Quem Escreveu o Livro de Jeremias?
Quem Escreveu o Livro de Jeremias?
Cf. Enciclopédia Bíblica Online
Apesar de se saber mais sobre Jeremias e sobre as circunstâncias a respeito da escrita do livro que leva seu nome do que sobre os outros livros do AT, permanecem várias perguntas a respeito de sua composição. Foi no quarto ano de Jeoaquim, 605 a.C., que Jeremias foi especificamente instruído a escrever suas mensagens (Jr 36.1-8). Baruque foi incumbido como escriba do profeta para registrar aquilo que dizia respeito ao ministério de Jeremias, o qual havia começado em 627 a.C. Este rolo foi queimado pelo rei Jeoaquim no ano seguinte. Mais uma vez Jeremias foi instruído a escrever o que havia sido consumido pelo fogo. Baruque foi quem novamente serviu como escriba. O quanto foi incluído à anotação final “e ainda se lhes acrescentaram muitas palavras semelhantes” (36.32) é difícil de se determinar. E também significante o fato de que no ano de 605 a.C. foi assegurado a Baruque, por Jeremias, que sua vida seria preservada através dos anos perigosos que aguardavam Judá e Jerusalém, da forma profetizada na mensagem do profeta, a qual havia sido submetida à forma escrita (45.1-5).
Cf. Enciclopédia Bíblica Online
Apesar de se saber mais sobre Jeremias e sobre as circunstâncias a respeito da escrita do livro que leva seu nome do que sobre os outros livros do AT, permanecem várias perguntas a respeito de sua composição. Foi no quarto ano de Jeoaquim, 605 a.C., que Jeremias foi especificamente instruído a escrever suas mensagens (Jr 36.1-8). Baruque foi incumbido como escriba do profeta para registrar aquilo que dizia respeito ao ministério de Jeremias, o qual havia começado em 627 a.C. Este rolo foi queimado pelo rei Jeoaquim no ano seguinte. Mais uma vez Jeremias foi instruído a escrever o que havia sido consumido pelo fogo. Baruque foi quem novamente serviu como escriba. O quanto foi incluído à anotação final “e ainda se lhes acrescentaram muitas palavras semelhantes” (36.32) é difícil de se determinar. E também significante o fato de que no ano de 605 a.C. foi assegurado a Baruque, por Jeremias, que sua vida seria preservada através dos anos perigosos que aguardavam Judá e Jerusalém, da forma profetizada na mensagem do profeta, a qual havia sido submetida à forma escrita (45.1-5).
Os textos TM e o da LXX do livro de Jeremias variam em extensão e ordem. O último é cerca de um oitavo (ou aproximadamente 2700 palavras) menor que o texto hebraico. Entre os rolos judeus há alguns fragmentos que autenticam o texto mais curto, o que pode ter sido a vorlage (introdução; apresentação) da VS grega (cp. Eissfeldt, pág. 349). Alguns fragmentos entre estes rolos refletem o texto hebraico mais longo.
Duas variações são claras nesta recomposição. As profecias a respeito das nações estrangeiras, dadas nos cap. 46-51, são inseridas no texto grego começando com 25.14. A ordem dentro desta série de mensagens também foi mudada. Além das diferenças notadas acima está o fato de que no texto grego alguns versículos, no todo ou em parte, são omitidos, assim como algumas passagens maiores como 33.14-26; 39.4-13; 51.44b-49ae 52.27b-30. Embora algumas destas omissões menores possam ser explicadas como erros na transmissão, é evidente que a LXX reflete uma edição variante do hebraico. O fato de Baruque ser fundamentalmente responsável por registrar as mensagens de Jeremias é claramente evidente no próprio livro. Após a queima do primeiro rolo por Jeoaquim, em 604 a.C., uma segunda edição foi novamente preparada por Baruque. Durante as duas décadas seguintes ou mais que restaram do ministério de Jeremias, Baruque certamente acrescentou mais mensagens e registrou os eventos ligados a seu mestre em Jerusalém assim como, mais tarde, no Egito. Uma explicação possível da variação nos dois textos é que o texto hebraico representa a edição final deste livro, por Baruque, após a morte de Jeremias. Neste poderia estar refletida a organização e adições de Baruque. O texto menor — o qual foi subsequentemente preservado na versão grega — pode ter sido uma edição mais antiga, a qual Baruque mais tarde reorganizou e editou (cp. Archer, Eissfeldt e Young). Alguns estudiosos racionalistas nega porções consideráveis do livro de Jeremias, tanto ao próprio profeta quanto a Baruque. Além disso, alguns consideram que o texto presente reflete várias adições editoriais depois do período de Jeremias.
A atribuição de Jeremias 10.1-16 ao “Deatero-Isaías”, admoestando os judeus do exílio contra a idolatria está baseada na teoria que nega a unidade do livro de Isaías. O ponto de vista de que Jeremias 17.19-27 é dependente das passagens sobre a guarda do Sábado em Ezequiel, ou do código
sacerdotal, é baseado na teoria de que o documento P é pós-exílico. Os capítulos 30 e 3 1 são atribuídos à era pós-exílica sob a suposição de uma hipótese evolucionária a respeito do desenvolvimento da esperança messiânica, em contraste com a visão de que tais mensagens eram dadas aos profetas mediante revelação divina.
Visto que faltam evidências positivas para o contrário, é aceitável atribuir a Baruque o livro todo em sua forma escrita. Intimamente ligado a Jeremias, Baruque registrou fielmente as mensagens e eventos durante a vida de Jeremias e, então, deve ter completado e organizado a edição final logo após a morte do profeta.