Gênesis 34 — Explicação das Escrituras

Gênesis 34

34:1–12 O nome de Deus não é mencionado neste capítulo. Enquanto Jacó e sua família viviam em Siquém, Diná, sua filha, misturou-se socialmente com as mulheres pagãs, uma violação da devida separação dos ímpios. Em uma dessas ocasiões, Siquém, filho de Hamor, a agrediu sexualmente e desejou muito se casar com ela. Percebendo que Jacó e seus filhos estavam enfurecidos, Hamor propôs uma solução pacífica: casamento entre os israelitas e cananeus e plenos direitos para os israelitas como cidadãos da terra. (O versículo 9 pode ser visto como uma das muitas tentativas satânicas de poluir a linhagem piedosa.) Siquém também se ofereceu para pagar qualquer dote e presente que fosse solicitado.

34:13–24 Os filhos de Jacó não tinham intenção de dar Diná a Siquém, mas mentiram que o fariam se os homens da cidade fossem circuncidados. O sinal sagrado da aliança de Deus deveria ser usado perversamente. De boa fé, Hamor, Siquém e todos os homens de sua cidade cumpriram a condição.

34:25–31 Mas enquanto os siquemitas se recuperavam da cirurgia, Simeão e Levi traiçoeiramente os assassinaram e saquearam suas riquezas. Quando Jacó administrou uma repreensão branda, Simeão e Levi responderam que sua irmã não deveria ter sido tratada como uma prostituta. Na verdade, Jacó parecia estar mais preocupado com seu próprio bem-estar do que com a terrível injustiça que havia sido cometida contra os homens de Siquém. Observe seus oito usos do pronome da primeira pessoa no versículo 30.

Notas Adicionais:

34.1 Ver, isto é, fazer amizades. Diná poderia contar, então, com quinze anos de idade.

34.2 Heveu, havia então colônias hivitas espalhadas pelo território de Canaã. Os gibeonitas que ardilosamente conseguiram estabelecer um tratado com Josué (Js 9.7) eram hivitas.

34.13 Surpreende-nos verificar que a palavra traduzia por “violado” (cf. v. 13 e 27) significa profanar e encontra-se, posteriormente, usada para descrever a corrupção e a profanação do Templo (Sl 79.1). Os hebreus demonstravam o mesmo sentimento e designavam a mesma palavra, querendo expressar violação, quer da honra feminina, quer da deturpação do Santo dos Santos.

34.14 A diferença básica existente entre a família de Jacó e os hivitas consistia nas relações com Deus advindas da aliança. O sinal exterior dessa relação era a circuncisão; entretanto, a adoção do sinal desacompanhado da fé implícita na referida aliança não passaria de ato puramente carnal e mundano. A sugestão se revelava ainda pior, pelo fato de ter sido dada como pretexto para acobertar sentimentos de traição.

34.25 Provavelmente não estivessem sozinhos, mas tivessem arregimentado, também, os pastores e vaqueiros (cf. Gn 14.14).

34.31 Este capitulo presta-se para admoestar- nos a propósito dos perigos do mundanismo nas vidas cristãs (Jo 17.16), principalmente depois de serem proferidos votos de consagração, como os assumi os por Jacó em Peniel. 1) O perigo do mundanismo, que se nota: no caso de Diná, tanto o ter-se revelado interessada em fazer relações de amizade entre os pagãos, bem como a proposta de intercasamento, feita por Hamor, com o consequente estabelecimento da família de Jacó, permanentemente, naquele meio (cf. 9-10); 2) O mundanismo não só é empecilho à bênção espiritual, mas também acarreta perigo real (cf. v. 30 e as duras experiências de Ló em Sodoma); 3), O mundanismo é algo que só poderá ser evitado eficazmente, mediante a preservação espiritual (cf. Jo 1 7.6, 11, 14, 15, 18, 23).

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