Jesus. Paulo abandonou a religião de Jesus (Judaísmo reformado) e criou uma outra (Cristianismo). Suas idéias prevaleceram e suas cartas serviram como meio de interpretar os Evangelhos. A conclusão final é que a Igreja Cristã, na verdade, deveria ser chamada de Igreja Paulina...!
2. Paulo não criou o Cristianismo, e sim, Jesus. Paulo é somente um expositor da obra de Cristo e de suas implicações – Esta é a concepção tradicional da Igreja. As diferenças existentes entre a teologia de Paulo e aquela dos Evangelhos explicam-se em termos de complementação e desenvolvimento. Paulo não é o autor da idéia que a morte de Cristo era um ato salvador de Deus na história. Isto tem origem na mensagem do próprio Jesus e nas Escrituras do Antigo Testamento. Já antes de Paulo começar seu ministério, os cristãos de Jerusalém e depois de Antioquia anunciavam a redenção de pecados mediante fé no Cristo morto e ressurreto. A ausência de referências nas cartas de Paulo à vida e obra de Jesus – seus milagres, suas parábolas, suas obras, seus ensinamentos – explica-se pelo fato de que Paulo escreveu suas cartas à comunidades cristãs já estabelecidas, às quais ele já havia pregado sobre a vida e obra do Senhor Jesus. Nas suas cartas ele pressupõe que seus leitores já têm conhecimento daquilo que mais tarde ficaria registrado nos Evangelhos. Seu objetivo com as cartas era expor as implicações da obra de Cristo, particularmente sua morte e ressurreição, para a vida dos cristãos, e para a solução de seus problemas.
Além do mais, é exagero dizer que Jesus não conhece nada do Jesus histórico. Paulo cita explicitamente ensinamentos do Senhor algumas vezes (ver 1 Co 9.14 que se refere a Mt 10.9-10;
Atos 20.35). Diversos dos ensinamentos do Senhor estão implicitamente na mensagem de Paulo, como por exemplo o conceito de que o cumprimento da Lei é o amor (compare Mt 22.37 com Rm 13.9). Em resumo, podemos dizer que a pregação de Paulo está em continuidade com aquela do Senhor Jesus, e também que a expande, aprofunda e desenvolve. Para isto ele foi constituído apóstolo pelo próprio Deus, para ser o maior expositor da vida e obra de Jesus Cristo.