Água Purificadora — Estudo Bíblico
A água
purificadora (ver Núm. 19:9,13,20,21 e 31:23) era um agente de purificação,
usado p ara pessoas ou coisas que tivessem sido contaminadas mediante o contato
com corpos mortos, ou por outras razões. As cinzas de um a novilha vermelha
eram adicionadas à “água corrente”, que era então aplicada ao objeto contaminado.
O animal usado para tal cerimônia precisava ser uma novilha de cor
marromavermelhada, sem qualquer defeito físico, que nunca fora atrelada a jugo.
A novilha era queimada “fora do acampamento”, por inteira, incluindo seu
sangue, com a exceção de uma pequena porção do sangue que era usado para
aspersão, diante da tenda, uma vez reduzido a cinzas. Isso distinguia tal
cerimônia dos sacrifícios rituais levíticos. Um pedaço de madeira de cedro e um
molho de hissopo, amarrado com um pano de cor escarlate, eram queimados
juntamente com a novilha. As cinzas eram conservadas “fora do acampamento, em
um lugar limpo”, até serem misturadas com água de fonte, para uso nas
cerimônias específicas de purificação.
Essa “água purificadora” era aplicada à pessoa ou objeto contaminados mediante aspersão, com um ramo de hissopo. A cerimônia era efetuada no terceiro e no sétimo dia depois que a pessoa era considerada limpa, tendo-se banhado e lavado as suas vestes, dando-lhe assim o direito de ser restaurada ao convívio comunitário, que antes a excluíra. O episódio relatado em Números 31:13 diz respeito a objetos contaminados, que haviam sido tomados em batalha.
Essa “água purificadora” era aplicada à pessoa ou objeto contaminados mediante aspersão, com um ramo de hissopo. A cerimônia era efetuada no terceiro e no sétimo dia depois que a pessoa era considerada limpa, tendo-se banhado e lavado as suas vestes, dando-lhe assim o direito de ser restaurada ao convívio comunitário, que antes a excluíra. O episódio relatado em Números 31:13 diz respeito a objetos contaminados, que haviam sido tomados em batalha.
Os judeus, nos dias de Jesus,
haviam legislado extensamente sobre essa questão. Basta dizer que quando
foi preparada a coleção da Mishnah, o livro maior dedicava-se às leis da
purificação, com trinta capítulos do mesmo dedicados somente à descrição da purificação
de vasos. Em João 2:1-11 vemos que os judeus tinham seis grandes jarras de
água, usadas para cerimônias de purificação, quando do casamento em Caná. Em
João 3:25 lemos sobre uma controvérsia entre os discípulos de Jesus e os
judeus. Para todo judeu, a questão revestia-se de imensa importância. Um judeu
sentia que precisava manter-se cerimonialmente puro, se tivesse de ser justo e
quisesse merecer a aprovação de Deus. O Senhor Jesus, porém, desprezou todas
essas leis relativas à purificação, sobretudo no tocante aos preceitos
adicionados ao código levítico, e que formavam a “tradição dos anciãos” (ver
Mat. 15:2 e Mar. 7:3-13). Jesus ensinava que não havia impureza cerimonial, mas
apenas m oral e espiritual. Esse ensino foi absorvido pelos Seus apóstolos.
Paulo não considerava nada impuro por si mesmo (ver Rom. 14:14-20; Tito 1:15).
Apesar disso, é ensino bíblico que ninguém deve violar os escrúpulos de sua
própria consciência, ou a consciência de um seu irmão na fé, pondo uma pedra de
tropeço em seu caminho. A suprema lei cristã é o amor, e não o cerimonialismo. Ao
submeter-se ao voto de purificação, em Jerusalém, Paulo estabeleceu exemplo
sobre esse princípio (ver Atos 21:26).