Vigia, Vigilante — Estudos Bíblicos
VIGIA, VIGILANTE
1. Terminologia.
No hebraico, tsaphah, “vigiar”, “espiar”: I Sam. 14.16; II Sam.
18.24-27; II Reis 9.7, 18, 20; Isa. 52.8; Eze. 3.17; shamar, “observar”,
“cuidar”, “vigiar": Can. 3.3; 5.7; Isa. 21.11; Jer. 51.12; natsari (cognato
do acadiano massaru (massartu), “vigia noturno”. No grego, phulaks,
phulake e a forma verbal phulasso, “guardar”, “vigiar”:
Mat. 5.25; 14.10; Heb. 11.36; Apo. 2.10. No latim, “vigília” (uma guarda)
e “vigilante” (acordado), o estado de estar em guarda, o que pode
ser aplicado a funções religiosas como devoções noturnas, orações,
exercidos espirituais. Cf. Mar. 14.38, “Vigiai e orai”, onde a palavra
grega usada é gregore. A mesma palavra é empregada em I Cor. 16.13; Coi 4.2
e I Tess. 5.6 para vigília espiritual. Então temos nepho com
usos semelhantes: II Tim. 4.5 e I Peo. 4.7.
2. Locais e funções.
Cidades antigas tinham muros, mas em número eram suficientes. Era preciso
ter guaritas com homens estacionados à procura de inimigos que poderiam atacar
repentinamente. Guaritas também eram colocadas nos morros, nas torres
construídas em postos militares avançados (II Sam. 18.24; II Reis 9.17-20).
Havia torres construídas em parreirais e plantações para proteção de predadores, humanos ou animais
(II Reis 17.9; II Crô. 20.14; Jó 27.18).
3. Profetas e
ministros são vigias que cuidam do bem-estar das nações e dos
indivíduos (Isa. 21.6; 52.8; 62.6; Jer. 6.17; Eze. 3.17). Por outro lado
também havia vigias falsos que faziam mal ao povo (os “atalaias cegos”, Isa.
56.10). “Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois
velam por vossa alma, como quem deve prestar contas...” (Heb. 13.17).
4. Torres: oran (a
torre da ocupação: Isa. 23.13); migdol (uma torre de qualquer tipo,
em qualquer local, do significado de raiz “ser forte”); pinnoth (os
cantos dos muros construídos de forma alta para servir como guarita: Sof.
1.16; 3.6; II Crô. 26.14); ophel (uma torre em um morro: II Reis
5.24); masor (uma fortificação que tinha torres: Hat. 2.1); no
grego, purgos, uma torre em um local fortificado (Luc. 13.4) ou
torres de parreirais (Isa. 5.2; Mat. 21.33; Mar. 12.1).