Isaías 60 — Explicação das Escrituras
Isaías 60
Isaías 60 pinta um quadro de um futuro glorioso para Jerusalém. O capítulo descreve um tempo em que a luz de Deus brilhará sobre a cidade, atraindo nações e reis ao seu esplendor. Fala da restauração da beleza e do esplendor de Jerusalém. O capítulo enfatiza a reversão da sorte, com a cidade recebendo homenagens e sendo um centro de prosperidade. Prevê um tempo em que o povo de Deus retornará e viverá em paz. Isaías 60 transmite uma mensagem de esperança, restauração e do plano final de Deus para Jerusalém. Fala do poder transformacional da presença de Deus e da realização de Suas promessas.Explicação
60:1–3 Chegou a hora de Sião se levantar e brilhar, pois a glória do Senhor, isto é, o próprio Messias, apareceu. É o tempo do Seu Segundo Advento. O mundo ainda está nas trevas espirituais e nas trevas da Tribulação, mas o Senhor brilha sobre Israel e através de Israel para o resto do mundo. Representantes dos gentios – incluindo reis – migram para Jerusalém para prestar o seu respeito à nação renascida.60:4–7 Quando Jerusalém levanta os olhos, ela vê seus filhos e filhas retornando para a terra. A alegria superabundante enche seu coração enquanto ela observa os gentios trazendo seus presentes e tributos. Caravanas de camelos de longe e de perto chegam com ouro e incenso, louvando o nome de Jeová. Grandes rebanhos chegam a Jerusalém para serem usados nos sacrifícios no templo, comemorando a obra consumada do Messias no Calvário. Observe que falta mirra no versículo 6. Mirra fala de sofrimento. Os sofrimentos expiatórios de Cristo terminaram para sempre! No Seu Segundo Advento haverá apenas ouro (glória) e incenso (fragrância).
60:8, 9 Cargas de aviões com filhos e exilados de Israel retornam a Israel como bandos de pássaros, junto com grandes navios trazendo consigo a riqueza acumulada.
60:10 Os estrangeiros servem como equipes de construção e os reis como servos do povo de Deus. A situação está invertida. Deus agora está mostrando misericórdia para com a nação que Ele puniu.
60:11–14 Não há necessidade de trancar os portões da cidade porque não há perigo. Pelo contrário, é importante mantê-los abertos porque reis e caravanas de riqueza chegam dia e noite! A destruição aguarda qualquer nação que não sirva a Israel naqueles dias. O Líbano envia suas melhores árvores para embelezar a área do templo. Os descendentes daqueles gentios que anteriormente perseguiram Israel agora reconhecem Jerusalém como a Cidade do Senhor, Sião do Santo de Israel.
60:15, 16 Anteriormente odiada e abandonada, Sião torna-se uma cidade de excelência, nutrida e apoiada pelo resto do mundo. O antigo povo de Jeová saberá então que Ele é o seu Salvador e o seu Redentor, o Poderoso de Jacó.
60:17–22 Os materiais mais caros – ouro, prata, bronze e ferro – serão usados na construção da cidade, com a paz servindo como superintendentes e a justiça como força policial. No lugar da violência e da destruição estarão a Salvação e o Louvor. A luz do sol e da lua não será mais necessária em Jerusalém, pois a glória do Senhor fornecerá toda a luz necessária. As trevas desaparecerão e o luto de Israel terminará. Um povo justo herda a terra plantada por Deus para Sua glória. Os mais humildes do povo serão abençoados com uma posteridade numerosa, porque o Senhor o decretou e se apressará em fazê-lo.
Notas Adicionais
60.1 Resplandece. É nossa incumbência brilhar nas trevas, desde que Jesus nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz (1 Pe 2.9). Aqui se fala especialmente da luz do evangelho, dada para iluminar os povos da terra, ainda em trevas.
60.5 Abundância do mar... riquezas das nações. É a grande multidão dos povos ao redor do Mediterrâneo, os quais seriam trazidos ao Senhor pela luz do evangelho.
60.6-7 Estas nações e tribos eram descendentes de Abraão, segundo a carne, não pertencendo, porém, à descendência de Isaque; Quedar e Nabaiote são descendentes de Ismael, Gn 25.13; Midiã, Efá, Sabá são descendentes de Quetura (Gn 25.1-4). Estas nações habitavam o deserto, além do Jordão, estendendo-se até ao sul da Arábia; eram nômades que sempre ameaçavam às civilizações, e que invadiam na época da ceifa para levar os despojos e atacar os rebanhos. Estes antigos inimigos serão restaurados à comunhão com o povo de Deus trazendo seus presentes em caravanas de camelos, conforme seu costume de mercadores viajantes, (que é o significado do nome “árabe”). Ouro e incenso. Representam riqueza e religião; eram os presentes dos Magos do Oriente, oferecidos a Jesus (Mt 2.12).
60.13 Lugar dos meus pés. Está sendo usado aqui como sinônimo de santuário, significando em primeiro lugar o templo de Jerusalém e, depois, a Igreja do Novo Testamento que Deus, na sua segunda vinda, irá transladar para a Jerusalém Celestial, na qual o único santuário será a presença d Deus e de Jesus Cristo (Ap 21.22).
60.16 As riquezas do mundo e do universo, juntamente com as riquezas espirituais dos céu, pertencem aos fiéis através da obra de Jesus, (Rm 8.32; Ef 1.3).
60.17 Paz... justiça. A ordem do reino de Deus está em pleno contraste com a desordem do império dos homens, cujas violência e injustiça impostas sobre as nações conquistadas e até sobre seus próprios súditos; têm sido uma constante. Exatores. Cobradores de impostos, como os impopulares publicamos da época de Jesus.
60.19 Luz perpétua. A mais sublime descrição da presença graciosa de Deus na Jerusalém celeste (cf. 4.5; 24.23; 30.26; Ap 21.23; 22.5).
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