Cristologia de Ário e Atanásio

Cristologia de Ário e Atanásio
Cristologia de Ário e Atanásio



Ário (265-336 d.C.) negava a possibilidade de qualquer emanação divina, ou de qualquer distinção dentro da deidade. Ele ensinava que o Logos foi criado do nada, por Deus, antes do início do tempo, conforme o conhecemos agora. Embora o Logos tenha apenas uma forma de divindade, ele poderia ser chamado divino, posto não ser o verdadeiro Deus, e nem ter a mesma substância do Pai. O concilio de Niceia opôs-se a esses pontos de vista, em cerca de 325 d.C. foi o grande opositor de Ário, nessas suas ideias distorcidas. 

Atanásio (298-373 d.C.) defendia a doutrina de uma só substância, possuída pelo Pai e pelo Filho. Alicerçava seus argumentos não em seus raciocínios acerca do Logos, mas na natureza da redenção. Na redenção, faz parte do plano de Deus levar os remidos a compartilharem de sua natureza. Para realizar isso, Deus precisou assumir a natureza humana. Portanto, Deus encamou-se. E foi em seu estado encarnado que ele resolveu o problema do pecado, tendo igualmente aberto o caminho para o homem progredir até Deus. E isso deve incluir uma transformação tão radical da alma humana que, finalmente, através da transformação metafísica, aquilo que antes era apenas humano, tornar-se-á divino, compartilhando da real natureza de Deus. Os filhos realmente participarão da natureza do Pai, embora em sentido infinito. Não obstante, sempre haverá um maior desenvolvimento nessa participação, pois, visto que há uma infinitude com que seremos cheios, também deverá haver um preenchimento infinito (ver Col. 2:10; II Cor. 3:18). A glorificação será um processo eterno, e não um acontecimento dentro do tempo.