Estudo sobre Ezequiel 46

Ezequiel 46

46:1–15. Ezequiel 45:18–25 lista as ocasiões dos sacrifícios anuais; 46:1-15 observa as ocasiões dos repetidos sacrifícios (ou seja, o sábado e a lua nova ou o primeiro dia de cada mês). Ênfase especial é colocada em como o príncipe e os leigos devem entrar e sair do local de culto.

No caso do príncipe, ele se aproxima (mas não pode entrar) do santuário interno pelo portão oriental, em cujo limiar ele adora (46:2). Ele deve certificar-se de que entra e sai pelo mesmo portão tanto nos sábados como nas luas novas (46:8, 12). Os leigos e o príncipe devem sair pelo portão oposto àquele por onde entravam nas festas anuais. Assim, eles devem atravessar todo o átrio exterior.

O fato de a porta ficar aberta até o anoitecer (46.2) provavelmente indica que os leigos podem olhar para o recinto sagrado enquanto adoram pela entrada externa.

46:16–24. Depois de falar das ofertas voluntárias e diárias do príncipe, Ezequiel aborda a questão de como o príncipe deveria dar doações de terras a seus filhos ou servos e quais limitações se aplicam quando essas doações de terras da coroa são dadas aos servos (46:16-18). Os presentes que o príncipe dá aos seus cortesãos serão revertidos para a coroa no ano do Jubileu.

O capítulo termina com Ezequiel vendo as cozinhas do templo, o local onde os sacrifícios são cozidos ou assados (46:19-24). Existem dois conjuntos de cozinhas. Uma é para os sacerdotes e a outra é para os leigos. Este segundo conjunto está localizado na quadra externa. Os sacrifícios menores são preparados aqui. Mais uma vez, a gradação de santidade é proeminente mesmo quando se trata de cozinhas.

Notas Adicionais

Mais responsabilidades do príncipe (46.1-18).

O sábado semanal e o dia da lua nova (primeiro dia de cada mês) são marcados pela abertura da porta leste do pátio interno (v. 1). O príncipe, tendo entrado no pátio externo pela porta leste (cf. 44.3), se aproxima da porta do pátio interno que dá para o leste, mas não passa por ela (somente os sacerdotes podem entrar no pátio interno). Ali ele oferece sacrifícios ordenados como o representante do povo, entregando-os aos sacerdotes, cuja prerrogativa é oferecê-los no altar (v. 2-8). O príncipe então sai pela porta leste do pátio externo; a sua partida, assim como a sua chegada, coincide com a do povo, mas este usa as portas norte e sul (v. 9,10). Mais detalhes das responsabilidades do príncipe no templo são apresentados nos v. 11-15.

Os presentes da sua própria propriedade que o príncipe dá a seus filhos pertencem a eles de forma inalienável (visto que eles são membros da casa real); presentes semelhantes dados a seus servos são revertidos para a casa real no ano da liberdade, i.e., o ano do jubileu (Lv 25.8ss). Nenhuma terra poderia ser alienada perpetuamente da família que originariamente a possuía, fosse da família real, fosse de qualquer outra família do povo comum (v. 16-18).

A cozinha dos sacerdotes (46.19-24).
A distinção entre os sacerdotes que ministram no altar e os que ministram no templo (v. 24) é mantida até na estruturação referente às cozinhas: aqueles cozinham a carne dos sacrifícios e assam a oferta de cereal para o seu próprio consumo em cozinhas atrás do templo, no extremo oeste do pátio interno (cf. 42.1ss); estes (os que ministram no templo) cozinham os sacrifícios do povo em cozinhas situadas nos cantos do pátio externo. A comida sacrificial dos sacerdotes era especialmente santa, e, se fosse cozinhada no pátio externo, poderia transmitir santidade ao (consagrar d) povo (v. 20), como as vestes em 44.19.

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