Significado de Miqueias 6

Miqueias 6

Em Miqueias 6, o profeta dirige-se ao povo de Israel e de Judá, desafiando-os a considerar a sua relação com Deus e enfatizando a importância da justiça, da misericórdia e da humildade. Aqui está um resumo de Miqueias 6:

1. A controvérsia de Deus com o seu povo:
Miqueias começa apresentando uma cena semelhante a um tribunal, onde Deus tem uma “controvérsia” ou disputa com Seu povo. Ele invoca as montanhas e colinas como testemunhas deste caso, destacando a importância do assunto.

2. A Fidelidade de Deus:
O profeta lembra ao povo a fidelidade de Deus e as maneiras como Ele demonstrou Seu amor e cuidado por eles ao longo de sua história. Ele pergunta o que mais Deus poderia ter feito por eles para provar Seu amor.

3. A Resposta do Povo:
Miqueias imagina a resposta do povo, com alguém questionando como eles podem se aproximar de Deus e oferecer sacrifícios para expiar seus pecados. Eles perguntam se Deus ficaria satisfeito com milhares de carneiros, rios de óleo ou até mesmo com seus próprios filhos primogênitos como oferendas.

4. Os Requisitos de Deus:
O profeta responde com um resumo conciso do que o Senhor exige de Seu povo:
Fazer justiça: agir de forma justa e equitativa nas relações com os outros.
Amar a bondade (ou misericórdia): Mostrar compaixão e bondade para com os necessitados.
Andar humildemente com Deus: Manter uma atitude humilde e obediente diante de Deus, reconhecendo Sua autoridade e orientação.

5. Condenação da injustiça:
Miquéias passa a condenar o povo por suas injustiças sociais, desonestidade e corrupção. Ele os acusa de usar balanças desonestas, engano e violência.

6. Consequências do Pecado:
O capítulo alerta sobre as consequências de seus pecados, incluindo desolação e punição.

7. Resgate Futuro:
Apesar da repreensão e do julgamento, Miquéias sugere um tempo futuro de redenção e restauração para o remanescente fiel. Deus cumprirá Suas promessas e conduzirá Seu povo a um lugar de justiça e paz.

Em Miqueias 6, o profeta enfatiza que os rituais religiosos externos e as ofertas por si só não são suficientes para agradar a Deus. A verdadeira devoção requer um coração comprometido com a justiça, a bondade e a humildade. O capítulo sublinha a importância de viver de uma forma que se alinhe com os padrões morais e éticos de Deus, em vez de depender apenas de cerimónias religiosas.

Significado

6.1, 2 Defenda a sua causa (NVI). Deus (o Juiz) pede ao povo (os acusados) que defenda a própria causa. Os montes e os outeiros estavam entre as testemunhas da aliança que Deus fez com Seu povo (Dt 4-26; 32.1; Is 1.2). Entrará em juízo. Se o povo ficasse em silêncio diante dos montes, o Senhor falaria contra o pecado do povo.

6.3 Que te tenho feito? De forma alguma, o Senhor se comportou mal contra Seu povo (Jr 2.5).

6.4, 5 O Senhor fez um resumo de Suas grandes demonstrações de misericórdias para com Israel, incluindo Suas obras de salvação ao tirar o povo do Egito no êxodo e libertar Israel dos males que Balaque e Balaão haviam planejado (Nm 22—24).

6.6, 7 A expressão virei perante ele significa aproximar-se em verdadeira adoração (Sl 15). Holocaustos, com bezerros de um ano. Estes estavam entre os sacrifícios prescritos por Deus para a verdadeira adoração bíblica (Lv 1.3; 9.3). As palavras do versículo 7 vão além de qualquer exigência da Lei e até contra a Lei quando sugerem que Deus pode não se agradar do sacrifício, a não ser que o próprio filho de uma pessoa seja ofertado. Miqueias usa a hipérbole (figura que consiste no exagero intencional) para enfatizar a necessidade da atitude correta na verdadeira adoração a Deus. Agradar-se-á. A ideia de agradar a Deus por meio do sacrifício é encontrada em outras passagens na Bíblia. Deus agrada-se daqueles que fazem o que Ele ordena (Gn 4.1-8).

6.8 Este versículo fala sobre as atitudes fundamentais que devem acompanhar toda verdadeira adoração. O que o SENHOR pede de ti. A ideia aqui é que Deus busca certas características da verdadeira adoração em Seu povo. Pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente. Estas expressões resumem a devoção bíblica na verdadeira adoração. A maioria do povo de Israel frequentemente violava cada uma dessas especificações. Os governantes não conheciam a justiça (Mq 3.1; NVI) , não tinham interesse na misericórdia (Mq 3.2,3) e não demonstravam humildade (Mq3.11). Com o teu Deus. E o Senhor que, no final, dá à pessoa força, coragem e capacidade para exercer as virtudes da vida cristã.

6.9 A vara é uma imagem messiânica. E possível que este versículo esteja baseado no Salmo 2:9,11,12.

6.10-15 O povo de Judá estava abusando dos outros com falsas medidas, com violência e com mentiras. Essas práticas há muito foram removidas da verdadeira adoração descrita no versículo 8. Esta é a justificação divina para a decisão do Senhor de trazer juízo sobre Jerusalém, a despeito do fato de Seu santo templo estar ali (Mq 3.11,12). A adoração que estava sendo oferecida, embora obedecesse ao modelo da Lei, não procedia de verdadeiras atitudes bíblicas e práticas misericordiosas.

6.16 A história espiritual do Reino do Norte chegou ao nível mais baixo nos governos de Onri e de Acabe. Enquanto Jeroboão I havia associado a adoração a Deus à natureza e aos ritos sexuais da adoração a Baal (1 Rs 12.25-33), Acabe e sua esposa, Jezabel (em um casamento arranjado por Onri), promoviam a adoração pública de Baal e Aserá (1 Rs 16.21-34). Por essas razões, e a despeito da presença do templo, Deus estava para levar Seu povo à vergonha total.