Significado das SETE TAÇAS em Apocalipse

Significado das SETE TAÇAS em Apocalipse

O Que Significam as SETE TAÇAS em Apocalipse?



Juízos das Sete Taças, Apo. 15:1-16:21

Este décimo quinto capitulo age como elaborada introdução para os juízos das sete taças. O autor sagrado estava cônscio de que em breve terminaria seu livro de Juízo, a fim de introduzir a última série de "sete", com uma impressionante cena celestial, da mesma maneira que outras séries haviam sido introduzidas. Isso pode ser comparado com os capítulos 4 e 5, que introduzem todos os juízos existentes no livro, mas, especificamente, o juízo dos selos, no qual todos os demais estão contidos potencialmente. Assim também, no seu oitavo capitulo, antes dos juízos das trombetas, temos (no primeiro versiculo) um estranho silêncio nos céus. Nesses capítulos temos várias cenas "celestes", antes das descrições dos próprios juízos, os quais são impostos por Deus, que é o Senhor dos lugares celestiais. Esse livro não descreve qualquer coisa acidental ou meramente terrena. Diz-nos como Deus, uma vez mais, fará intervenção na história humana; e, dessa vez, a fim de inaugurar a era áurea ou milênio, mediante a queda do anticristo e toda a impiedade que ele personifica. Essa intervenção será a mais decisiva de todas quantas têm havido na história, porquanto colocará Cristo na devida posição de total senhorio, com total fruição de sua missão.

"Outra série de calamidades, as sete pragas das taças da cólera de Deus, está próxima a sobrevir à terra. Essas calamidades são similares, em caráter e propósito, às pragas dos sete selos (ver Apo. 6: 1-8:6), às pragas das sete trombetas (ver Apo. 8:7-11:19), e, sobretudo, a estas últimas. Um período de preparação antecedeu cada uma dessas séries. Na primeira, tivemos a aclamação do Cordeiro, como digno de romper os selos do rolo de condenações (ver Apo. 54-14).

Na segunda, quando da abertura do sexto selo (ver Apo. 8:1-6), houve a preparação para o toque das sete trombetas. Então um outro anjo se pôs de pé sobre o altar, misturando incenso com as orações dos santos, no incensário de ouro. Após essa mistura fragrante ter subido até Deus, o anjo encheu o incensário com brasas do altar, e lançou-o sobre a terra, provocando certo número de distúrbios celestes e terrestres. Depois dessa preparação, os sete anjos passaram a tocar suas trombetas. De certo modo, a preparação para as sete pragas é reiteração do que houve no caso das pragas das sete trombetas" (Hough, in loc.)

No artigo sobre o Apocalipse, em sua sessão X, intitulada, "Conceitos de Arranjos", pudemos mostrar
como as trombetas e as taças apresentam uma espécie de perspectiva paralela, uma terrena e outra celestial, dos mesmos juízos. Alguns creem que esses juízos são exatamente idênticos, mas parece que os juízos das taças vieram mais tarde, a despeito de suas similaridades ao juízo das trombetas. O capítulo que ora consideramos, cronologicamente falando, segue-se ao décimo terceiro capítulo (porquanto o décimo quarto capítulo interrompeu a ordem de apresentação a fim de mostrar quadros contrastantes entre os adoradores do Cordeiro e os do anticristo, formando uma espécie de parênteses).