Gênesis 29 — Explicação das Escrituras

Gênesis 29

29:1–14 Jacó tinha setenta e sete anos quando deixou Berseba e foi para Harã. Ele passaria vinte anos servindo a seu tio Labão, trinta e três anos em Canaã e os últimos dezessete anos de sua vida no Egito. Chegando a Paddan Aram, ele foi conduzido ao próprio campo onde alguns pastores de Harã cuidavam de seus rebanhos. O tempo de Deus foi tão perfeito que Raquel estava chegando com seu rebanho quando Jacó estava conversando com os pastores. Sendo um bom pastor, Jacó se perguntou por que todos estavam esperando no poço quando ainda havia luz do dia para alimentar as ovelhas. Eles explicaram que não retiraram a tampa do poço até que todos os rebanhos tivessem chegado. Foi um momento cheio de emoção para Jacó quando conheceu sua prima Raquel, e para Labão pouco tempo depois quando conheceu seu sobrinho Jacó.

29:15–35 Labão concordou em dar Raquel a Jacó em troca de sete anos de serviço. Os anos pareceram a Jacob apenas alguns dias por causa do amor que ele tinha por ela. Assim deve ser em nosso serviço ao Senhor.

Leah tinha olhos fracos e não era atraente. Raquel era linda.

De acordo com o costume, foi combinado que a noiva deveria entrar na casa do noivo na noite de núpcias, com véu e talvez quando o quarto estivesse às escuras. Você pode imaginar como Jacó ficou irado pela manhã quando descobriu que sua noiva era Lia! Labão o enganou, mas desculpou o truque alegando que a filha mais velha deveria se casar primeiro de acordo com o costume local. Então Labão disse: “Cumpra a semana dela (isto é, realize o casamento com Lia) e daremos a você também esta (Raquel) pelo serviço que você servirá comigo por mais sete anos”. No final da festa de casamento de uma semana, Jacó também se casou com Raquel, e serviu mais sete anos por ela. Jacó havia semeado engano e agora estava colhendo! Quando o Senhor viu que Lia era odiada (isto é, menos amada que Raquel), compensou dando-lhe filhos. Essa lei da compensação divina ainda opera: as pessoas que têm deficiência em uma área recebem mais em outra. Leah reconheceu o Senhor quando ela nomeou seus filhos (vv. 32, 33, 35). Dela vem o sacerdócio (Levi), a linhagem real (Judá) e, finalmente, o Cristo. Neste capítulo, temos os quatro primeiros filhos de Jacó. A lista completa dos filhos de Jacó é a seguinte:

Os filhos nascidos de Lia:

Rúben — (veja, um filho) (29:32)
Simeão — (audição) (29:33)
Levi — (uniu-se) (29:34)
Judá — (louvor) (29:35)
Issacar — (aluguer) (30:18)
Zebulom — (habitação) (30:20)
Os filhos nascidos de Bilhah, a serva de Raquel:

Dã — (juiz) (30:6)
Naftali — (luta) (30:8)
Os filhos nascidos de Zilpah, serva de Lia:

Gade — (uma tropa ou boa sorte) (30:11)
Asher — (feliz) (30:13)

Os filhos nascidos de Raquel:

José — (acrescentando) (30:24)
Benjamim — (filho da mão direita) (35:18)

Notas Adicionais:

29.14 Osso e... carne. Isto é, parente consanguíneo (cf. Ef 5.30 onde manuscritos menos antigos adicionam a expressão para denotar nossa relação com Cristo, dentro do seu corpo que é a Igreja).

29.17 Lia tinha olhos fracos ou doentios que, provavelmente, lhe prejudicavam a aparência.

29.18 O oferecimento para trabalhar sete anos, em lugar do dote exigido pelos costumes da época, demonstra o tipo de disciplina a que Jacó estava sendo submetido. Ele não só se encontrava desolado, mas também pobre e destituído de privilégios, não obstante estar constituído herdeiro das riquezas acumuladas por Abraão e por Isaque.

29.23 Esta era uma perfeita retribuição a serviço da providência e da disciplina que Deus estava exercendo. Do mesmo modo como Jacó tinha passado por Esaú num momento sério, também Labão persuadiu a Lia no sentido de passar por Raquel, num instante não menos significativo (cf. Lc 6.38).

29.27 Decorrida a semana, refere-se ao período da festa do casamento que, usualmente, durava por sete dias (cf. Jz 14,12). Finda a semana do casamento com Lia, Jacó se casou, também, com Raquel, ficando, porém, obrigado a trabalhar mais sete anos como pagamento pela respectiva dotação. A poligamia aqui não deve ser julgada pela lei mosaica, que proíbe o casamento, ao mesmo tempo, com duas irmãs (Lv 18.18).

29.31 Desprezada (lit. “odiada”) deve ser compreendido em sentido relativo, isto é, comparando-se com a intensidade do amor que dotava a Raquel (cf. Ml 1.3 e Lc 14.26). Frequentemente se verifica o fato que, mediante a providência divina, àqueles que têm falta de certos predicados sobejam, relativamente, outros que, não raro, lhes compensam aquela falta.

29.32 Os nomes dos filhos de Jacó provém de sentimentos e esperanças que lhes ficavam associados por ocasião do nascimento. De Lia, Rúben - Eis um filho! “O Senhor atentou para minha aflição”.

29.33 Simeão - Ouvindo. “Soube o Senhor que eu era preterida” (heb. shamai - que eu sou odiada).

29.34 Levi - Unido. “Desta vez se unira mais a mim meu marido” (hillaweh). 29.35 Judá - Possa Deus ser louvado. “Esta vez louvarei ao Senhor” (heb. 'odeh).

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