Significado dos SETE OLHOS DO CORDEIRO

Sete olhos que são os sete espíritos de Deus, Apo 5: 6. Ver o artigo sobre os Sete Espíritos de Deus. Ver também Apo. 3:1 e 4:5 quanto a referências ao mesmo fato. Jáque antes aparecem "sete tochas" diante do trono de Deus (ver Apo. 4:5), e que agora lemos acerca dos "sete olhos" do Cordeiro, é duvidoso que esteja em pauta o "Espírito de Deus", porquanto isso parece reduzi-lo até certo ponto.

Antes, temos aqui seres angelicais de elevada ordem, que atuam como poderes nas mãos de Cristo, realizando aquilo que ele quiser. Ou, se assim não for, terão de ser apenas características da pessoa de Cristo. Esses "olhos-espíritos" iluminam os homens e os anjos; possuem "discernimento", já que são os "olhos" de Cristo. Agem como extensões de sua "sabedoria", que a tudo "vê" e de tudo "sabe". Também são símbolos da "consciência" do Filho de Deus. Esse significado certamente está envolvido no simbolismo dos "sete olhos". Trata-se da visão perfeita., do "discernimento" total e divino. Otrecho de Zac. 4: 10 pinta Yahweh como quem tem sete olhos, e mui provavelmente essa foi a origem da figura simbólica que aqui temos. No livro de Zacarias, os olhos de Yahweh "percorrem toda a terra". O mesmo sucede no caso dos olhos do Cordeiro. Ele sabe a quem convém poupar; e o seu julgamento será severo e feroz, embora também sirva para curar, já que a perfeita sabedoria assim fará. 

Seus olhos são "enviados" por toda a terra. A Cristo não falta conhecimento sobre as condições terrenas, e ele sabe como cuidar desses problemas. Esse simbolismo faz-nos lembrar dos muitos olhos dos quatro seres viventes (ver Apo. 4:8) como também do "pequeno chifre" de Dan. 7:8, que tinha olhos como os de um homem. Nesses casos, são focalizadas as qualidades da sabedoria e de total discernimento, tanto acerca do bem como acerca do mal. No caso do Cordeiro, o total discernimento trará à tona o julgamento divino, porquanto o Cordeiro é quem abrirá o livro de julgamento, o livro de sete selos. No entanto, nenhum julgamento divino poderá ser feito sem um propósito em mira, sem visar resultados benéficos finais, porquanto o julgamento divino é apenas o dedo da mão amorosa do Senhor.

Tal como em Apo. I:4, alguns pensam que os "sete espíritos" (agora chamados de "sete olhos" de Cristo) são o Espírito Santo. Nesse caso, o Espírito de Deus deve ser encarado como o instrumento da onisciência e do poder discernidor de Cristo.