Jonas 1 — Explicação das Escrituras

Jonas 1 — Explicação de Jonas

Jonas 1 — Explicação de Jonas



1.1 Jonas, filho de Amitai. Este profeta viveu em Samaria durante o reinado de Jeroboão II (782-753 a.C.) quando Israel ainda não percebia que a Assíria estava prestes a destruí-la (cf. Am 7.10, que mostra a tentativa de Amós em dar-lhe o alarme).
1.2 Nínive. Capital do império assírio (Gn 10.12), ao nordeste da Palestina. Jonas tinha que pregar contra os seus pecados, que eram tão grandes, que exigiam a intervenção divina (o modo de dizer isto é “subiram até Deus”, embora seja óbvio que Deus sempre veja tudo).
1.3 Társis. Provavelmente uma cidade que ficava no sul da Espanha, de onde os fenícios traziam o metal que ali se refinava, em troca de outras mercadorias. A fuga de Jonas tinha por finalidade escapar de uma incumbência difícil, e, talvez, evitar a conversão e a preservação daquela nação que seria uma ameaça para Israel. Jope era realmente o porto marítimo mais acessível a Judá e a Israel; de lá, Jonas pretendia ir ao lugar mais afastado de Nínive que ele conhecia.
1.7 Lancemos sortes. Para se lançar sortes, pequenas pedras nas quais se escrevia alguma coisa eram colocadas em um recipiente, sacudidas juntas, para então se tirar uma delas, que seria a resposta certa. Há vários exemplos do lançar sortes na narrativa do Antigo Testamento: Lv 16.8; Js 18.6; 1 Sm 14.42; Nm 10.34. Na Bíblia, este ato foi ligado à oração da fé, como se vê no último relato sobre o assunto, em At 1.23-26. Hoje não há mais necessidade de se lançar sortes, pois os crentes têm a Bíblia e o Espírito do Senhor para guiá-los.
1.9 Temo ao Senhor. A Bíblia fala de dois tipos de temor: 1) Há o medo dos homens e das coisas, demonstrado pelos marinheiros no v. 10; 2) Há o temor do Senhor, que é a piedade, o respeito para com as coisas eternas, que traz consigo o ódio ao mal, Sl 19.9; Pv 1.7; 8.13. Este temor foi demonstrado por Jonas de uma maneira bem imperfeita, por causa da sua desobediência (v. 3) e seu descontentamento (4.10-11).
1.12 Por minha causa. Jonas, a estai altura, já sabia que a sua desobediência era a causa do problema (cf. v. 4 com Hb 12.6, 11).
1.14 E não faças cair sobre nós este sangue. Os homens estavam pedindo a Deus que não os culpasse pela morte de Jonas, ao lançá-lo ao mar. Fizeste como te aprouve. Cf. Sl 115.3; 135.6.
1.17 Deparou... um grande peixe. Deus havia preparado um meio de restaurar Jonas à vida, e levá-lo a cumprir sua missão. Note-se que não era uma baleia (que não é um peixe, mas sim um mamífero, e que aliás não tem garganta de tamanho suficiente para tragar um homem). Este foi um dos muitos milagres que sempre acompanharam a interferência divina na história humana, e das quais a mensagem bíblica está repleta; foi mencionado pelo Senhor Jesus Cristo e por Ele interpretado (Mt 12.39, 40).
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