Isaías 24 — Explicação das Escrituras

Isaías 24

Isaías 24 é um capítulo que apresenta uma perspectiva global sobre julgamento e restauração. Descreve um tempo futuro em que a Terra sofrerá devastação e convulsão generalizadas. O capítulo prevê as consequências da rebelião da humanidade contra Deus, retratando um mundo em caos e turbulência. Apesar disso, há uma mensagem de esperança no capítulo. Fala de um remanescente que glorificará a Deus e sugere uma futura restauração e renovação. O capítulo enfatiza a importância de reconhecer a autoridade de Deus e alinhar-se com Seus propósitos para evitar as consequências da desobediência.

Explicação

24:1–3 Os julgamentos de Deus parecem começar com a terra de Israel, mas se ampliam para incluir toda a terra e até mesmo os seres iníquos nos céus. “A terra” também pode ser traduzida como “a terra”, e a referência ao sacerdote no versículo 2 sugere que a terra de Israel está à vista nos versículos 1–3. Observe como o texto alterna entre a terra e o povo. A destruição é cataclísmica e afeta todas as classes da população.

24:4–13 A menção do “mundo” no versículo 4 sugere que o teatro do julgamento se ampliou. A causa da poluição mundial é que os homens quebraram a aliança eterna. Alguns entendem que isso se refere à aliança com Noé (Gênesis 9:16), mas essa aliança incondicional dependia inteiramente de Deus. Outros pensam que se refere à lei mosaica, mas que foi dada apenas a Israel e não é considerada uma aliança eterna. O Comentário do Conhecimento Bíblico diz que é “o povo da aliança que implicitamente teve com Deus para obedecer à Sua Palavra.” (John A. Martin, “Isaiah,” The Bible Knowledge Commentary, Old Testament, p. 1072.) A cidade da confusão poderia significar Jerusalém, mas num sentido mais amplo poderia incluir toda a civilização urbana.

24:14–20 Um remanescente preservado é ouvido cantando louvores a Jeová por Sua graça salvadora.

Então o profeta lamenta os terríveis horrores da Grande Tribulação. Será um tempo de traição. A fuga será impossível. A terra cambaleará como um bêbado, como se tivesse sido atingida por um terremoto gigantesco. Cai para não subir mais.

24:21–23 As hostes iníquas nos lugares celestiais também serão julgadas. Isto corresponde a Apocalipse 19:19, 20; 20:1–3. Os reis da terra que serviram como seus fantoches participarão deste julgamento no Segundo Advento de Cristo. A glória suprema do Senhor envergonhará o sol e a lua.

Notas Adicionais

24.1 Aqui começa uma seção popularmente chamada “O Apocalipse de Isaías”. Isaías passa além dos julgamentos divinos pronunciados sobre nações específicas, que se cumprirão historicamente nos séculos seguintes. Agora passa para a mensagem apocalíptica, um julgamento completo, universal, espiritual, relacionado com o fim da história humana; um julgamento predito com mais pormenores no livro do Apocalipse. O trecho abraça os capítulos 24, 25, 26 e 27.

24.2 O primeiro fato do julgamento universal é que nenhuma barreira de privilégio protegerá ninguém contra a justiça divina.

24.3 O segundo, é que nenhuma barreira física, ou geográfica impedirá a ira divina.

24.5 O terceiro, é que haverá uma prestação de contas por todos os pecados cometidos.

24.8-10 O quarto, é que cessará a confiança humana e a alegria mundana.

24.10 A cidade caótica. Todas as cidades humanas ficarão naquele estado de caos em que estava a situação da terra, quando “sem forma” (Gn 1.2).

24.13 Varejar. Bater com varas para respigar (cf. 17.6n).

24.14-16 O quinto fato do julgamento universal é que, finalmente, os homens justos louvarão a Deus da mesma maneira que os próprios anjos, cantando “glórias”, assim como os seres celestiais descritos na visão inicial do profeta (6.3), Finalmente, ver-se-á a vontade de Deus feita na terra assim como se faz no céu (cf. Mt 6.10).

24.17 Terror, cova e laço. É um jogo de palavras no heb: pahadh, pahath, pah. A Bíblia inglesa o consegue imitar: “panic, pitfall and plot”.

24.18 Represas do alto. Cf. a descrição do dilúvio em Gn 7.11.

24.19, 20 A falência moral dos povos abalará até o mundo físico. O apóstolo Paulo mostra claramente que o universo inteiro fica na expectativa de ver sua restauração vinculada com a transformação dos filhos de Deus, em consequência da obra de Jesus Cristo (Rm 8.18-25). Haverá um universo novo para ser habitado pelos redimidos por Jesus Cristo (Ap 21.1 -5; 2 Pe 3.13. Cf. também Is 65.17 e 66.22).

24.21-23 O sexto fato do julgamento universal é que nenhuma barreira de poder sobrenatural poderá preservar qualquer ser, no universo inteiro, do pronunciamento da justiça divina. Os poderes diabólicos, os astros, aos quais os pagãos prestam culto, e até os próprios anjos serão julgados por Deus (1 Co 6.3; 2 Pe 2.4).

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