Significado de Gênesis 50
Gênesis 50
Gênesis 50 é o capítulo final do livro de Gênesis e encerra a história de José e sua família. Este capítulo começa com a morte de Jacó, e vemos a reação de José ao falecimento de seu pai. Também testemunhamos a reconciliação de José com seus irmãos e o eventual retorno de sua família à terra de Canaã. Este capítulo enfatiza temas como perdão, família e fé na soberania de Deus.
Um dos temas significativos de Gênesis 50 é o perdão. Apesar da traição e das dificuldades que José experimentou nas mãos de seus irmãos, ele escolheu perdoá-los e trabalhar pela reconciliação. Este capítulo nos lembra do poder do perdão e de sua capacidade de trazer cura e restauração, mesmo em meio à dor e ao sofrimento.
Outro tema-chave em Gênesis 50 é a família. Este capítulo destaca a importância da família e dos laços que existem entre parentes. Demonstra como, mesmo em meio a dificuldades e conflitos, os membros da família podem se unir e apoiar uns aos outros. É um lembrete de que as relações familiares são essenciais e devem ser nutridas e protegidas.
No geral, Gênesis 50 é um capítulo que encerra a história de José e sua família, enfatizando temas como perdão, família e fé na soberania de Deus. Isso nos lembra da importância do perdão e do poder das relações familiares. Também nos desafia a confiar no plano de Deus, mesmo quando as coisas estão difíceis, e a ter fé de que Ele está operando todas as coisas para o bem.
Comentário de Gênesis 50
Gênesis 50:2 José ordenou que seu pai fosse embalsamado (hb. hanat, refere-se a especiarias), a fim de que pudesse ser sepultado em Canaã. Tempos depois, o próprio José também seria embalsamado (v- 26).
Gênesis 50:2, 3 O embalsamento teve sua origem no Egito. Os órgãos vitais eram removidos e colocados em recipientes para serem sepultados com a múmia. As cavidades do corpo eram preenchidas com sal, soda cáustica (carbonato de sódio), substâncias aromatizantes e resina, para que este secasse e fosse preservado. A cabeça, o troco e os membros eram fortemente enrolados com muitas camadas de tecido de linho. A posição de uma pessoa na sociedade determinava os rituais de sepultamento e os dias de luta.
Gênesis 50:4-9 José pediu o consentimento do faraó para que deixasse o Egito, a fim de sepultar o corpo de seu pai em Canaã. A expressão a casa de faraó ou a corte do faraó (NVI) indica que nem mesmo José tinha acesso direto ao rei do Egito.
Gênesis 50:10, 11 Na eira do espinhal, perto do Jordão, a delegação egípcia que acompanhava José permaneceu durante sete dias. Esta era a entrada da Terra Prometida. Os cananeus ficaram tão impressionados com a cerimônia de luto solene que nomearam o lugar em homenagem aos pranteadores.
Gênesis 50:12-15 Os irmãos de José novamente temeram a ira daquele que fora vendido anos antes como escravo. E se a bondade de José para com eles tivesse sido demonstrada somente para agradar a seu pai? Agora, com a morte de Jacó, José tentaria se vingar? Realmente eles não conheciam o coração do irmão!
Gênesis 50:16, 17 A mensagem que os irmãos enviaram a José pode ter sido sincera e verdadeira ou uma reação ao medo que sentiam diante do “braço direito” do rei do Egito. Eles se referem ao mal que fizeram a José. (Para verificar o uso das mesmas palavras de Jacó para Labão, veja Gn 31.36.) Então, José chorou. Ele aceitou a mensagem como uma confissão sincera de seus irmãos [mas também pode ter ficado triste de novamente terem pensado mal dele].
Gênesis 50:18-21 José falou abertamente de como via os acontecimentos de sua vida (Gn 45.4-8). Deus transformara as atitudes perversas daqueles homens em uma obra extraordinariamente boa. José não apenas teve a oportunidade de salvar muitas vidas no mundo antigo, como também testemunhou o poder e a benevolência do Deus vivo. O Senhor fez com que Sua boa obra fosse realizada a despeito dos planos maléficos das pessoas. Até os piores acontecimentos podem ser usados pela divina Providência para que sejam convertidos em bem. O maior e mais impressionante exemplo que temos disso é a morte de Jesus. O mal (a Queda) trouxe o melhor de Deus: Jesus Cristo. A experiência de José com seus irmãos foi uma demonstração em escala menor das ações divinas de salvação em Jesus, o Messias. Aqui, a descrição de José aponta para a vida do Salvador. Então, com palavras de grande alento, ele confortou seus irmãos e dispersou deles o medo.
Gênesis 50:22 Deus abençoou José com uma vida longa de 110 anos, assim como abençoara Abraão com os 175 (Gn 25.7). Isaque, com 180 (Gn 35.28) e Jacó, com 147 anos (Gn 47.28).
Gênesis 50:23 A menção aos filhos de Efraim antes dos filhos de Manassés é uma indicação do cumprimento da bênção de Jacó. O filho mais novo de José foi elevado perante seu irmão mais velho
(Gn 48.8-22).
Gênesis 50:24 Certamente, vos visitará Deus. Em seu leito de morte, José expressou sua fé inabalável nas promessas de Deus. Ele assegurou a seus irmãos que o Senhor continuaria a obra na família deles. A Seu tempo (Gn 15.12-16), Deus cumpriria a promessa de dar a terra de Canaã aos descendentes de Abraão (Gn 12.7; 26.3; 35.12; 46.4). A Abraão, a Isaque e a Jacó: esta expressão é a forma padrão de fazer referência à aliança de Deus com a família de Abrão (Gn 48.15; 49.25; Ex 2.24; 3.16). A citação dos três nomes reafirma a certeza da promessa e do comprometimento do Senhor em cumpri-la.
Gênesis 50:25 José sepultou seu pai em Canaã (Gn 50:7-14). Agora ele fez com que seus irmãos jurassem que levariam os restos mortais dele à Terra Prometida quando toda a nação de Israel retornasse a Canaã. No juramento, José expressou sua completa fé no fato de que Deus manteria a promessa de dar a terra de Canaã aos israelitas (Hb 11.22). Muitos anos mais tarde, Moisés sustentaria o juramento dos filhos de Israel ao levar os ossos de José junto com o povo ao deserto (Êx 13.19). Por fim, Josué enterraria os restos mortais de José em Siquém, após a conquista de Canaã (Js 24.32).
Gênesis 50:26 José foi embalsamado, como Jacó (v. 1-3) e todos os membros do governo egípcio.
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