Josué 5 — Explicação das Escrituras
Josué 5 retrata uma transição significativa para os israelitas ao entrarem na Terra Prometida. A circuncisão é praticada como símbolo da renovação da aliança, reafirmando seu compromisso com Deus. A cessação do maná marca uma mudança da provisão do deserto para a dependência dos recursos da terra. O encontro de Josué com uma figura divina ressalta a santidade do ambiente. Este capítulo captura a transformação dos israelitas de vagar no deserto para reivindicar sua herança.
O capítulo destaca os ajustes espirituais e práticos necessários para a nova fase de sua jornada. Significa o cumprimento das promessas de Deus e o início de uma vida centrada no cultivo da terra que lhes foi dada. Os eventos em Josué 5 servem como um momento crucial, representando uma partida do passado e o início de sua existência estabelecida na terra há muito esperada.
5:1 Os pagãos habitantes de Canaã foram tomados de pânico quando ouviram falar da milagrosa travessia do Jordão pelo exército hebreu.
Cerimônias em Gilgal (5:2–12)
5:2–9 Este capítulo fala sobre os eventos que ocorreram em Gilgal, o primeiro acampamento que Israel fez em Canaã. Lá os homens foram circuncidados (vv. 2–9). Ali celebraram a Páscoa, a primeira em Canaã (v. 10). Ali cessou o maná (vv. 11, 12), e ali Josué encontrou o comandante supremo do exército do Senhor, Jesus Cristo (vv. 13–15).
O SENHOR instruiu Josué a renovar o rito da circuncisão neste momento. Todos os homens que saíram do Egito foram circuncidados, mas todos os homens de guerra morreram nesse meio tempo (Deuteronômio 2:16). Por quarenta anos não houve circuncisão. Uma nova geração havia surgido durante os quarenta anos de peregrinação e agora eles tinham que passar por essa cerimônia como sinal de sua restauração para o pleno gozo das bênçãos da aliança. Enquanto vagaram pelo deserto, foram ridicularizados pelos egípcios por não terem conquistado a Terra Prometida. Mas agora que eles estavam na terra, o opróbrio foi removido (v. 9). A “segunda vez” (v. 2) significa a segunda vez que a circuncisão foi praticada pela nação.
5:10 A Páscoa era celebrada quatro dias após a travessia do Jordão (no décimo quarto dia do mês). Observe a fé de Josué: embora estivesse em território inimigo, ele obedeceu a Deus circuncidando seus soldados e celebrando a Páscoa. Estes foram chamados de “atos mais não militares”.
Por meio da circuncisão e da Páscoa, o Senhor estava chamando Seu povo de volta aos fundamentos de seu relacionamento com Ele. Ambos os ritos foram negligenciados no deserto.
A circuncisão era um sinal da aliança entre Deus e Abraão, e Deus, em Sua fidelidade, estava cumprindo Sua promessa incondicional ao dar-lhes a terra (Gn 15:18-21). Era também uma imagem do autojulgamento e da eliminação da imundície da carne, vitalmente necessária para a vitória. A Páscoa era um lembrete de sua redenção. Jeová os havia comprado e libertado da escravidão no Egito. Ao observar a Páscoa, os judeus estavam obedecendo à palavra do Senhor dada por meio de Moisés na época da primeira Páscoa, quarenta anos antes (Êxodo 13:5). A graça foi Seu motivo ao chamar Seu povo e trazê-lo para fora. Fidelidade era Sua garantia de que Ele os traria.
5:11, 12 O maná fala de Cristo em Sua encarnação, o pão que desceu do céu como uma provisão para nossas necessidades no deserto. A produção da terra ilustra Cristo na Ressurreição, depois de entrar nas bênçãos de Canaã. Alimentamo-nos de ambos. O maná cessou na manhã seguinte à primeira vez que comeram o grão tostado. “Que maravilhoso cronometrista e fornecedor Deus é!”
A Conquista de Jericó (5:13—6:27)
5:13, 14a O “Homem” no versículo 13 era o Anjo de Jeová—o Senhor Jesus em uma de Suas aparições pré-encarnadas. Ele se apresentou como Comandante do exército do Senhor. Cristo não vem apenas para nos ajudar e certamente não para nos prejudicar; Ele vem para assumir o controle total.
5:14b, 15 Aqui está uma prova conclusiva de que Josué estava na presença de Deus e sabia disso. Meros anjos nunca aceitaram adoração, mas aqui o Anjo do Senhor comanda a adoração, provando assim Sua natureza divina. Josué deve aprender em primeira mão o que Moisés teve que aprender no início de seu ministério (Êxodo 3) - a santidade e a supremacia do Senhor.
Notas Adicionais
5.2 De novo, a circuncidar os filhos. Essa era outra maneira de relembrarem, por toda a vida, que os israelitas pertenciam exclusivamente a Deus. A circuncisão era um rito necessário para o povo poder participar dos privilégios e promessas da Aliança feita com Abraão e seus descendentes (cf. Gn 17.14; Êx 4.24). Parece que os israelitas deixaram de praticar a circuncisão durante a peregrinação no deserto, mas era necessária, antes de entrarem em luta contra as nações pagãs.
5.3 Gibeate-Aralote, ou “Outeiro dos Prepúcios”, foi a nome dado ao morro onde a circuncisão foi realizada.
5.6 Terra que mana leite e mel. É uma expressão muita usada no Pentateuco e denota a fertilidade da terra da Palestina, onde abunda capim e flores, para a subsistência de vacas e abelhas.
5.9 O opróbrio do Egito, i.e., a miséria e humilhação dos israelitas na escravidão, no Egito. Agora que estão entrando na terra, receberão a honra de serem uma nação com terra própria entre as outras nações importantes do mundo de então. Gilgal. A palavra significa “círculo de pedras”. Este acampamento foi situado a meio caminho entre o Jordão e Jericó. A palavra heb “galal” é a raiz de Gilgal e significa “revolver”.
5.10 Páscoa. No quarto dia após a passagem do Jordão, cabia, como primeiro ato do povo, celebrar a Páscoa (cf. 4.19).
5.12 Cessou o Maná que Deus mandara durante 40 anos, desde que os israelitas entraram no deserto de Sim, perto do Sinal (cf. Êx 16.1-15). Cristo é o nosso maná espiritual durante nossa jornada no mundo desde o dia de nossa salvação até que o vejamos “face a face” (cf. Jo 6.31-34; 1 Jo 3.2).
5.14 Príncipe do Exército do Senhor. O Homem que Josué viu e que se identificou como ”Príncipe do Exército do Senhor” era Deus mesmo (cf. 6.2), provavelmente na pessoa do Senhor Jesus Cristo. Seria então uma teofania (cf. Êx 14.19; Gn 12.7; 18.22-33; 35.9). • N. Hom. “A guerra santa”. Longe de sermos abandonados na batalha deste mundo, Deus em pessoa dirige e controla a luta que Ele nos manda travar (cf. Ef 6.10-18 e notas). 1) Mais importante ainda, que a luta visível, terrestre, se trava a verdadeira guerra santa contra as forças da maldade do Diabo (Lc 10.17-20); 2) O próprio Senhor está à testa, nesta luta, até o fim, tendo dado sua vida para vencer junto conosco (Hb 2.9,10); 3) Nosso alistamento na batalha vem através da verdadeira adoração (Rm 10.9; 2 Co 12.9, 10) e santidade que Ele nos fornece (Hb 2.11) e a nossa entrega completa a Ele (cf. Rm 12-1, 2). Tudo isto Josué reconhecia por meio deste encontro com o Senhor, ainda que, no seu caso, se tratava de luta física (cf. Nm 22.22; 2 Rs 6.17).
Índice: Josué 1 Josué 2 Josué 3 Josué 4 Josué 5 Josué 6 Josué 7 Josué 8 Josué 9 Josué 10 Josué 11 Josué 12 Josué 13 Josué 14 Josué 15 Josué 16 Josué 17 Josué 18 Josué 19 Josué 20 Josué 21 Josué 22 Josué 23 Josué 24
5:1 Os pagãos habitantes de Canaã foram tomados de pânico quando ouviram falar da milagrosa travessia do Jordão pelo exército hebreu.
Cerimônias em Gilgal (5:2–12)
5:2–9 Este capítulo fala sobre os eventos que ocorreram em Gilgal, o primeiro acampamento que Israel fez em Canaã. Lá os homens foram circuncidados (vv. 2–9). Ali celebraram a Páscoa, a primeira em Canaã (v. 10). Ali cessou o maná (vv. 11, 12), e ali Josué encontrou o comandante supremo do exército do Senhor, Jesus Cristo (vv. 13–15).
O SENHOR instruiu Josué a renovar o rito da circuncisão neste momento. Todos os homens que saíram do Egito foram circuncidados, mas todos os homens de guerra morreram nesse meio tempo (Deuteronômio 2:16). Por quarenta anos não houve circuncisão. Uma nova geração havia surgido durante os quarenta anos de peregrinação e agora eles tinham que passar por essa cerimônia como sinal de sua restauração para o pleno gozo das bênçãos da aliança. Enquanto vagaram pelo deserto, foram ridicularizados pelos egípcios por não terem conquistado a Terra Prometida. Mas agora que eles estavam na terra, o opróbrio foi removido (v. 9). A “segunda vez” (v. 2) significa a segunda vez que a circuncisão foi praticada pela nação.
5:10 A Páscoa era celebrada quatro dias após a travessia do Jordão (no décimo quarto dia do mês). Observe a fé de Josué: embora estivesse em território inimigo, ele obedeceu a Deus circuncidando seus soldados e celebrando a Páscoa. Estes foram chamados de “atos mais não militares”.
Por meio da circuncisão e da Páscoa, o Senhor estava chamando Seu povo de volta aos fundamentos de seu relacionamento com Ele. Ambos os ritos foram negligenciados no deserto.
A circuncisão era um sinal da aliança entre Deus e Abraão, e Deus, em Sua fidelidade, estava cumprindo Sua promessa incondicional ao dar-lhes a terra (Gn 15:18-21). Era também uma imagem do autojulgamento e da eliminação da imundície da carne, vitalmente necessária para a vitória. A Páscoa era um lembrete de sua redenção. Jeová os havia comprado e libertado da escravidão no Egito. Ao observar a Páscoa, os judeus estavam obedecendo à palavra do Senhor dada por meio de Moisés na época da primeira Páscoa, quarenta anos antes (Êxodo 13:5). A graça foi Seu motivo ao chamar Seu povo e trazê-lo para fora. Fidelidade era Sua garantia de que Ele os traria.
5:11, 12 O maná fala de Cristo em Sua encarnação, o pão que desceu do céu como uma provisão para nossas necessidades no deserto. A produção da terra ilustra Cristo na Ressurreição, depois de entrar nas bênçãos de Canaã. Alimentamo-nos de ambos. O maná cessou na manhã seguinte à primeira vez que comeram o grão tostado. “Que maravilhoso cronometrista e fornecedor Deus é!”
A Conquista de Jericó (5:13—6:27)
5:13, 14a O “Homem” no versículo 13 era o Anjo de Jeová—o Senhor Jesus em uma de Suas aparições pré-encarnadas. Ele se apresentou como Comandante do exército do Senhor. Cristo não vem apenas para nos ajudar e certamente não para nos prejudicar; Ele vem para assumir o controle total.
5:14b, 15 Aqui está uma prova conclusiva de que Josué estava na presença de Deus e sabia disso. Meros anjos nunca aceitaram adoração, mas aqui o Anjo do Senhor comanda a adoração, provando assim Sua natureza divina. Josué deve aprender em primeira mão o que Moisés teve que aprender no início de seu ministério (Êxodo 3) - a santidade e a supremacia do Senhor.
Notas Adicionais
5.2 De novo, a circuncidar os filhos. Essa era outra maneira de relembrarem, por toda a vida, que os israelitas pertenciam exclusivamente a Deus. A circuncisão era um rito necessário para o povo poder participar dos privilégios e promessas da Aliança feita com Abraão e seus descendentes (cf. Gn 17.14; Êx 4.24). Parece que os israelitas deixaram de praticar a circuncisão durante a peregrinação no deserto, mas era necessária, antes de entrarem em luta contra as nações pagãs.
5.3 Gibeate-Aralote, ou “Outeiro dos Prepúcios”, foi a nome dado ao morro onde a circuncisão foi realizada.
5.6 Terra que mana leite e mel. É uma expressão muita usada no Pentateuco e denota a fertilidade da terra da Palestina, onde abunda capim e flores, para a subsistência de vacas e abelhas.
5.9 O opróbrio do Egito, i.e., a miséria e humilhação dos israelitas na escravidão, no Egito. Agora que estão entrando na terra, receberão a honra de serem uma nação com terra própria entre as outras nações importantes do mundo de então. Gilgal. A palavra significa “círculo de pedras”. Este acampamento foi situado a meio caminho entre o Jordão e Jericó. A palavra heb “galal” é a raiz de Gilgal e significa “revolver”.
5.10 Páscoa. No quarto dia após a passagem do Jordão, cabia, como primeiro ato do povo, celebrar a Páscoa (cf. 4.19).
5.12 Cessou o Maná que Deus mandara durante 40 anos, desde que os israelitas entraram no deserto de Sim, perto do Sinal (cf. Êx 16.1-15). Cristo é o nosso maná espiritual durante nossa jornada no mundo desde o dia de nossa salvação até que o vejamos “face a face” (cf. Jo 6.31-34; 1 Jo 3.2).
5.14 Príncipe do Exército do Senhor. O Homem que Josué viu e que se identificou como ”Príncipe do Exército do Senhor” era Deus mesmo (cf. 6.2), provavelmente na pessoa do Senhor Jesus Cristo. Seria então uma teofania (cf. Êx 14.19; Gn 12.7; 18.22-33; 35.9). • N. Hom. “A guerra santa”. Longe de sermos abandonados na batalha deste mundo, Deus em pessoa dirige e controla a luta que Ele nos manda travar (cf. Ef 6.10-18 e notas). 1) Mais importante ainda, que a luta visível, terrestre, se trava a verdadeira guerra santa contra as forças da maldade do Diabo (Lc 10.17-20); 2) O próprio Senhor está à testa, nesta luta, até o fim, tendo dado sua vida para vencer junto conosco (Hb 2.9,10); 3) Nosso alistamento na batalha vem através da verdadeira adoração (Rm 10.9; 2 Co 12.9, 10) e santidade que Ele nos fornece (Hb 2.11) e a nossa entrega completa a Ele (cf. Rm 12-1, 2). Tudo isto Josué reconhecia por meio deste encontro com o Senhor, ainda que, no seu caso, se tratava de luta física (cf. Nm 22.22; 2 Rs 6.17).
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