Interpretação de Isaías 13 e 14
Isaías 13
A. A Queda da
Babilônia. 13:1-22.
1. Sentença (massa’)
também traduzido por oráculo, como se significasse um simples elevar da voz do
profeta (de nasa’, "elevar"). Mas a julgar pelo seu uso,
parece melhor entendê-lo como aquilo que se levanta – um peso. Isto é, um peso
de juízo divino que um ofensor deve carregar.
2. Tiranos. Os chefes
babilônios.
3. Os persas sob
Ciro, o Grande, são profeticamente chamados de meus consagrados por Deus
porque Ele lhes ordenou que derrubassem a Babilônia. Observe que eles deviam
vir de um país remoto (v. 5) e não de alguma região vizinha. A Pérsia
ficava bem a leste do Elão, cerca de 560 quilômetros da Babilônia.
6. Aqui o dia
do SENHOR (Jeová) declaradamente não é escatológico, mas refere-se
aos acontecimentos de 539 A. C. Contudo esta queda da Babilônia é
profeticamente típica da derrota da Babilônia dos últimos tempos (Ap. 14 :8), à
qual o terrível fenômeno meteórico de 13:10 se aplica particularmente (cons.
Mt. 24:29). Isto se deduz pela referência ao mundo (tebel) em
13:11, e não ao Império Caldaico apenas.
Mas os
versículos 14-16 certamente se aplicam a 539, pois a menção dos medos
no versículo 17 torna isto claro ("Medos" era um nome mais
familiar no tempo de Isaías do que "Persas", que ainda era então
desconhecido aos asiáticos ocidentais).
19-22. Nestes versículos o Senhor prediz muito definidamente a final extinção da Babilônia histórica de maneira totalmente permanente. Posteriormente a história comprova o cumprimento literal desta profecia, pois a Babilônia ficou completamente desabitada lá pelo século XVII A.C. O local abandonado tem sido supersticiosamente considerado terrível pelos povos da língua árabe, o árabe (v. 20), desde então.
19-22. Nestes versículos o Senhor prediz muito definidamente a final extinção da Babilônia histórica de maneira totalmente permanente. Posteriormente a história comprova o cumprimento literal desta profecia, pois a Babilônia ficou completamente desabitada lá pelo século XVII A.C. O local abandonado tem sido supersticiosamente considerado terrível pelos povos da língua árabe, o árabe (v. 20), desde então.
Isaías 14
B. A Queda do
Rei da Babilônia. 14:1-27.
1,2. O ímpio Poder
Mundial da Babilônia será esmagado, mas o povo de Deus emergirá triunfante no
final. Até as nações pagas se file ficarão sujeitas (através da conquista
espiritual do Evangelho e mediante a poderosa imposição do governo de Cristo no
"final dos tempos"). Os gentios ajudarão na restauração de Israel à
posição de terra prometida.
3-11. Um hino de
triunfo sobre a Babilônia derrotada (tanto a cidade histórica como a
escatológica)
8. Ciprestes e
cedros. Ambos
são literais (uma vez que foram poupados do desflorestamento dos madeireiros
caldeus) e simbólicos – representando outras nações na floresta da humanidade.
9. O Além ou
o Sheol. Um nome para a habitação generalizada dos mortos antes da
ressurreição de Cristo. Mas aqui representa a habitação dos espíritos dos
altivos governantes que desafiaram a Deus nas dispensações passadas. Estes
estão representados como dando as boas vindas à chegada do rei da Babilônia com
maliciosa satisfação, pois toda a sua breve glória terrena já terá sido
extinguida, como foi a deles.
12-20. Lúcifer.
O
nome romano para a estrela da manhã (heb. hêlêl, "a
brilhante"), a qual logo desaparece diante do esplendor muito maior do
sol. Este título foi concedido ao rei da Babilônia, não se referindo a ele como
indivíduo humano específico (como Belsazar, por exemplo), mas como
representante ou incorporação de Satanás, que é considerado o poder por trás do
trono real. O orgulho titânico e a ambição expressas nos versículos 13, 14
estão deslocados em quaisquer lábios que não sejam os de Satanás. A poesia
épica do ugarita cananeu geralmente se refere à "montanha do Norte"
ou Sapunu (equivalente ao heb. sâphôn usado aqui) como sendo a
habitação dos deuses. A ignominiosa queda do tirano da Babilônia, aqui descrito
profeticamente, cujo cadáver jaz insepulto e desonrado, reflete Satanás, seu
senhor.
21-27. Esta passagem
reverte mais particularmente à queda da Babilônia histórica em 539, e a
permanente extinção de seu poder e posteridade. Como confirmação antecipada
desta promessa referente à Babilônia, o Senhor predisse a catástrofe mais
iminente dos exércitos da Assíria (o suserano da Babilônia na ocasião) na
Palestina (v. 25), que aconteceu quando da invasão de Senaqueribe em 701 A. C.
Todos esses desastres nas nações vizinhas demonstrariam o poder de um Deus
único e verdadeiro, o Deus de Israel (vs. 24, 27).
Sentença II. A
Queda da Filístia. 14:28-32.
Os filisteus,
em sua guerra contra Acaz, tinham recentemente tomado quatro grandes cidades
judias (II Cr. 28:18). Mas aqui são advertidos da retribuição vindoura através
de Ezequias, a serpente do versículo 29, e dos posteriores príncipes judeus da
dinastia hasmoneana (como Jônatas Macabeu, que incendiou Asdode e Asquelom e
competiu Gaza a se render).
31. Do norte
vem fumaça refere-se
às devastações futuras de Sargão (20:1) e Senaqueribe (mencionada em seu
registro de campanhas em 701).
32. Os enviados
filisteus tinham portanto de ser enviados para casa com a declaração de que a
única e verdadeira -segurança de Judá se encontrava em Jeová, o seu Deus.
Sentença III. A Queda de Moabe. 15:1–16:14.
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