Gênesis 35 — Explicação das Escrituras

Gênesis 35

35:1–8 O capítulo 35 começa com a ordem de Deus a Jacó para cumprir o voto feito cerca de trinta anos antes (28:20–22). O Senhor usou os trágicos acontecimentos do capítulo anterior para preparar o patriarca para isso. Observe que Deus é mencionado cerca de vinte vezes neste capítulo, em contraste com nenhuma referência no capítulo 34. Antes de obedecer à ordem de Deus de retornar a Betel, Jacó primeiro ordenou que sua família deixasse de lado os deuses domésticos estrangeiros e vestisse roupas limpas. Assim que eles fizeram isso, eles se tornaram um terror para seus vizinhos pagãos. Era apropriado que Jacó construísse um altar em “El Betel” e adorasse o Deus que o havia protegido de seu irmão, Esaú.

35:9–15 Mais uma vez Deus declarou que o nome de Jacó agora era Israel e renovou a aliança que havia feito com Abraão e Isaque. O patriarca marcou o local sagrado com uma coluna e mais uma vez chamou o lugar de Betel.

35:16–20 Enquanto a família de Jacó viajava de Betel para o sul, Raquel morreu no parto. Ela deu ao filho o nome de Ben-Oni (filho da minha tristeza), mas Jacó chamou este décimo segundo filho de Benjamim (filho da minha mão direita). Esses dois nomes prefiguram os sofrimentos de Cristo e as glórias que se seguiriam. O local tradicional (mas provavelmente não autêntico) do túmulo de Rachel ainda pode ser visto na estrada de Jerusalém para Belém. Por que ela não foi enterrada com Abraão, Sara e Rebeca na caverna de Hebron? Talvez fosse porque ela havia trazido ídolos para a família.

35:21–29 Uma breve menção é feita do pecado de Rúben com Bilhah, a concubina de seu pai, um pecado pelo qual ele perdeu o direito de primogenitura (49:3, 4). A última frase do versículo 22 inicia um novo parágrafo: Ora, os filhos de Jacó eram doze. Os próximos dois versículos listam os doze filhos. Embora diga no versículo 26 que esses filhos nasceram de Jacó em Paddan Aram, Benjamim (v. 24) é excluído. Ele nasceu em Canaã (vv. 16–19). Jacob voltou para Hebron a tempo de ver seu pai Isaac antes de morrer. Sua mãe, Rebekah, havia morrido alguns anos antes. Três funerais são registrados neste capítulo: o de Débora, ama de Rebeca (v. 8); de Raquel (v. 19); e de Isaque (v. 29).

Notas Adicionais:

35.1 A palavra fugias é significativa porque Jacó estava outra vez fugindo para salvar sua vida (cf. 34.30). Três razões para que ele se resolvesse a sair de Siquém: a chamada divina, as circunstâncias físicas e suas necessidades espirituais.

35.2 Jacó reconhece, na chamada divina para que retomasse a Betel, a necessidade de renovar, as relações estabelecidas com Deus, mediante a abolição da idolatria, que lhe transtornara o ambiente doméstico.

35.4 Os pendentes eram usados por ambos os sexos e pelas crianças (Êx 32.2). Alguns pendentes eram usados por motivos de idolatria, como amuletos (cf. Is 3.20) e, portanto, impunha-se que fossem removidos nessa ocasião.

35.7 Jacó erigiu, então, um altar, ali, em Betel, de acordo com o mandamento do Senhor (1) e chamou-o El-Betel, isto é, “Deus de Betel”, atribuindo maior importância ao Deus a quem prestava culto e não ao lugar.

35.8 “Alom-Bacute” significa “Carvalho de choro”.

35.9 “Outra vez” traz a sugestão da renovação e da reconciliação ali efetuadas. Nenhuma barreira mais existiria entre Jacó e o seu criador. A ocasião foi propicia para trazer à lembrança o novo nome, Israel, com as, implicações respectivas.

35.13 O aparecimento de Deus era tanto visível como audível. Trata-se de outro exemplo de teofania.

35.14 A Coluna (Massebah) era um memorial do aparecimento de Deus. A ereção de colunas memoriais perdurou até muito mais tarde, no tempo de Absalão (2 Sm 18.18). Visto como as colunas faziam parte integrante dos degradantes ritos religiosos cananitas, houve proibição no sentido de que se erigissem colunas ao lado do altar do Senhor, nós termos de Israel (cf. Dt 16.22 e Os 10.2). A libação oferecida era geralmente derramada ao Senhor. Jamais deveria ser bebida (cf. Nm 15.5-7 a respeito da referida libação como parte do culto em Israel). Sugere-nos a pessoa de Senhor Jesus que “derramou sua alma na morte” como sacrifício pelos homens (cf. Sl 22.14 e Is 53.12).

35.15 O viver em comunhão com Deus (isto é, em :Betel) implica no seguinte: 1) Abolição de todos os ídolos (4); 2) Mudança do nome (10), que corresponde ao novo nome em Cristo (At 11.26); 3) Confiar em suas promessas (11-12); 4) Ver e ouvir a Deus(9, 13, 14).

35.34 Benoni, “filho de minha dor”; “Benjamim”, “filho de minha mão direita”. Ambos estes nomes se aplicam de modo maravilhoso, à pessoa do Senhor Jesus Cristo como Filho de Deus. O nascimento de Benjamim é uma resposta à oração de 30.24, “Dê-me ó Senhor ainda outro filho”. 

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