Explicação de Isaías 39

Isaías 39

Isaías 39 relata um incidente envolvendo as interações do rei Ezequias com enviados da Babilônia. Neste capítulo, Ezequias dá as boas-vindas aos enviados babilônicos e mostra-lhes seus tesouros e riquezas. Isaías questiona Ezequias sobre suas ações, e Ezequias explica que ele exibiu sua riqueza sem considerar as consequências potenciais. Isaías então profetiza que os babilônios acabarão por conquistar Judá e levar embora seus tesouros. Este capítulo destaca o lapso de sabedoria e previsão de Ezequias, bem como o papel de Isaías como profeta alertando sobre o futuro. Serve como um lembrete da importância de buscar a orientação de Deus e de ser cauteloso em relação a alianças e ações.

Explicação

39:1-7 O capítulo 39 registra o erro colossal de Ezequias em mostrar todos os seus recursos a uma delegação que veio do rei da Babilônia, ostensivamente para parabenizá-lo por sua recuperação. Ezequias provavelmente esperava que os babilônios ajudassem Judá contra a ameaça da Assíria. Quando Isaías ouviu o que havia acontecido, ele pronunciou o julgamento de Deus. Judá será levado cativo pelos babilônios. Os filhos do rei serão eunucos no palácio da Babilônia. Essa previsão foi feita setenta anos antes dos eventos, quando a Assíria, não a Babilônia, era a maior ameaça a Judá.

39:8 A resposta de Ezequias: “A palavra do Senhor... é boa!” reflete sua submissão e também seu próprio alívio por ele pessoalmente não viver para ver o desastre.

Notas Adicionais:

39.1 Merodaque-Baladã: Este príncipe da Babilônia estava procurando a independência para sua cidade, e quis já ir formando alianças para uma revolta contra a Assíria. O plano falhou, e só em 623 a.C., oitenta anos mais tarde, é que Babilônia conseguiria a independência, passando depois a ser uma ameaça tão grande como foi a Assíria. Isaías influenciou o rei a abandonar a ideia de tais alianças políticas internacionais (3-8).

39.1-8 Depois deste relatório histórico sobre Isaías, começa a segunda coleção das suas profecias, caps. 40 até 66. Estes capítulos profetizam a restauração após o cativeiro prenunciado em, 39.6, que começou no ano 597 a.C., depois da Babilônia vir a ser um império poderoso e herdeiro do poderio dos assírios. Por descrever uma situação em um futuro distante, já que a volta do cativeiro só começou em 538 a.C., tais caps. são considerados, por alguns eruditos, como adições de algum outro profeta, contemporâneo à situação descrita. Se, porém; negarmos a Isaías esta capacidade de ver o futuro à luz da revelação divina, que faremos dos trechos que profetizam uma restauração espiritual no futuro ainda mais distante? Veja, por exemplo; a reconciliação com Deus mediante a obra expiatória de Cristo, descrita no cap. 53. Historicamente, a mais radiante esperança dos israelitas era a vinda do Messias, esperança tirada das profecias que conservara as forças espirituais dos israelitas até à época da vinda de Jesus Cristo. Os teólogos que negam este aspecto das profecias, estão rejeitando o próprio Jesus Cristo, excomungando-o das páginas do Antigo Testamento, e reduzindo-o a um mero ensinados humano, vindo à terra por acaso, sem trazer consigo uma obra já predestinada por Deus. As notas de 36.1; 37.16; 3.20 e a n. hom. do cap. 35 lançam luz sobre este debate. De qualquer forma, é claro que os rolos do Mar Morto, ao começar um rolo com o último versículo do cap. 39, seguido pelo primeiro de cap. 40, pressupõe a unidade do livro.

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