Gênesis 18 — Explicação das Escrituras

Gênesis 18

18:1–15 Pouco depois dos acontecimentos do capítulo 17, três homens apareceram a Abraão. Na verdade, dois deles eram anjos e o outro era o próprio SENHOR. Com a típica hospitalidade do Oriente Médio, Abraão e Sara receberam os anjos desprevenidos (Hb 13:2) e Aquele que era maior do que os anjos. Quando Sarah ouviu o Senhor dizer que ela teria um filho dentro de um ano, sua risada traiu sua incredulidade. Ela foi repreendida com a pergunta penetrante: “Existe alguma coisa difícil demais para o Senhor?” Mas a promessa foi repetida apesar de sua dúvida (vv. 9–15). Hebreus 11:11 indica que Sara era basicamente uma mulher de fé, apesar desse lapso momentâneo.

18:16–33 Depois que o SENHOR revelou a Abraão que destruiria Sodoma, e enquanto os dois anjos caminhavam em direção àquela cidade, a grande contagem regressiva de Abraão começou — cinquenta quarenta e cinco quarenta trinta vinte dez. Mesmo por dez pessoas justas, o Senhor não destruiria Sodoma! A oração de Abraão é um exemplo maravilhoso de intercessão eficaz. Foi baseado no caráter justo do Juiz de toda a terra (v. 25) e evidenciou aquela ousadia, mas profunda humildade que somente um conhecimento íntimo de Deus pode dar. Somente quando Abraão parou de implorar, o Senhor encerrou o assunto e partiu (v. 33). Existem muitos mistérios na vida para os quais a verdade do versículo 25 é a única resposta satisfatória.

Não perca o tributo que Deus prestou a Abraão como um excelente pai de família (v. 19). Algo que vale a pena cobiçar!

Notas Adicionais:

18.1 Não acalentamos dúvidas quanto ao fato de que o SENHOR (Jeová) tenha aparecido a Abraão nos carvalhais de Manre, revestindo forma humana, isto é, como uma teofania.

18.3 A hospitalidade praticada por Abraão tornou-se básica para a injunção que encontramos no NT “pois alguns, praticando-a, sem o saber, hospedaram anjos” (Hb 13.2); Jz 13.15-20.

18.4 Uma vez que as sandálias de couro eram os únicos calçados usados, então, tornara-se uma exigência de boas maneiras, que algum servo da casa corresse a lavar os pés ao hóspede ou oferecesse água para que este o fizesse. Era ainda esta a maneira de proceder nos dias de Cristo (cf. Lc 7.36-48 e Jo 13.2-10). • N. Hom. Encontramos neste capítulo algumas das razões por que Abraão veio a ser chamado amigo de Deus (cf. 2 Cr 20.7; Is 41.8; Tg 2.23). É como um retrato das maravilhosas relações que o filho de Deus mantém com o Pai Celestial. 1) Intimidade sagrada. Como a de Abrão, que teve a Deus como hóspede, também nós o podemos ter (Jo 14.23 e Ap 3.20); 2) Humildade genuína. Aquele privilégio sublime de Abraão foi um poderoso estimulo dado a sua humildade e não, acarretou nenhum ensejo ao orgulho (cf. Hb 14.10); 3) Revelação especial. Como amigos de Deus podemos conhecer seus planos e sua vontade (Jo 15.15).

18.13 O riso de Sara traduzia sua reação emocional, descrente como se encontrava, em face da reiteração da velha promessa. Uma vez que ela tinha alcançado idade demais para a concepção (isto é, a menopausa), parecia-lhe humanamente impossível obter um filho. Entretanto, a resposta divina: “acaso, para Deus, há coisa demasiadamente difícil?”, transpunha o problema para a esfera do poder miraculoso de Deus. Maria admitiu a realização de uma profecia semelhantemente revestida de todas ás aparências de impossibilidade, quando da anunciação do nascimento de Jesus, ao ouvir aquela afirmação angelical: “Porque, para Deus não haverá impossíveis” (Lc 1.37).

18.17 Os amigos de Deus têm permissão de conhecer-lhe os segredos (cf. Sl 25.4 e Am 3.7). Visto que Abraão tinha de tornar-se pai de muitas nações, convir-lhe-ia saber que Deus havia de destruir Sodoma e Gomorra, capacitando-se, assim, para transmitir a advertência à posteridade, como se percebe no v. 19 (cf. Sl 78.1-8). • N. Hom. 18.22 A intercessão diante de Deus supõe certa condição que se observa ,claramente no caso de Abraão: 1) Ele estava na presença de Deus, “permaneceu ainda na presença do Senhor” (v. 22); 2) Ele se aproximou de Deus (v. 23); 3) Ele reconhecia. o quanto a vontade de Deus estava associada à justiça e à retidão (vv. 23-25).

18.26 Esta passagem não apenas revela que Deus ouve e responde as orações dos retos, mas também preserva os iníquos por causa dos retos (cf. Mt 5.13). Mesmo o pequeno número de dez justos seria suficiente para evitar o julgamento divino (v. 32).

18.32 Ou por indevido otimismo ou por ignorância, Abraão não chegou a pedir a preservação das cidades por causa de menor número do que os dez justos. Contraste-se com este fato, a intercessão de nosso Senhor Jesus Cristo que não conhece limites, visto que é capaz de salvar completamente... “uma vez que ele vive para interceder” (Hb 7.25). Esta é já a segunda intervenção, por parte de Abraão, em favor de Sodoma (cf. 14.14), assinalando como o mundo: inteiro seria abençoado através dele (12.3).

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