Interpretação de Neemias 1

Neemias 1 começa com a narrativa do copeiro do rei persa Artaxerxes recebendo notícias sobre o estado angustiante das muralhas e portões de Jerusalém. Profundamente comovido com o relato, Neemias sofre, jejua e ora fervorosamente, buscando o favor e a orientação de Deus. Ele implora pela misericórdia de Deus, confessa os pecados de Israel e expressa seu desejo de ser usado como instrumento para a restauração da cidade. A oração sincera de Neemias reflete seu compromisso com as promessas de Deus e sua prontidão para desempenhar um papel no reavivamento de Jerusalém.

I. A Chegada de Neemias em Jerusalém. 1:1-2:20.

Neemias 1

A. Trágicas Notícias de Jerusalém e a Oração de Neemias.

1:1-11. Neemias fica sabendo que os muros e portões de Jerusalém foram destruídos e com grande remorso confessa a Deus os pecados de Israel, orando pelo livramento do Seu povo.

1:1. Neemias, filhos de Hacalias. Isto o distingue de outros com o mesmo nome (Ed. 2:2; Ne. 3:16), embora nada mais se saiba sobre o seu pai, nem sobre sua tribo. No mês de quisleu, no ano vigésimo. Isto foi em dezembro de 445 A.C., o vigésimo ano de Artaxerxes (2:1). Na cidadela de Susã. Em 478 A.C., Ester se tomou a rainha de Xerxes nesse mesmo palácio (Et. 2:8-18); e em 550 A.C., Daniel foi transportado para lá em uma visão (Dn. 8:2). Hanani, um de meus irmãos. Provavelmente um irmão consanguíneo (cons. 7: 2).

1:3. A cidade... está assolada e tem as portas consumidas pelo fogo. C.F. Keil (Os Livros de Esdras, Neemias e Ester) e outros insistem que isto se refere à destruição de 586A.C. Mas por que Neemias ficaria abalado com esta notícia? É mais provável que fosse uma destruição posterior (veja Antecedentes Históricos, e observações sobre Esdras 4:23).

1:4-11. Durante quatro meses (2:1), Neemias orou a Deus “dia e noite” (1:6) em favor do Seu povo. E os trarei para o lugar (v. 9; cons. Dt. 12:5, 11, 14). Aqui Neemias não está orando para que maior número de exilados retomem a Palestina, mas pela proteção por aqueles que já se encontravam lá. Só pela proteção sobrenatural de Deus a cidade poderia sobreviver e ser restaurada. Eu era copeiro do rei. Era uma posição de destaque e de confiança na corte persa, pois era obrigação do copeiro provar o vinho do rei para verificar se não estava envenenado. “O copeiro... no fim do período aquemênida tinha mais influência que o comandante-em-chefe” (A.T. Olmstead, The History of the Persian Empire, pág. 217).

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