Explicação de Jeremias 4

Jeremias 4

Jeremias 4 descreve julgamento e destruição iminentes. O capítulo usa imagens vívidas para descrever a devastação que sobrevirá a Judá devido aos seus pecados. Fala de um desastre iminente, comparando-o a um leão, um destruidor e uma tempestade. O capítulo enfatiza a importância do arrependimento como meio de evitar o julgamento iminente. Adverte que a destruição será abrangente e apela ao luto e à lamentação. Jeremias 4 transmite uma mensagem sobre as graves consequências da desobediência e a necessidade urgente de voltar para Deus. Serve como um lembrete preocupante das repercussões do pecado impenitente.

Explicação

4:5–13 Para aqueles que voltassem para o SENHOR, o Messias viria, e as nações se abençoariam nele. O Senhor agora adverte os homens de Judá e Jerusalém, novamente exortando-os a serem contritos e a jogarem fora seus ídolos. Caso contrário, Deus enviará o invasor (Babilônia) como um leão, um vento quente e seco, nuvens, um redemoinho e águias. O versículo 10 expressa a incapacidade de Jeremias de reconciliar as antigas promessas de paz de Deus com Suas atuais ameaças de julgamento. O profeta sabia que Deus é fiel, mas estava cometendo o erro de duvidar nas trevas do que sabia na luz. Em tempos de dificuldade e desânimo, há uma tendência de questionar nossas certezas. Uma política melhor para os cristãos é acreditar em nossas crenças e duvidar de nossas dúvidas, em vez de duvidar de nossas crenças e acreditar em nossas dúvidas.

4:14–18 Judá deveria apressar-se a se afastar de sua iniquidade porque os avisos de aflição já estão vindo de Dã e do Monte Efraim no norte. Os sitiadores estão prontos para descer sobre Jerusalém por causa do amargo pecado e rebelião de Judá.

4:19–22 A afeição do profeta por seu povo é expressa nos versículos 19–21: “Ó minha alma, minha alma!” significa “minha angústia, minha angústia”. Ele fica impressionado quando pensa na guerra que se aproxima, destruição após destruição e devastação. A pergunta no versículo 21: “Até quando verei a bandeira e ouvirei o som da trombeta?” é respondida pelo Senhor no versículo 22, onde Ele diz com efeito: “Até que o povo se converta de sua loucura e pecado”.

4:23–31 Jeremias descreve uma visão que teve da catástrofe global que viria sobre Judá. O SENHOR avisa que a desolação será completa, mas não será completa e final. O propósito inalterável de Deus de castigar não será dissuadido pela beleza cosmética de Jerusalém ou por seu grito de angústia como de uma mulher que dá à luz seu primeiro filho.

Notas Adicionais:

4.4 Circuncidai-vos. Pôr de lado a carne impura é apenas o símbolo da verdadeira purificação da alma (1 Co 7.19; Rm 2.29).

4.6 Arvorai a bandeira. Assinalai uma rota para aqueles que buscam abrigo dentro dos muros de Jerusalém, o baluarte mais seguro do reino. Norte. Babilônia invadiria através da Síria, seguindo o caminho normal entre a Mesopotâmia e a Palestina.

4.7 Leão... destruidor das nações, epítetos apropriados para um líder como Nabucodonosor.

4.8 O brasume da ira de Jeová por causa da iniqüidade impenitente dos dias de Manassés (698-643 a.C.). Cilício. A roupa de luta, da desgraça.

4.9 Sacerdotes... pasmados. Por causa da punição causada por suas idolatrias. Os profetas estavam estupefatos porque suas profecias otimistas não eram cumpridas.

4.11 Vento, o siroco, vendaval seco e sufocante que tudo crestava, (18.17, Jó 1.19), figura de um invasor. Tal vento era por demais poderoso para ser alguma coisa útil. Filha (v. 31), Jerusalém personificada como uma mulher.

4.13 Nuvens. Figura de invasores (Ez 38.17; Jl 2.2). Águias, (Gypsi fulvus). Uma espécie de abutre (48.40; 49.22; 2 Sm 1.23).

4.14 Maus pensamentos. A imoralidade, cuja palavra raiz, “um sopro”, significa vazio material ou moral. Pecados de todos os tipos, especialmente a idolatria naquele tempo da história de Judá.

4.15 Dã. No norte da Palestina: um dos dois centros religiosos criados por Jeroboão I, em 931 a.C. Efraim, na Palestina central, na cadeia de montanhas que dividia Efraim de Judá, de 12 a 16 quilômetros de Jerusalém.

4.19 Meu coração (heb mêâh), Entranhas ou intestinos como sede dos mais “profundos sentimentos”, (Cl 5.4; Is 16.11; 63.15; Jr 31.20). Exemplifica o motivo por que Jeremias é chamado de “profeta chorão”; lamentou, profundamente o estado moral do seu povo.

4.26 Fértil. transliterado “Carmelo”, a porção mais fértil da terra, que voltou a um estado de caos original, como em Gn 1.2.

4.29 Selvas e... penhascos, vd. Jz 6.2, cavernas, etc.; onde Israel procurava ocultar-se de seus inimigos em outras ocasiões.

4.30 Pinturas. Antimônio ou estíbio; as beiras das pálpebras eram enegrecidas com o propósito de aumentara contraste do brilho dos olhos para fazê-los parecerem maiores (Jezabel 2 Rs 9.30). Amantes. Aqueles com quem tinham procurado entrar em aliança política.

4.31 Sião. Os habitantes de Sião personificados como uma mulher que dava à luz o seu primeiro filho. • N. Hom. O quarto capítulo mostra-nos que uma reforma religiosa, que não traz verdadeiro arrependimento e a religião em espírito e em verdade, é como semear em espinhos e preparar a destruição descrita nos vv. 5-31. Há necessidade de haver conversão (v. 1), vida moral (v. 2), renovação do ser (v. 3) e pureza de coração (v. 4).

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